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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Ameaça Terrorista

Ameaça Terrorista
Mais um filme envolvendo o tema do terrorismo internacional. Aqui temos um norte-americano que virou a casaca, ou seja, virou um traidor de seu próprio país. Especialista em armas nucleares, ele passa para o lado do inimigo e informa as autoridades dos Estados Unidos que armou três armas nucleares de pequeno porte em três grandes cidades do país. Localizado e preso, ele passa a ser torturado pelo personagem interpretado pelo ator Samuel L. Jackson. Afinal, para salvar milhares de vidas tudo seria justificado, inclusive promover longas e dolorosas sessões de tortura por parte do Estado,  usando também a tortura psicológica envolvendo a esposa e os filhos pequenos do terrorista internacional. 

Falar sobre esse filme é complicado. Escrevo isso por uma questão fundamental. O roteiro tenta justificar a tortura sob todas as formas. Algo extremamente condenável. Fiquei realmente com a forte impressão que o roteirista desse filme ou tem simpatia pela prática de tortura institucionalizada ou então está tentando justificar quando esse tipo de ato ilegal é promovido por agentes do Estado. Nas duas situações temos um absurdo em mãos. Algo realmente inaceitável. Uma mensagem subliminar perigosa em um filme que parece ter um variado leque de más intenções na manga. Enfim, um filme eticamente muito condenável. 

Ameaça Terrorista (Unthinkable, Estados Unidos, 2010) Direção: Gregor Jordan / Roteiro: Peter Woodward / Elenco: Samuel L. Jackson, Carrie-Anne Moss, Michael Sheen / Sinopse: Um terrorista é preso e passa a ser torturado por um especialista para que ele confesse onde escondeu três armas nucleares de pequeno alcance que poderá matar milhares de pessoas inocentes. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Dolittle

Antes de mais nada, esqueça completamente os filmes feitos com esse personagem que foram estrelados por Eddie Murphy. Realmente aqui temos um novo recomeço, sem ligação nenhuma com os filmes anteriores. O que foi uma boa ideia. O estúdio investiu 175 milhões de dólares nessa nova produção. Foi uma aposta alta. O filme porém tem decepcionado nas bilheterias em seus primeiros dias de exibição  Apesar do marketing milionário, as pessoas não estão indo ao cinema para assistir ao filme. Isso pode significar que não haverá franquia, ficando tudo por aqui mesmo, apenas em um filme. Sem grandes lucros, sem novos filmes.

Esse novo filme procura ser mais fiel ao personagem original, por isso toda a história é passada na era vitoriana. Isso deu uma direção de arte (design de produção) de primeira linha para o filme. Tecnicamente é um daqueles filmes bem bonitos de se assistir, com computação gráfica perfeita. Os animais estão todos lá. Aquele clima de obra infantil, para libertar a imaginação das crianças, também está presente. Afinal são animais falantes, coisa que os pequenos adoram. Pena que esqueceram de escrever um roteiro melhor. Tudo soa genérico e sem graça. É um filme bonito, sem dúvida, mas igualmente sem alma.

Robert Downey Jr não encontrou o tom certo para sua atuação. Ela vai soar bem esquisito para as crianças (que afinal de contas é o público alvo desse filme). O ator tem tendência a soar caricato, mesmo em outros filmes. Aqui ele perdeu a linha completamente. Ficou até mesmo estranho, esquisito, bizarro mesmo. O desastre só não é completo por causa de um detalhe técnico do filme. Ele acabou sendo salvo pela galeria de animais que o cerca, como um urso polar, uma girafa, um gorila, etc. As crianças vão prestar mais atenção nesses bichos digitais do que no protagonista. Outro aspecto que me chamou a atenção foi a edição. Parece que o filme foi cortado meio às pressas, para não ultrapassar uma hora de meia de duração (para não cansar a criançada). Isso deu uma rapidez nada interessante ao filme. Parece mais pressa de terminar do que qualquer outra coisa. Enfim, temos aqui um filme que não agradou muito nem o público e nem muito menos a crítica. Não foi dessa vez que acertaram nessa adaptação.

