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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Bel Canto

Um filme fraco, apesar de contar com um bom elenco. Na estória um grupo de pessoas influentes da alta sociedade se reúne para a apresentação da cantora lírica Roxanne Coss (Julianne Moore). Tudo acontece em Lima, no Peru. No meio do concerto um grupo de guerrilheiros de esquerda invade o lugar e toma todas as pessoas presentes de reféns. Exige como resgate a libertação de todos os presos políticos do país, além da presença do presidente da república. Duas reivindicações impossíveis de serem cumpridas. Enquanto o impasse ocorre todos os reféns ficam nas mãos dos guerrilheiros. E aí começa o grande erro do filme. O roteiro começa a simpatizar com o grupo criminoso. Eles são retratados como revolucionários de boa índole! Como assim? São sequestradores que ameaçam pessoas inocentes de morte! A cantora até mesmo começa a ensinar e dar aulas de canto para um dos paramilitares. A partir daí o filme despenca por causa de todas as suas péssimas intenções.

Mal realizado e com um roteiro absurdo desses tudo vai por água abaixo. Não há salvação. Nem o bom elenco salva o filme. Julianne Moore já fez tantos filmes bons ao longo de sua carreira que esse aqui vai se tornar apenas uma mancha em sua filmografia. Christopher Lambert, que chegou a ser bem popular nos anos 80, ressurge para um papel de refém sem maior importância. Até Ken Watanabe não tem muito o que fazer. Enfim, um filme realmente fraco e sem mensagem. Pura perda de tempo.

Bel Canto (Estados Unidos, 2018) Direção: Paul Weitz / Roteiro: Paul Weitz, Anthony Weintraub / Elenco: Julianne Moore, Ken Watanabe, Christopher Lambert, María Mercedes Coroy, Sebastian Koch / Sinopse: Roxanne Coss (Julianne Moore) é uma cantora lírica americana que vai se apresentar em Lima, no Peru e lá acaba refém de um grupo guerrilheiro de esquerda.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 14 de março de 2018

American Pie

Esse filme é um lixo comercial que fez muito sucesso em seu lançamento, ao ponto inclusive de gerar sete continuações igualmente ruins. Esse estilo de comédia vulgar já não era novidade nenhuma quando o primeiro filme chegou nos cinemas. Desde "Porky´s" Hollywood vinha se especializando nesse tipo de humor mais picante que fazia graça com piadas sexuais e situações constrangedoras, algumas bem ruinzinhas. A verdade pura e simples é que você precisa estar na idade certa para gostar desse tipo de filme. 

Provavelmente com mais de 16 anos você conseguirá enxergar o que esse filme é na realidade: uma tremenda porcaria! No meio das situações nada engraçadas surge um ou outro momento que vá lhe fazer dar um pequeno sorriso amarelo que logo vai passar quando você se lembrar que pagou para assistir a esse produto descartável. No elenco nada de relevante a não ser um bando de atores jovens, nenhum particularmente famoso ou talentoso. No saldo geral tudo se resumirá em você perder seu tempo e dinheiro, o que convenhamos não é nada interessante.

American Pie: A Primeira Vez é Inesquecível (Estados Unidos, 1999) Direção: Paul Weitz, Chris Weitz / Roteiro: Adam Herz / Elenco: Jason Biggs, Tara Reid, Chris Klein, Thomas Ian Nicholas / Sinopse: Pornochanchada norte-americana cujo humor nasce de situações envolvendo sexo e picardias com jovens. Primeiro filme de uma longa franquia.

Pablo Aluísio

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A Família Flynn

"Being Flynn" mostra o tormentoso relacionamento entre Jonathan Flynn (Robert De Niro) e seu filho Nick (Paul Dano). Após o abandonar ainda criança ele volta inesperadamente na vida do filho que agora adulto tenta sobreviver nos empregos que aparecem, como em um abrigo para sem tetos (nos EUA chamados de "Homeless"). Para sua surpresa certa noite quem chega no abrigo atrás de uma cama e um prato de sopa quente é justamente seu velho, agora desempregado, vivendo pelas ruas da grande cidade. Finalmente depois de vários filmes inexpressivos o ator Robert De Niro apresenta uma interpretação de nível em uma produção tocante. "Being Flynn" é um filme muito humano, um roteiro muito sensível que enfoca as dificuldades que podem surgir entre pai e filho, principalmente após longos anos de afastamento entre eles. Também mostra uma faceta muito cruel do momento econômico porque passa os EUA nesse momento. 

