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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Duna

Dito por muitos como o filme mais aguardado do ano, essa nova versão de "Duna" teve seu lançamento nos cinemas adiado várias vezes por causa da pandemia. Agora, com a reabertura das salas e com a vacinação em massa da população finalmente o filme conseguiu estrear. E a boa notícia é que esse novo "Duna" é no mínimo um bom filme. Esqueça o filme dos anos 80 que muitas vezes soava pesadão e arrastado. Agora tudo flui de forma muito mais natural. Os elementos, os pequenos detalhes do universo de "Duna" não foram deixados de lado, entretanto eles surgem dentro da narrativa sem pesar a mão. Fazem parte natural daquele mundo. O diretor Denis Villeneuve merece todos os elogios pelo ritmo que ditou ao seu filme. Tudo soa muito bem realizado, com espaço para cenas de ação, momentos que funcionam como ferramenta contra o tédio, esse inimigo que praticamente destruiu o filme dos anos 80.

Na literatura a saga "Duna" é composta de vários livros. Muitos detalhes, informações e personagens. No filme enxugaram tudo. Ponto positivo. Tudo o que você precisa saber é que há duas casas, duas dinastias, que lutam pela posse de um planeta desértico, mas rico em um elemento chamado de "tempero", o mais valorizado do universo. Há um imperador, que joga politicamente com esses dois clãs que invariavelmente vão entrar em uma guerra. O protagonista é um jovem que poderá no futuro se tornar uma espécie de "Messias" que trará liberdade ao universo. Isso porém só aconteceria lá na frente, nos últimos livros e aí temos um problema. O autor Frank Herbert morreu em 1986 sem concluir sua saga literária. Assim "Duna" no cinema, caso vire uma franquia, enfrentará esse problema no futuro. Como levar adiante uma saga que não tem um final? Provavelmente os executivos dos estúdios vão apelar para a criatividade dos roteiristas, mas será que os herdeiros do escritor vão aceitar algo assim? Perguntas que ficam. No geral o que posso dizer é que esse novo "Duna" é muito bom. Com o sucesso de bilheteria não tenho dúvida que esse universo ainda vai render vários filmes em um futuro próximo. O tempo dirá.

Duna (Dune, Estados Unidos, 2021)  Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Jon Spaihts, Denis Villeneuve, baseados na obra literária escrita por Frank Herbert / Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Jason Momoa, Stellan Skarsgård / Sinopse: Dois clãs, duas casas dinásticas, disputam o controle sobre um planeta desértico, repleto de vermes gigantes, mas que tem uma matéria prima cobiçada no universo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Caminhos da Memória

O filme se passa em um futuro distópico. O mundo está arruinado. Cidades da costa, como Miami e New Orleans, estão alagadas. Os ricos se mudam para regiões secas, os pobres vivem em condições precárias. Nick Bannister (Hugh Jackman) tem uma pequena empresa, quase falida, onde vende pacotes de nostalgia para as pessoas relembrarem os melhores momentos de suas vidas. Usando de uma tralha tecnológica ele consegue revitalizar essas lembranças do passado. Sua vida muda porém quando entra na sua pequena companhia uma cantora de restaurantes e clubes noturnos. Mae (Rebecca Ferguson) é bela, sensual e cheia de mistérios e como não poderia deixar de ser, Nick fica completamente apaixonado por ela. Mais do que isso, desenvolve uma obsessão em sua mente.

Esse filme chegou nos cinemas americanos há poucos dias. A premissa é boa, tem potencial, mas... achei o roteiro mal estruturado. A impressão que tive foi que o filme foi produzido com maior duração e provavelmente foi cortado para ser mais comercial. O resultado disso? As sequências soam truncadas como se tivessem sido mal editadas. Outro erro que pude perceber foi que muito provavelmente foi adicionada uma longa série de falas em off por parte do personagem de Hugh Jackman. Velho instrumento de narração cinematográfica, provavelmente foi colocado no filme para melhorar a compreensão de seu enredo. No geral achei o filme com essas e outras falhas, o que prejudicou mesmo no corte final. Não chega a ser ruim, mas também passa longe de ser excelente. Poderia ser bem melhor.