Dolittle (Dolittle, Estados Unidos, Inglaterra, China, 2020) Direção: Stephen Gaghan / Roteiro: Stephen Gaghan, Dan Gregor, baseados na obra de Hugh Lofting / Elenco: Robert Downey Jr, Antonio Banderas, Michael Sheen, Emma Thompson, Ralph Fiennes  / Sinopse: O Dr. John Dolittle (Robert Downey Jr) decide se isolar do mundo após a morte de sua esposa. Seu isolamento é interrompido quando a rainha manda que ele vá até o palácio. Ela está morrendo de uma doença misteriosa. Dolittle, que tem a capacidade de falar com os animais, descobre que ela foi envenenada. Assim ele parte em uma grande aventura em busca do fruto da árvore do Éden, que salvará a vida da monarca.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Apóstolo

Mais um filme produzido pela Nefflix que deixa a desejar. Em certos momentos me lembrou vagamente de "A Vila" de M. Night Shyamalan, mas sem a mesma originalidade e criatividade. Na verdade é um filme desnecessariamente violento, brutal, que começa como drama religioso e acaba como terror gore, com muito sangue e tripas. Essa mistura de gêneros não me agradou. O roteiro poderia ir por outro lado, discutindo questões mais importantes como o próprio fanatismo religioso e a proliferação de seitas perigosas, mas ao invés disso foi pelo caminho mais fácil, curto e sensacionalista, perdendo pontos no quesito inteligência de argumento. A trama mostra um irmão que vai atrás de sua irmã, raptada por uma seita de fanáticos que vivem numa ilha isolada. Eles pediram resgate pela vida da moça ao seu pai. Ao chegar lá, disfarçado de novo membro da seita, ele percebe que eles veneram uma deusa pagã, que seria responsável pelas colheitas da região. O clima é de tensão, com um líder carismático que se auto intitula apóstolo. Ele dita quem vive e quem morre naquele lugar temerário. Enquanto se faz de bom seguidor, Thomas Richardson (Dan Stevens) tenta encontrar onde estaria sua irmã no meio daquele grupo de fanáticos.

Problemas são muitos nesse filme. O ator Dan Stevens, que interpreta o protagonista, é um deles. Cheio de caretas e expressões de tensão forçadas, ele definitivamente não convence muito. Melhor se sai Michael Sheen como o pastor. Mesmo sem ter bom material em mãos ele consegue trazer interesse em seu personagem, que anda com uma velho pedaço de galho que usa como bengala. De fato é o único grande ator em cena. Porém nada justifica o erro do roteiro em apelar para cenas de pura violência, digna dos filmes da linha "Jogos Mortais". Quando as ideias vão rareando sobram muito sangue jorrando na tela. Como escrevi, algo desnecessário, que só atrapalha o filme em seu resultado final.

Apóstolo (Apostle, Inglaterra, Estados Unidos, 2018) Direção: Gareth Evans / Roteiro: Gareth Evans / Elenco: Dan Stevens, Michael Sheen, Richard Elfyn, Paul Higgins / Sinopse: Thomas Richardson (Dan Stevens) vai atrás de sua irmã, raptada por uma seita de fanáticos religiosos que vivem numa comunidade isolada, de um ilha na costa da Irlanda do Norte. Sua intenção é localizar a irmã, para resgatá-la do meio daqueles loucos. Para isso se faz passar por um bom devoto do culto da deusa pagã cultuada por aquela seita.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Passageiros

Até que gostei desse filme "Passageiros". Se fosse resumir de uma forma bem concisa diria que é um Sci-fi romântico, uma definição esquisita, mas que tem sua razão de ser. A história do filme se passa toda numa nave espacial. Em viagens de grandes distância - estou aqui me referindo a distâncias cósmicas! - a única forma de manter a vida seria colocar todos os tripulantes e passageiros numa espécie de hibernação. Por um erro do sistema porém um dos membros da tripulação é retirado desse estado. Isso também significaria que ele estaria só pelo resto da viagem que duraria um tempo maior do que a expectativa de vida de um ser humano normal.

Aí entra a grande inventividade do roteiro. Para não ficar solitário até o fim de seus dias esse mesmo tripulante decide tirar uma jovem garota de sua hibernação - para viver ao seu lado. Falta de ética? Absurdo moral? Tudo isso, mas o roteiro tenta contornar essas questões para contar uma história de amor. Com praticamente apenas dois atores em cena (Jennifer Lawrence e Chris Pratt) o filme funciona, o que não deixa de ser uma surpresa. Os dois vão se conhecendo e como estão sozinhos no meio do universo acabam se apaixonando. O filme não fez o sucesso esperado, talvez por não ter sido muito bem entendido e recebido pela crítica, mas vale a pena ser conhecido. É um daqueles roteiros que ficam em nossa mente por bastante tempo, justamente por causa de sua originalidade. Algo, convenhamos, bem complicado de encontrar hoje em dia dentro do cinemão comercial americano.