Recentemente li uma extensa matéria mostrando o alarmante aumento no número de pessoas sem emprego, casa e perspectiva que vivem nas ruas das grandes cidades americanas. Muitas dessas pessoas são cidadãos de bem, pessoas que viveram por anos de seus trabalhos, mesmo que humildes, mas que de uma hora para outra ficam sem nada, tendo que ir parar nas ruas. Pessoas dignas que acabam miseráveis por uma série de fatores sociais e econômicos. Como se sabe o Estado Americano é do tipo liberal o que significa que essas pessoas estão por sua própria conta e não receberão qualquer tipo de ajuda governamental para se levantarem na vida. Não é de se admirar o avanço da miséria no país mais rico do mundo. O roteiro foi baseado numa história real que foi contada em livro por Nick Flynn (atualmente um artista bem sucedido nos EUA). É um retrato muito humano dessas pessoas que perdem tudo, até sua dignidade, de uma hora para outra. De Niro está ótimo na pele de seu personagem, um taxista sem emprego com sonhos de um dia se tornar um grande escritor. Tudo é desenvolvido com muita sensibilidade, humanidade, mostrando a luta pela sobrevivência de certas pessoas que não aceitam a derrota. "Being Flynn" é socialmente consciente e leva à reflexão sobre a situação desses milhões de excluídos que vagam pelas ruas das grandes metrópoles sem qualquer esperança.

A Família Flynn (Being Flynn, Estados Unidos, 2012) Direção: Paul Weitz / Roteiro: Paul Weitz baseado no livro de memória de Nick Flynn / Elenco: Robert De Niro, Paul Dano, Julianne Moore / Sinopse: Após perder seu emprego e sua licença para dirigir Jonathan Flynn (Robert De Niro) vira um homeless, um sem teto. Vagando pelas ruas, no frio e abandono, acaba indo parar num abrigo para pessoas pobres onde seu filho Nick trabalha.  

Pablo Aluísio.

domingo, 27 de maio de 2012

Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família

Enquanto Al Pacino coleciona prêmios nessa altura de sua carreira, Robert De Niro coleciona micos como esse muito fraco "Little Fockers". Não interessa que o filme renda bilheteria pois o prestigio de qualquer ator sério vai para o vaso sanitário ao participar de um produto tão raso e ruim como esse. O pior de tudo é que se trata realmente de um mico coletivo. Grandes nomes do passado como Dustin Hoffman e Barbara Streisand também estão embarcados nessa canoa furada. Como é que tanta gente boa topou fazer algo tão ridículo? Será que estão falidos ou algo parecido? Ver Streisand de tantas glórias no passado atuando aqui só traz vergonha alheia e pena. Nada funciona, o filme não tem uma estória para contar, as situações são sem graça e beiram o tédio (algo mortal para um filme que supostamente seria uma comédia). É um tipo de humor estúpido, rasteiro, debilóide, infame. O título original dessa pavorosa franquia já diz a que veio - um trocadilho idiota do nome da família com um palavrão bem conhecido da língua inglesa. De fato esse tipo de comédia só vá agradar a pessoas sem muito nível cultural ou educacional. O roteiro é completamente imbecilizado e o argumento sequer existe, de tão péssimo que é.

Ben Stiller continua péssimo, fazendo sempre o mesmo personagem, filme após filme. Novamente aqui ele entrega mais um personagem pamonha para acabar com nossa paciência. Comediante completamente sem graça ele se limita a fazer cara de paspalho por toda a sua filmografia. É especializado em vender lixo para um público idiota. Parece que os americanos gostam de seu tipo uma vez que ele está por ai já há um bom tempo. Bom, como diria Brando o público americano não é mesmo conhecido por sua inteligência e nem bom gosto. Ele é um tipo baixinho, franzino, sem expressão e só perde no quesito mediocridade para o também horrível Adam Sandler, esse campeão absoluto nessa categoria. Mas isso nem é o pior, o constrangedor mesmo é ver o grande Robert De Niro participando de cenas ridículas de flatulências e ereções involuntárias. Muito tosco. O que será que deu na cabeça dele para jogar seu prestígio assim pela latrina? Será que perdeu o prazer de atuar ou apenas virou um mercenário que aceita fazer qualquer tipo de filme apenas por causa do dinheiro? No meio de tanta coisa ruim apenas a gracinha Jessica Alba se salva. Voluntariosa ela tenta trazer alguma credibilidade à sua personagem, uma vendedora de remédios para disfunção erétil (um papel bem parecido já foi feito recentemente por Jake Gyllenhaal em "Amor e Outras Drogas"). Mesmo assim ganhou o Framboesa de Ouro de Pior atriz coadjuvante. Se ela é a melhor coisa do filme e levou o Framboesa imagine o resto! Aliás o filme foi fartamente indicado no Razzie Award concorrendo ainda nas categorias “Pior Roteiro” e novamente “Pior Atriz Coadjuvante” para Barbra Streisand, que poderia muito bem se aposentar sem passar por essa vergonha. Enfim, "Little Fockers" é chato como uma festa para crianças, só que no caso os palhaços sem graça são atores consagrados e você que pagou para ver esse abacaxi. Vai encarar?

Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família (Little Fockers, Estados Unidos, 2010) Direção: Paul Weitz / Roteiro: John Hamburg, Larry Stuckey, Greg Glienna, Mary Ruth Clarke / Elenco: Robert De Niro, Ben Stiller, Owen Wilson, Dustin Hoffman, Barbra Streisand, Blythe Danner, Teri Polo, Jessica Alba, Laura Dern / Sinopse: Mais uma continuação da franquia sem graça Fockers. Aqui a família tem que lidar com bebezinhos chatinhos que puxaram aos pais nos quesitos aborrecimento e tédio.

Pablo Aluísio.