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sábado, 15 de abril de 2023

Cidadão X

Título no Brasil: Cidadão X 
Título Original: Citizen X
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO Films
Direção: Chris Gerolmo
Roteiro: Robert Cullen, Chris Gerolmo
Elenco: Stephen Rea, Donald Sutherland, Max von Sydow, Jeffrey DeMunn, Joss Ackland, John Wood

Sinopse:
O filme conta a história real do serial killer Andrei Chikatilo. Durante o regime soviético ele começou a matar crianças, adolescentes e mulheres que conhecia em estações de trem por toda a União Soviética. Inicialmente sua existência era dada como um constrangimento internacional para o regime comunista que chegava a negar até mesmo a existência desse tipo de monstro em sua sociedade. 

Comentários:
Filmaço! Chego inclusive a escrever que esse foi sem dúvida um dos melhores filmes de assassinos em série que assisti em minha vida. Além da história desse psicopata ser muito interessante do ponto de vista criminológico (indico inclusive para estudantes de direito), devo dizer que o cenário político e o contexto histórico onde tudo aconteceu tornou ainda mais relevante esse enredo. O psicopata Andrei Chikatilo foi um dos mais infames criminosos da história do século XX. Seus crimes eram horrendos e hediondos. Só que tudo esbarrava no próprio sistema do regime soviético, que tentava esconder tudo para não manchar a reputação da União Soviética, uma vez que a propaganda oficial dizia que esse tipo de assassino era coisa do decadente regime capitalista do Ocidente. Com isso os policiais, que eram bons profissionais, enfrentavam não apenas os desafios comuns desse tipo de investigação, como também um certo boicote oficial das autoridades soviéticas. E nesse impasse se criava uma situação surreal. Enfim, ótimo filme, com elenco acima da média e roteiro primoroso. Altamente recomendado. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Três Dias do Condor

Nesse clássico filme de espionagem, o ator Robert Redford interpreta um escritor que vai trabalhar como pesquisador na CIA, a agência de inteligência do governo dos Estados Unidos. Sua principal função é ler livros, jornais e revistas para descobrir se existe algum vazamento sobre operações da agência. Depois de captar algo nessas publicações, ele precisa enviar suas conclusões em relatórios para seus superiores. Só que algo dá muito errado. Toda a equipe que trabalha acaba sendo assassinada por agentes da própria CIA. O único que sobrevive é justamente ele, com o codinome de Condor. Depois dessa série de mortes, ele precisa sobreviver de alguma forma enquanto tenta entender o que está acontecendo, porque nem mesmo ele sabe o motivo de tantas mortes. A CIA parece disposta a ir em frente executando todos os envolvidos. Para isso, ela contrata até mesmo assassinos profissionais como o personagem interpretado pelo ótimo ator Max Von Sydow. 

Filme muito bom, escrito, dirigido e produzido na década de 1970, tempo de grandes obras cinematográficas. Por essa época, a CIA foi perdendo sua áurea de grande órgão governamental por causa das inúmeros missões ilegais em que se envolvia. Não raro aconteciam supostos assassinatos e mortes misteriosas envolvendo a agência. E nada era muito bem esclarecido para o povo americano. Jogo sujo. O filme tem uma excelente trama baseada em um romance popular da época. A única crítica maior que eu teria a essa boa produção  vem do romance que surge entre os personagens de Robert Redford e Faye Dunaway. Essa tentativa de ganhar simpatia do público feminino, aproveitando a fama de galã do ator Robert Redford, me soou completamente fora do padrão do resto da história. É forçado o romance e pouco verossímil. Tirando isso, não teria mais nada de mal de falar do filme. É realmente uma excepcional história sobre o mundo subterrâneo da espionagem e seus bastidores sujos. Um filme para se ter na coleção.