Passageiros (Passengers, Estados Unidos, 2016) Direção: Morten Tyldum / Roteiro: Jon Spaihts / Elenco: Jennifer Lawrence, Chris Pratt, Michael Sheen, Andy Garcia / Sinopse: Trpulante de uma viagem espacial acaba sendo despertado antes da hora de sua câmara de hibernação. Para não ficar sozinho até o fim de seus dias ele resolve retirar desse estado uma jovem passageira, bem bonita e atraente. Isso acaba selando seus destinos para sempre.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de novembro de 2017

O Aventureiro: A Maldição da Caixa de Midas

Essa é uma produção inglesa que tenta pegar carona naquele velho filão de aventuras arqueológicas. Basicamente temos um grupo de pessoas que procura colocar as mãos em um artefato que pertenceu ao Rei Midas. Sim, aquele lendário monarca da antiguidade que segundo as lendas transformava tudo o que tocava em ouro! O tal objeto é uma caixa, que se cair em mãos erradas pode trazer riquezas ilimitadas ao seu novo dono, causando com isso inúmeros problemas ao mundo. Como se pode perceber não há nada de muito relevante, a não ser uma tentativa do atual cinema inglês em seguir os passos do americano Indiana Jones, com resultados bem modestos em termos artísticos.

Inegavelmente o filme tem boa produção. Figurinos luxuosos, cenários bem feitos e elenco muito bom, contando inclusive com dois atores que sempre gostei: Michael Sheen e Sam Neill. O problema básico é que mesmo com todo esse luxo a coisa não funciona, ou melhor colocando a questão, não funcionará se você tiver mais de 12 anos de idade. Sim, esse filme é um produto meramente juvenil, bem adequado para crianças e adolescentes, ao estilo das aventuras do Tio Patinhas. Para os mais velhos a coisa toda soará bem banal e sem graça. O roteiro é baseado na obra desse autor inglês contemporâneo chamado G.P. Taylor, que escreve livros para adolescentes. Penso que sua criação ficaria melhor em uma adaptação para os quadrinhos. Para o cinema faltou mesmo maior conteúdo.

O Aventureiro: A Maldição da Caixa de Midas (The Adventurer: The Curse of the Midas Box, Inglaterra, Bélgica, Espanha, 2013) Direção: Jonathan Newman / Roteiro: Christian Taylor, Matthew Huffman / Elenco: Michael Sheen, Lena Headey, Sam Neill, Ioan Gruffudd / Sinopse: Um artefato milenar, a caixa do Rei Midas, passa a ser procurado e disputado por um grupo de pessoas, entre eles o agente do governo Johnny Charity (Michael Sheen) e o vilão Otto Luger (Sam Neill), o milionário dono de um hotel onde supostamente o objeto arqueológico está enterrado há séculos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Norman

Mais um bom filme de Richard Gere. Aqui ele interpreta esse sujeito incomum chamado Norman. Ele passa o dia inteiro pelas ruas de Nova Iorque pendurado em seu celular! Em que ele exatamente trabalha? Não se sabe ao certo. Ele mesmo afirma que dá consultorias (não se sabe de quê!) e que presta serviços (sem conseguir explicar quais seriam esses serviços!). Na sua rotina Norman tenta entrar em contato com pessoas ricas e poderosas. Ele acredita que o mais importante de tudo é ter contatos, aproximações com esse tipo de gente. Para isso ele topa qualquer coisa, inclusive entrar de bicão, sem ser convidado, para festas de milionários (obviamente sempre sendo convidado a se retirar depois). Após muitas portas na cara, Norman finalmente tira a sorte grande ao conseguir se aproximar com êxito de um político de segundo escalão do governo de Israel.

Na cara de pau mesmo, Norman o segue pelas ruas de Nova Iorque e depois consegue se aproximar do tal sujeito. Trocam cartões e mantém contatos. Para sua grande surpresa o tal político acaba se tornando primeiro ministro de Israel, o que acaba abrindo todas as portas para Norman, justamente por sua proximidade com o figurão. Só que com todo esse conhecimento tudo o que Norman acaba conseguindo é entrar numa tremenda enrascada! Pois é, esse personagem (mais um presente para Richard Gere em sua carreira) é uma espécie de herói picaresco (para usar um termo de nossa literatura), um homenzinho sem muita sorte que vai abrindo seu próprio espaço com artimanhas, jogadas de sorte (e também de inteligência), nem sempre se dando bem no final. A trilha sonora do filme reforça bem esse aspecto da personalidade do protagonista. Todas as vezes que ele vai entrando em uma nova enrascada lá está aquele trombone em tom de humor farsesco. É um filme realmente muito bom, valorizado por Richard Gere, ora com um olhar de bom malandro, ora como um inocente que não sabe bem onde está entrando. Divertido e até mesmo em certos aspectos lírico, esse "Norman" é um dos filmes mais surpreendentes desse ano.