Caminhos da Memória (Reminiscence, Estados Unidos, 2021) Direção: Lisa Joy / Roteiro: Lisa Joy / Elenco: Hugh Jackman, Rebecca Ferguson, Thandiwe Newton, Cliff Curtis / Sinopse: Em um futuro sombrio, onde a humanidade tenta sobreviver ao avanço do mar nas principais cidades costeiras, um homem se apaixona por uma misteriosa mulher. E ela não é exatamente quem ele pensa ser.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Boneco de Neve

Título no Brasil: Boneco de Neve
Título Original: The Snowman
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tomas Alfredson
Roteiro: Peter Straughan, Hossein Amini
Elenco: Michael Fassbender, Rebecca Ferguson, J.K. Simmons, Val Kilmer, Charlotte Gainsbourg, Jonas Karlsson

Sinopse:
Um serial killer começa a matar mulheres em Oslo, na Noruega. Sempre que comete seus crimes ele deixa um boneco de neve próximo ao lugar onde matou suas vítimas. O assassino também é extremamente violento, decapitando as mulheres que são assassinadas. O policial Harry Hole (Michael Fassbender) assume o caso sem desconfiar que o psicopata está mais próximo dele do que poderia imaginar.

Comentários:
Filmes sobre psicopatas sempre são bons, isso como regra. Dificilmente são ruins. Esse "Boneco de Neve" fica na média. Aqui temos um serial killer que mata mulheres que seguem um determinado padrão. Geralmente são mães de apenas 1 filho. Geralmente estão divorciadas ou já passaram por um aborto em seu passado. E isso é basicamente tudo o que tem o policial Hole (Michael Fassbender) para seguir em frente nas suas investigações. No começo ele se recusa a acreditar que se trata de um assassino em série, já que na cidade onde trabalha isso é uma raridade absoluta. Porém, ajudado por uma jovem chamada Katrine Bratt (interpretada pelo bela atriz Rebecca Ferguson) ele começa finalmente a fazer as devidas ligações entre os crimes. O tira de Michael Fassbender também tem muitos problemas pessoais. Divorciado, ele tenta manter algum tipo de ligação com o filho de sua ex-esposa (e que não é seu filho natural), mas quase sempre fracassa nisso. Outro ponto interessante desse filme é a presença de Val Kilmer interpretando um outro policial, de outra cidade, que é meio enlouquecido pelo alcoolismo. Nem preciso dizer que ele está quase irreconhecível no papel. Enfim, se você curte filme sobre psicopatas, investigações policiais, esse filme todo passado na neve e no frio da Noruega não deixa de ser uma boa opção de fim de noite.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Doutor Sono

"O Iluminado" é um clássico do terror. Dirigido por Stanley Kubrick e estrelado por Jack Nicholson, foi um daqueles filmes que marcaram época. Agora, muitos anos depois, chega aos cinemas uma espécie de sequência daquela obra-prima. O garotinho que andava de triciclo pelos corredores do hotel mal-assombrado cresceu. Agora ele é um homem adulto, cheio de problemas. Dan Torrance (Ewan McGregor) cresceu tendo que lidar com seu dom de ver e interagir com pessoas mortas. É o que lhe qualifica como uma pessoa iluminada. Só que isso também lhe trouxe vários problemas psicológicos, traumas, etc. Para superar tudo ele se entregou à bebida durante anos.

Seu desafio agora é ajudar uma garotinha chamada Abra Stone (Rebecca Ferguson). Ela também é uma iluminada, com muitos mais poderes paranormais, iguais aos de Dan. Isso a torna uma vítima em potencial de um estranho grupo de assassinos que sequestra e mata crianças para literalmente sugar suas almas. Essa gente tem sede de sangue e os iluminados são especialmente apreciados por eles. A garota Abra e uma caça primordial.