Três Dias do Condor (Three Days of the Condor, Estados Unidos, 1975) Direção: Sydney Pollack / Roteiro: David Rayfiel, James Grady / Elenco: Robert Redford, Faye Dunaway, Max Von Sydow, Cliff Robertson / Sinopse: Pesquisador da agência de inteligência dos Estados Unidos, passa a ser caçado por agentes do governo sem saber exatamente a razão disso acontecer. O pior de tudo é que todos os membros da equipe em que trabalhava foram mortos de forma misteriosa.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Trocas Macabras

Essa era uma adaptação para o cinema de um livro de Stephen King que ainda permanecia inédito para mim. Dirigido pelo filho do ator Charlton Heston, Fraser Clarke Heston, se trata no final das contas de um filme menor baseado na obra do famoso escritor. A primeira coisa que notei logo quando comecei a assistir foi a incrível semelhança de enredo com a recente série (já cancelada) "Happy Town". A premissa é exatamente a mesma: um misterioso vendedor de antiguidades chega em uma pequena cidade do interior dos EUA e de uma forma ou outra vai influenciando a vida dos moradores locais. Sua pequena loja comercial é bem sinistra e sua figura misteriosa logo chama a atenção de todos os habitantes da cidadezinha. Stephen King mais uma vez se utiliza de um cenário bucólico para contar suas tramas de terror. Geralmente ele usa essas pequenas comunidades como palco para seus personagens incomuns. Ele os manipula em um intrigado jogo de mistérios, identidades secretas e muito mais.

O grande trunfo de "Trocas Macabras" é seu elenco que dá vida a essas peças do xadrez manipuladas por Stephen King. Embora a direção seja apenas mediana os atores se destacam, a começar pelo grande Max von Sydow. Seu papel ajuda muito, é verdade, mas o mérito é realmente dele. O fato de apenas instigar os demais a cometerem certos atos, ao invés dele mesmo promover o mal, vai muito de encontro ao que diz as próprias escrituras. Livre arbítrio, acima de tudo. Achei esse aspecto muito inteligente por parte do texto de King, tudo devidamente aproveitado por Sydow. Ed Harris também é um ator muito bom, embora aqui esteja um pouco histérico demais. Faltou um pouco mais de sutileza e sensibilidade em sua atuação. Enfim, "Trocas Macabras" não figura entre os melhores filmes baseados nos livros de Stephen King mas mantém o interesse, mesmo que não leve até as últimas consequências sua premissa inicial. Vale ser conhecido seja você fã de King ou não.

Trocas Macabras (Needful Things, Estados Unidos, 1993) Direção: Fraser Clarke Heston / Roteiro: W.D. Richter baseado em uma livro de Stephen King / Elenco: Max von Sydow, Ed Harris, Bonnie Bedelia, Amanda Plummer / Sinopse: Um forasteiro misterioso chega numa pequena cidade do interior dos EUA e lá abre uma pequena loja de antiguidades. Aos poucos sua presença no local começa a influenciar na vida dos moradores da cidadezinha. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Flash Gordon

Título no Brasil: Flash Gordon
Título Original: Flash Gordon
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Starling Films, Famous Films
Direção: Mike Hodges
Roteiro: Lorenzo Semple Jr, Michael Allin
Elenco: Sam J. Jones, Max von Sydow, Ornella Muti, Timothy Dalton, Melody Anderson, Brian Blessed

Sinopse:
Um jogador de futebol americano chamado Flash Gordon e seus amigos viajam inesperadamente para um planeta distante e desconhecido de nome Mongo e lutam contra a tirania de Ming, o Impiedoso, para salvar a Terra de sua dominação e destruição.

Comentários:
Não há como negar, se existe um filme que ficou datado em todos esses anos sem dúvida foi esse "Flash Gordon". Figurinos, cenários e principalmente efeitos especiais soam hoje em dia completamente absurdos, obsoletos e até mesmo ridículos. O personagem é um ícone da ficção, da cultura Sci-fi, um dos primeiros a serem criados e merecia coisa melhor. Penso inclusive que na época de lançamento original do filme esse visual já era controverso. Afinal filmes mais antigos como os do marinheiro Simbad eram bem melhores produzidos do que essa fita. O elenco tem altos e baixos. O sujeito que interpreta Flash (não vou chamá-lo de ator, porque não merece) o tal de Sam J. Jones, é um dos piores canastrões que já tive o desprazer de assistir. Só lamento que o grande Max von Sydow tenha participado dessa patifaria. Na pele de Mink, o Impiedoso, ele conseguiu se tornar a melhor coisa do filme. Pois é, certos atores são tão talentosos que sobrevivem a praticamente (quase) tudo nessa vida. Por fim e antes que me esqueça, outro ponto positivo do filme vem da música tema, do Queen. Essa é muito melhor do que o próprio filme.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Fuga Para a Vitória