Norman: Confie em Mim (The Moderate Rise and Tragic Fall of a New York Fixer, Estados Unidos, Israel, 2016) Direção: Joseph Cedar / Roteiro: Joseph Cedar / Elenco: Richard Gere, Michael Sheen, Steve Buscemi, Lior Ashkenazi / Sinopse: Norman Oppenheimer (Richard Gere) se autodenomina um consultor, um estrategista, embora ninguém saiba ao certo quem ele é ou o que faz da vida. Forçando aproximação com pessoas ricas e poderosas ele acaba conhecendo Micha Eshel (Lior Ashkenazi), um político sem muita importância que acaba se tornando primeiro ministro de Israel. Usando dessa proximidade Norman começa a tecer uma enorme teia de relações e contatos, dando origem a uma enorme confusão. Filme indicado ao Cleveland International Film Festival.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Animais Noturnos

Título no Brasil: Animais Noturnos
Título Original: Nocturnal Animals
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Tom Ford
Roteiro: Tom Ford
Elenco: Amy Adams, Jake Gyllenhaal, Michael Shannon, Aaron Taylor-Johnson, Laura Linney, Michael Sheen
  
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Austin Wright, o filme "Animais Noturnos" conta a história de Susan Morrow (Amy Adams). Trabalhando em uma galeria de arte, ela começa a se sentir frustrada em sua vida pessoal e profissional. Sua galeria não vai bem e seu marido vai se tornando cada vez mais distante. Nesse ponto de sua vida ela começa até mesmo a se questionar se o ama de verdade e se tomou a decisão certa ao se casar com ele. Ao receber o manuscrito do novo livro escrito por seu ex-marido, Edward Sheffield (Jake Gyllenhaal), ela começa a entrar em uma grande crise existencial sobre as escolhas que fez ao longo de sua vida. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Michael Shannon). Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Aaron Taylor-Johnson).

Comentários:
Muito se falou sobre a injustiça de não se ter indicado a atriz Amy Adams ao Oscar. Ela realmente está em uma fase excepcional na sua carreira, sendo que em 2016 ela poderia ter sido facilmente indicada ao prêmio de melhor atriz tanto por seu excelente trabalho em "A Chegada" como por esse "Animais Noturnos". Ambas as indicações seriam merecidas. Em relação a esse papel, ela se sobressai ao interpretar uma mulher que em determinado momento de sua vida fica em dúvida sobre as escolhas que fez. Ela teve uma paixão no passado que foi boicotada por sua família, já que o rapaz era um escritor fracassado e pobre. Certamente ela gostava bastante dele, mas pressionada pela mãe, que dizia ser sua escolha um homem considerado romântico e fraco demais, acabou optando por um bonitão que conheceu na universidade, um sujeito frio e bastante vazio. Com problemas na empresa (ela dirige uma galeria de arte), tudo piora quando seu ex resolve lhe mandar o manuscrito de seu novo romance, intitulado "Animais Noturnos" para ela ler em primeira mão. O livro é inclusive dedicado a ela. 

Assim o roteiro começa a explorar duas linhas narrativas: a primeira com Amy lendo o tal romance e a segunda mostrando a própria história do manuscrito escrito por Edward, o escritor fracassado, interpretado por Jake Gyllenhaal. Com isso temos na verdade dois gêneros cinematográficos convivendo no mesmo filme, com um drama existencial em primeiro plano (a vida da personagem de Amy Adams) e a trama de assassinato e brutalidade, exposta no livro que ela lê. Tudo muito bom, bem costurado por um roteiro extremamente eficiente. No quadro geral o filme se destaca por explorar o lado do arrependimento, da busca por uma redenção pelos erros do passado. O próprio enredo do manuscrito que a protagonista lê é, no fundo, uma metáfora sobre a conturbada relação que ela teve com seu autor no passado. O personagem que se sobressai lá é um pai de família que se vê numa situação extrema e que em seu final precisa provar que não é um fraco, um homem sem brio. Tudo o que a mãe de Adams o acusava de ser. Tecnicamente bem acima da média, com subtexto inteligente, esse filme certamente merecia um melhor reconhecimento por parte da academia.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Passageiros

Sinceramente falando não me lembro de ter assistido nada parecido a isso. O filme se passa em uma grande espaçonave que cruza o universo em direção a um planeta chamado Homestead II. É para lá que vão mais de cinco mil passageiros (fora a tripulação) em busca de um novo lar. Como as distâncias são enormes, com a viagem prevista para 120 anos terrestres, todos são colocados em câmaras de hibernação. Apenas quatro meses antes de chegar na nova colônia é que todos seriam despertados. O problema é que a nave passa por uma chuva de asteroides e começa a apresentar defeitos técnicos. Um dos passageiros, o mecânico Jim Preston (Chris Pratt), é despertado antes da hora. Sua câmara é aberta por causa de um defeito e ele se vê na terrível situação de ter sido retirado da hibernação fora da hora, mais exatamente 90 anos antes da espaçonave chegar em seu destino! E não há possibilidade dele retornar para a câmara que foi feita para ser aberta uma única vez. Imaginem o desespero. Antes mesmo de chegar no novo planeta ele obviamente já estará morto!