Quando esse filme terminou, eu fiquei com a sensação de que certas estórias não precisam de continuação. Elas já são bem fechadinhas em si. O primeiro "O Iluminado" era um primor do gênero terror psicológico. Sua força vinha muito do suspense criado em torno dos acontecimentos naquele hotel isolado e frio, no alto da montanha. Não foi necessário explicar muita coisa, apenas explorar bem as cenas. Nesse segundo filme o terror psicológico desaparece. Não há nada nessa linha. Tudo se resume em uma narrativa bem clichê do confronto entre o bem e o mal. Os vilões me pareceram bem caricatos. Do lado do bem apenas Dan desperta algum interesse. A jovem Abra é chatinha. A atriz que a interpreta é pior ainda. Bem genérica. Nada expressiva ou talentosa.

A falha, é bom frisar, não é apenas dos produtores desse filme, mas também do próprio Stephen King. Que ele é um bom escritor de terror, bom, isso todo mundo sabe. O problema é que ele não sabe quando parar. "O Iluminado" não precisa de continuação e nem de tantas explicações irrelevantes como vemos aqui. Esses personagens do mal estragaram tudo. Mais parecem vilões de séries do tipo "Buffy, a Caça-Vampiros"! Nada a ver. Mesmo que o escritor quisesse continuar a contar a história de Dan ele deveria ter feito isso com mais criatividade e elegância. Aqui o filme se mostra condenado desde o começo simplesmente porque a estória que conta é ruim. Com isso não há muita salvação. Culpa de quem? Em minha opinião, do próprio Stephen King.

Doutor Sono (Doctor Sleep, Estados Unidos, 2019) Direção: Mike Flanagan / Roteiro: Mike Flanagan, baseado no livro escrito por Stephen King / Elenco: Ewan McGregor, Rebecca Ferguson, Kyliegh Curran, Zahn McClarnon / Sinopse: Sequência tardia do clássico "O Iluminado". Na trama Dan Torrance (Ewan McGregor) precisa ajudar a garotinha Abra Stone (Rebecca Ferguson). Ela tem os mesmos poderes paranormais que ele e está sendo seguida por um grupo que sequestra e mata crianças.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

MIB: Homens de Preto - Internacional

Título no Brasil: MIB: Homens de Preto - Internacional
Título Original: Men in Black: International
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Sony Pictures
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Matt Holloway, Art Marcum
Elenco: Chris Hemsworth, Liam Neeson, Emma Thompson, Tessa Thompson, Rebecca Ferguson, Kumail Nanjiani

Sinopse:
Uma nova dupla de agentes formada por H (Chris Hemsworth) e M (Tessa Thompson) precisa evitar que uma arma poderosa caia nas mãos de uma raça de alienígenas violentos, que desejam conquistar o universo.

Comentários:
Sete anos depois do último filme da franquia MIB, os estúdios decidiram trazer de novo os homens de preto ao cinema. Para isso a dupla original dos filmes anteriores formada por Will Smith e Tommy Lee Jones foi dispensada. Como tem acontecido com uma certa frequência aqui os produtores decidiram retomar uma nova série de filmes. Ao custo de 110 milhões de dólares a fita decepcionou nas bilheterias. Nem mesmo a contratação de atores classe A para atuarem como meros coadjuvantes (caso de  Liam Neeson e Emma Thompson) serviu de atrativo para o público. O fato é que os novos agentes não empolgaram. A atriz Tessa Thompson é sem carisma, antipática e não agradou. Já o "Thor" Chris Hemsworth até se esforça, tenta agradar, mas não consegue levar o filme sozinho nas costas. Os vilões são genéricos. O enredo também não traz novidades, é bobo e derivativo. Nada do que já não tenha sido explorado nos filmes anteriores. E o pior de tudo: os efeitos especiais não são tão bons como era de se esperar. Há menos criaturas e menos imaginação nas cenas digitais, o que se tratando de MIB é o fim da picada. Enfim, parece que a franquia está esgotada no cinema. Apenas um diretor muito talentoso e um roteiro melhor poderiam revitalizar essa franquia, algo que definitivamente não aconteceu nesse quarto filme.

Pablo Aluísio.