Título no Brasil: Fuga Para a Vitória
Título Original: Victory
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Lorimar Film Entertainment
Direção: John Huston
Roteiro: Yabo Yablonsky, Djordje Milicevic
Elenco: Michael Caine, Sylvester Stallone, Max von Sydow, Pelé, Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, Paul Van Himst,

Sinopse:
Na Segunda Guerra Mundial, um grupo de oficiais nazistas cria um evento de propaganda no qual um time nazista de estrelas jogará contra um time composto por prisioneiros de guerra aliados. Os prisioneiros concordam, planejando usar o jogo como um meio de escapar do campo.

Comentários:
"Fuga Para a Vitória" de 1981 foi um caso curioso dentro da filmografia de Sylvester Stallone. Ele abriu mão de ser o ator principal do filme para ter a oportunidade de trabalhar ao lado do grande mestre do cinema John Huston. Embora já fosse um astro de grandes bilheterias em Hollywood, Stallone não queria perder a oportunidade de ver um dos diretores de cinema mais aclamados da história trabalhando em um set de filmagem. Como mero coadjuvante, ele não teve um papel de destaque dentro do filme, isso coube a Michael Caine, mas o fato de ter ficado em segundo plano não foi visto pelo ator como algo ruim. Além disso duas outras razões o convenceram a fazer o filme: o fato de não ter a responsabilidade do sucesso da produção em seus ombros e a chance de atuar com o Rei do futebol, Pelé! No final de tudo, como ele próprio diria anos depois em entrevistas, valeu bastante a experiência. Lançado em julho de 1981 nos cinemas, "Fuga Para a Vitória" não se tornou um grande sucesso de bilheteria, mas conseguiu gerar lucro para o estúdio. Com orçamento de pouco mais de 10 milhões de dólares consegui render nos cinemas meros 27 milhões. Um bom número, mas nada comparado com os grandes sucessos que Stallone vinha colecionando em sua carreira cinematográfica.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Minority Report - A Nova Lei

Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.

Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.

Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de abril de 2019

Kursk

Eu me recordo muito bem da história desse filme. Acompanhei pela imprensa. Em agosto de 2000 o submarino nuclear russo K-141 Kursk perdeu contato com sua frota no Mar de Barents. Era uma das máquinas de guerra mais importantes da frota do norte. Após algumas buscas descobriu-se que o submarino havia sofrido um acidente grave. Um dos torpedos explodiu dentro do Kursk. Nele havia uma tripulação de 118 homens. A maioria morreu na explosão. Apenas 20 sobreviventes tentaram pedir por socorro, batendo com martelos nas grossas camadas de aço do submarino.

O filme se concentra justamente nessa operação de salvamento. Inicialmente os russos tentaram salvar os tripulantes sobreviventes, porém como bem mostrado no filme, a frota do norte estava sucateada (um aspecto bem presente nas forças armadas russas atualmente). Feridos em seu orgulho patriótico, os comandantes da marinha russa hesitaram muito em pedir ajuda internacional. Até porque eles entendiam que isso seria uma espécie de humilhação pública perante o mundo. Enquanto decidiam o que fazer os marinheiros ficaram no fundo do oceano, esperando por um socorro que parecia nunca chegar.

Esse bom filme foi produzido pelo cineasta Luc Besson. Ele contratou pessoalmente dois excelentes atores para o elenco. O primeiro deles foi o grande Max von Sydow. Ele interpreta esse velho homem do mar, um almirante russo cheio de orgulho que não quer a ajuda dos ingleses no resgate. Já Colin Firth é o oficial inglês, que oferece os meios mais modernos para resgatar os marinheiros russos. O filme captou muito bem toda a atmosfera da tragédia do Kursk, não esquecendo de também desenvolver a vida dos marujos, de suas famílias e as perdas que sofreram. Sob o ponto de vista cinematográfico é uma bela obra. Na ótica histórica também não deixa nada a desejar.