E Jim fica nessa situação desesperadora por um longo ano de viagem - vivendo praticamente sozinho na grande nave, sem ter nenhum ser humano para conversar ou conviver. Apenas o robô barman Arthur (Michael Sheen) traz uma falsa impressão que ele realmente não está sozinho nessa longa viagem que para ele não terá fim e nem um destino. Então Jim toma uma decisão moralmente condenável, mas compreensível, ao despertar uma jovem escritora de sua hibernação. Obviamente ele jamais poderia fazer isso, mas acaba tomando a decisão, trazendo Aurora Lane (Jennifer Lawrence) para seu convívio. Muito bem, se eu fosse definir esse filme de maneira bem simples diria que se trata mesmo de um "Romance Espacial". Achou estranho? Pois é, o roteiro soa assim realmente. Claro que um casal sozinho em uma nave enorme iria se relacionar mais cedo ou mais tarde e assim começa a parte romântica do filme que não é de todo mal, pelo contrário, acaba se revelando a melhor coisa dessa ficção. Eles sabem que estão condenados a viver até o fim de seus dias dentro dos corredores daquele nave espacial e acabam se apaixonando. Acabei gostando do filme, confesso. A fita tem colecionado críticas negativas, mas como passo longe de ser um desses críticos ranzinzas, terminei curtindo a proposta do roteiro. Claro que contou pontos a favor disso o fato de ter um lado romântico à prova de tudo. O namoro dos personagens acabou fazendo com que eu ficasse cativado pelo filme. Até Oscar Wilde gostaria, tenho certeza. O romantismo é meio bobo mesmo, mas não existe nada melhor, pode ter certeza. Deixe o emocional falar mais alto e se divirta!

Passageiros (Passengers, Estados Unidos, 2016) Direção: Morten Tyldum / Roteiro: Jon Spaihts / Elenco: Jennifer Lawrence, Chris Pratt, Michael Sheen, Andy Garcia / Sinopse: Dois passageiros de uma viagem espacial acabam sendo despertados antes da hora de suas câmaras de hibernação, o que acaba selando seus destinos para sempre.

Pablo Aluísio. 


domingo, 12 de junho de 2016

Anjos da Noite 3 - A Rebelião

Título no Brasil: Anjos da Noite 3 - A Rebelião
Título Original: Underworld - Rise of the Lycans
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lakeshore Entertainment
Direção: Patrick Tatopoulos
Roteiro: Danny McBride, Dirk Blackman
Elenco: Kate Beckinsale, Bill Nighy, Rhona Mitra, Michael Sheen
  
Sinopse:
Em um passado distante uma dinastia de vampiros aristocráticos mantém sob correntes os lycans (lobisomens) até que um deles começa uma verdadeira rebelião contra o que considera a escravidão de sua raça, dando origem a uma verdadeira guerra entre os dois monstros mitológicos do terror. Terceiro filme da franquia "Anjos da Noite" (Underworld).

Comentários:
Apesar de não ser muito fã dessa série "Underworld" eu tive a oportunidade de conferir esse terceiro filme nos cinemas. É um dos mais interessantes porque tem uma estória própria, quase como se fosse um prequel cinematográfico dos filmes anteriores. A atriz Kate Beckinsale, apesar de estar presente no material promocional e ter seu nome como chamariz de bilheteria, nem participa muito da trama. Na verdade os verdadeiros protagonistas são o aristocrático Viktor (Bill Nighy), a exótica Sonja (interpretada pela bonita e sensual atriz Rhona Mitra) e o selvagem Lucian (Michael Sheen, sempre interessante e esforçado em cena). Eles formam o núcleo central dos acontecimentos que levaram os lobisomens a se rebelarem contra a dominação dos vampiros. Criados como bestas e animais selvagens eles dão seu grito de liberdade, dando começo a uma insana guerra entre eles e os seres vampirescos. A direção ficou a cargo do francês Patrick Tatopoulos, aqui em seu primeiro trabalho importante como cineasta. Ele já havia trabalhado antes no primeiro filme como o responsável pela equipe técnica de efeitos especiais. Na direção acabou até mesmo surpreendendo. Em suma, um bom exemplar da franquia "Underworld" que pode até mesmo ser assistido sem os demais pois, como já afirmei, seu enredo é bem independente dos outros filmes da franquia.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Othelo

A peça "Othelo" de William Shakespeare teve ao menos cinco grandes adaptações famosas no cinema americano. Essa versão aqui ficou conhecida por um fato até singelo, mas importante para o público afrodescendente. Pela primeira vez na história um ator realmente negro interpretou o personagem principal, o mouro atormentado pela dúvida da existência ou não de uma suposta traição por parte da mulher que ama, a bela (e branca) lady Desdemona (Irène Jacob). Coube a Laurence Fishburne a honra de defender o papel com toda a extensão de seu talento dramático. Interessante que na versão cinematográfica mais famosa o grande Orson Welles precisou se pintar de negro para convencer nas telas como Othelo, o que resultou em algo até estranho, embora o talento de Welles conseguisse sobreviver realmente a tudo - até mesmo a algo tão equivocado como se pintar para parecer um mouro verdadeiro.

Nesse Othelo dos anos 90 alguns outros aspectos também chamam a atenção, a começar pelo brilhante trabalho do ator (e especialista na obra de Shakespeare) Kenneth Branagh. Ele interpreta o vilão vil e inescrupuloso Iago. Ouso até escrever que essa foi a melhor transposição desse personagem para as telas. No quesito atuação não há como negar que Branagh roubou o filme inteiro para si. O ator conseguiu o tom certo, trazendo com sua atuação uma qualidade incrível para o filme como um todo. Outro ponto que merece destaque é o lado sensual das cenas de amor entre Othelo e Desdemona! Pelo visto o diretor tentou mesmo realçar o calor dessa paixão de todas as maneiras possíveis. Essa sensualidade à flor da pele inclusive serviu de munição para algumas críticas que desaprovaram o filme na época de seu lançamento. Bobagem, os tempos eram outros e penso que o próprio William Shakespeare teria aprovado a maior ênfase no lado sensual desse romance de destino trágico.

Othelo (Othello, Estados Unidos, 1995) Direção: Oliver Parker / Roteiro: Oliver Parker, baseado na obra de William Shakespeare / Elenco: Laurence Fishburne, Kenneth Branagh, Irène Jacob, Michael Sheen / Sinopse: Mesmo contra a vontade de sua família a jovem Desdemona (Irène Jacob) resolve se casar com mouro Othelo (Fishburne). Com o tempo, apesar do calor da paixão, ele começa a desconfiar que estaria sendo traído pela sua esposa. Filme indicado ao Screen Actors Guild Awards ma categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Kenneth Branagh).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Masters of Sex

Título no Brasil: Masters of Sex
Título Original: Masters of Sex
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Showtime
Direção: Michael Apted, Michael Dinner
Roteiro: Michelle Ashford, Tyler Bensinger
Elenco: Michael Sheen, Lizzy Caplan, Caitlin FitzGerald

Sinopse: 
O Dr. William Masters (Michael Sheen) é um respeitado médico de um dos melhores centros de tratamento contra a infertilidade. Ele pretende levar adiante uma série de estudos sobre a sexualidade humana mas acaba esbarrando nos inúmeros preconceitos que rondam seu objeto de estudo. A instituição na qual trabalha não vê com bons olhos a criação de uma ala especial para desvendar os segredos da vida sexual de homens e mulheres. Masters porém está determinado em começar suas pesquisas sobre o tema.

Comentários:
Nova série do canal Showtime. Em primeiro lugar temos que admitir que o assunto certamente vai chamar a atenção de muitas pessoas, afinal a sexualidade sempre está em voga. A série porém tenta abraçar o ponto de vista da ciência, mostrando as pesquisas do Dr. Masters da forma mais contida possível. Por isso não vá esperar por cenas quentes de sexo ou algo parecido, não é essa a proposta do seriado. Aliás achei tudo um tanto quanto frio, principalmente pelo tema que o programa desvenda. O próprio personagem do Dr. Masters é completamente frio e praticamente sem emoções. Embora estude a sexualidade dos outros ele próprio tem problemas sexuais. Seu relacionamento embaixo dos lençóis com sua esposa é complicado, nada amoroso e eles passam por vários dificuldades para que ela finalmente venha a engravidar. A trama da série se passa em 1956, o que traz um charme especial aos episódios, mas de uma forma em geral ainda está muito distante dos grandes programas do Showtime como "Dexter" e "Homeland", por exemplo. Tem potencial para crescer, basta apenas alguns ajustes na construção de determinados personagens. Vamos acompanhar para torcer por melhorias.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Rainha

O filme se propõe a ser um retrato daquele que provavelmente foi o momento mais marcante dessa nova monarquia britânica: a morte da Princesa Diana. O foco é então desviado para o lado mais humano da Rainha Elizabeth II, aqui brilhantemente interpretada pela talentosa Helen Mirren. Após a morte de Diana em Paris a realeza inglesa ficou em certo impasse pois era fato conhecido de todos que as relações entre a Rainha e Diana estavam longe de serem cordiais ou amenas. A princesa havia se divorciado de Charles e estava tendo um romance um tanto escandaloso com Dodi Al-Fayed, herdeiro da cadeia de lojas Herrod´s, um envolvimento amoroso que causava um constrangimento generalizado na monarquia e que era desaprovado sem reservas pela Rainha. Como se não bastasse esse comportamento nada discreto e elegante da mãe do futuro Rei da Inglaterra, Diana ainda escancarava a vida privada da nobreza de forma vergonhosa para a imprensa, mostrando aspectos íntimos da vida familiar do Palácio de Buckingham. Assim quando morreu naquele trágico acidente a Rainha se viu em um impasse tremendo: se mostrar fria e indiferente ao acontecimento, mantendo sua postura e fleuma, ou demonstrar tristeza profunda pela morte da Princesa. Nesse momento entra em cena a atuação do Primeiro-Ministro Tony Blair (Michael Sheen), que tentará mudar a mentalidade da monarca britânica. 

Elizabeth não quis assistir ao filme pois se sentiu bastante desconfortável ao ser retratada nas telas. Além disso resumiu seu sentimento em relação ao filme ao declarar: " não quero relembrar uma das piores semanas de minha vida". Excesso de zelo certamente pois "A Rainha" é uma produção do mais alto nível, com roteiro caprichosamente escrito, tentando sempre se manter de forma bastante fiel aos fatos históricos. É certo que Diana passava longe de ser uma nobre com comportamento adequado mas diante de sua popularidade imensa perante a população, fruto de seu carisma e atos de boa vontade, a Rainha teve que dar o braço a torcer, declarando imenso pesar pela morte de sua ex-nora. A Academia gostou bastante do resultado final e "A Rainha" conquistou o Oscar de Melhor Atriz (Helen Mirren) e foi indicado aos de Figurino, Direção, Trilha Sonora, Melhor Filme e Roteiro Original. O reconhecimento continuou nos prêmios do Globo de Ouro e Bafta onde venceu nas categorias Atriz e filme. Nada mal para uma produção luxuosa e elegante, digna de uma verdadeira Rainha.

A Rainha (The Queen, Estado Unidos / Inglaterra, 2006) Direção: Stephen Frears / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Helen Mirren, Michael Sheen, James Cromwell, Sylvia Syms./ Sinopse: Na semana da morte da Princesa Diana a Rainha Elizabeth II fica em um impasse: se manter o mais longe possível da tragédia ou se envolver pessoalmente mostrando o pesar pela morte da  Princesa.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de novembro de 2012

Frost / Nixon

Nem sempre a história é tão interessante do ponto de vista dramático que justifique sua transposição de forma fiel para os palcos ou para as telas. Um exemplo é esse "Frost / Nixon". O filme enfoca a polêmica sessão de entrevistas que o ex-presidente norte americano Richard Nixon concedeu ao jornalista inglês David Frost em 1977. Como se sabe Nixon havia renunciado ao seu cargo após o escândalo de Watergate. O que todos queriam saber era se Nixon confessaria ou não sua participação nos eventos que o levaram à renúncia do cargo mais poderoso do planeta. Na realidade dos fatos Nixon jamais confessou publicamente que teria participado de todos aqueles atos ilegais, nem na entrevista com David Frost e nem em lugar nenhum. Porém como isso tiraria grande carga de dramaticidade para a peça original em que o filme foi baseado, optou-se por alguns desvirtuamentos dos fatos reais. Com isso a peça e consequentemente o filme se tornaram bem mais interessantes do ponto de vista da pura dramaturgia, embora nesse processo tenham também perdido sua veracidade histórica. Mesmo com todas essas observações o filme não conseguiu escapar de um verdadeiro bombardeamento por parte da imprensa americana que o acusou de ser uma mera peça de ficção, sem qualquer laço com a entrevista real. Fred Schwarz, jornalista do prestigiado National Review sedimentou sua opinião da seguinte forma: "Frost / Nixon é uma tentativa de usar a história, transformar em retrospectiva uma derrota em uma vitória."

É curioso como Richard Nixon ganhou status de grande estadista perto de sua morte. Quando renunciou ele teve sua imagem pública destruída mas ao longo dos anos foi recuperando sua reputação e morreu sendo ovacionado pela grande imprensa americana, a mesma que tanto contribuiu para sua queda monumental. Para interpretar um personagem com tantas nuances e detalhes psicológicos e de personalidade, apenas um ator como Frank Langella poderia se sair bem sucedido. Ele passa longe de ser fisicamente parecido com Nixon e dispensou uso de maquiagem para fazer o papel, algo que Anthony Hopkins usou em excesso no filme de Oliver Stone e que acabou lhe tirando parte importante de sua expressão facial. Aqui Langella preferiu surgir em cena de cara limpa. O resultado é realmente maravilhoso pois em grande parte do filme esquecemos completamente da face do verdadeiro Nixon e nos concentramos na caracterização de Langella que é realmente soberba. Injustamente não venceu o Oscar de melhor ator, perdendo o prêmio mais esperado. Aliás o filme apesar de indicado para todos os principais prêmios da Academia (filme, ator, direção, roteiro adaptado e edição) saiu de mãos vazias da premiação. Fruto talvez da má vontade de certos articulistas que centraram fogo contra o filme. Não faz mal, "Frost / Nixon" está acima disso. Um filme inteligente com roteiro marcante que vai certamente agradar os espectadores que prezam por um bom filme embasado em grandes atuações.

Frost / Nixon (Estados Unidos, 2009) Direção:  Ron Howard / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Frank Langella,  Michael Sheen, Michael Sheen, Sam Rockwell, Kevin Bacon, Matthew MacFadyen, Oliver Platt, Rebecca Hall / Sinopse: Frost / Nixon mostra os bastidores, os acertos e finalmente a entrevista que o ex-presidente Richard Nixon concedeu ao jornalista inglês David Frost na década de 70.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Tron O Legado

Título no Brasil: Tron O Legado
Título Original: Tron Legacy
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Edward Kitsis, Adam Horowitz
Elenco: Jeff Bridges, Michael Sheen, Olivia Wilde, John Hurt
  
Sinopse:
Décadas após os acontecimentos do primeiro filme e do desaparecimento de Kevin Flyyn (Jeff Bridges), seu filho Sam (Garret Hedlund) resolve desvendar o mistério de seu sumiço. Não tardará para que ele também consiga adentrar o universo virtual de Tron para enfrentar inúmeros perigos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhores Efeitos Sonoros (Gwendolyn Yates Whittle e Addison Teague).

Comentários:
“Tron Uma Odisséia Eletrônica” foi considerado um projeto ousado na época de seu lançamento há exatos 30 anos. Esse “Tron O Legado” tenta seguir o fio da meada do primeiro filme, obviamente se aproveitando do avanço atual em que se encontra os efeitos digitais no cinema. O problema é que já se passou muito tempo do primeiro filme e os que gostaram dele na época já não são mais os mesmos que frequentam as salas de cinema hoje em dia. Como se sabe o grande público hoje é formado basicamente por jovens e adolescentes. Logo a maioria nunca assistiu ao primeiro filme e só conheceu Tron de nome mesmo (isso se conhecer realmente). Assim estamos na presença de uma continuação muito tardia que tenta seguir os eventos do filme anterior sem muito sucesso. Por essa razão o roteiro se torna um pouco confuso e truncado – personagens surgem do nada e o roteiro conta com o fato, pouco provável, de que o espectador conheça ou se lembre de todos eles lá do filme de 1982. Não é o caso da esmagadora maioria dos que pagaram para ver esse “Tron o Legado”. O que se salva no meio de tudo isso realmente é a qualidade inegável de suas cenas no aspecto técnico. Se em 1982 tudo soava como algo bem primitivo, agora os efeitos se mostram bem mais eficientes e absurdamente bem produzidos. A Disney também optou por uma escolha inteligente pois ao mesmo tempo em que abraça a nova tecnologia também procura respeitar o design da primeira produção, tentando manter o mesmo universo, com as mesmas ideias e praticamente a mesma direção de arte. Claro que se formos comparar com o filme original a diferença será substancial em termos de qualidade dos efeitos, mas isso é, de qualquer forma, um mero detalhe. O roteiro desse novo Tron não é muito inspirado. No fundo é a velha trama envolvendo o bem contra o mal só que em um mundo cibernético e virtual. Ao custo de 170 milhões de dólares – um orçamento robusto – o filme aos trancos e barrancos e amparado por marketing agressivo conseguiu se tornar um sucesso apenas razoável de bilheteria, não talvez ao ponto de virar uma nova franquia. De qualquer modo o filme é indicado tanto para os quarentões que viram o primeiro filme na sua infância como também para os que estão chegando agora nesse mundo singular.

Pablo Aluísio.