Kursk (Bélgica, França, Luxemburgo, 2018) Direção: Thomas Vinterberg / Roteiro: Robert Rodat, baseado no livro "A Time to Die" de Robert Moore / Elenco: Max von Sydow, Colin Firth, Matthias Schoenaerts, Léa Seydoux, Peter Simonischek / Sinopse: O filme resgata a história da tragédia que envolveu o submarino nuclear Kursk em agosto de 2000.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de março de 2019

Star Wars: O Despertar da Força

Esse novo filme da franquia "Star Wars" que chegou aos cinemas em 2016 certamente fez muito sucesso comercial, rendeu ótimas bilheterias, porém me deixou com aquela sensação amarga de que eu estava assistindo a uma reprise de um filme que já havia assistido antes. Se formos pensar bem foi exatamente isso que aconteceu. A trama é extremamente parecida com a do primeiro filme, "Guerra nas Estrelas" de 1977. Com isso não estou querendo dizer que os velhos personagens que ressurgem aqui perderam o interesse, nada disso, mas sim chamando a atenção para o fato de que até os novos personagens são cópias rudimentares daqueles que vimos no filme original. A palavra originalidade inclusive é o grande problema desse sétimo filme. Os fãs podem fazer malabarismos de todos os tipos, mas não conseguem fugir de uma constatação óbvia: esse novo roteiro não tem originalidade nenhuma. Apenas pegaram o roteiro do primeiro filme, fizeram algumas adaptações, trouxeram algumas pequenas novidades, levaram ao forno esse prato requentado e jogaram para o público consumir. Como deu certo provavelmente veremos outra cópia disfarçada no próximo film

Essa falta de originalidade inclusive se estende a praticamente todos os personagens e não apenas aos protagonistas. O vilão desse novo filme nada mais é do que uma versão (um tanto sem graça, devo dizer) de Darth Vader, aquele sim um dos melhores personagens da saga. Pois é, nem o lado negro da força escapou do plágio. Como "Star Wars" agora pertence ao império Disney não espere por algo diferente. Tudo continuará no controle remoto para agradar os velhos fãs e a nova geração, já que essa é a verdadeira fonte de renda desse universo. Afinal quem vai comprar os brinquedos e bonequinhos com a marca Star Wars? Claro que a garotada. Tudo é marketing, tudo é vendas. Alguém realmente pensou que havia algo diferente disso? Claro que não. Eu provavelmente irei conferir o oitavo filme. Tanto por ser um pouco masoquista como por curiosidade. Quero ver até onde essa "estratégia" vai chegar! Se o segundo filme dessa fase do Pateta for pelo menos uma cópia de "O Império Contra-ataca" até que não vai ser tão ruim, já que esse foi o melhor filme de todos. Só não quero me deparar com outra revelação do tipo "Luke eu sou seu pai!" porque ai meu caro, seria forçar a barra demais...

Star Wars: O Despertar da Força
(Star Wars: Episode VII - The Force Awakens, Estados Unidos, 2015) Direção: J.J. Abrams / Roteiro: Lawrence Kasdan, J.J. Abrams / Elenco: Daisy Ridley, Carrie Fisher, Harrison Ford, Mark Hamill, Andy Serkis, Max von Sydow, John Boyega, Oscar Isaac / Sinopse: Uma jovem entra em contato com o poder da força. Agora, ela poderá se tornar a nova arma dos Jedi contra o império do mal. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor edição, mixagem de som, edição de som, efeitos especiais e música. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

O Julgamento de Nuremberg

Título no Brasil: O Julgamento de Nuremberg
Título Original: Nuremberg
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: British American Entertainment, TNT
Direção: Yves Simoneau
Roteiro: Joseph E. Persico, David W. Rintels
Elenco: Alec Baldwin, Max von Sydow, Brian Cox, Christopher Plummer, Michael Ironside, Charlotte Gainsbourg

Sinopse:
Após o fim da II Guerra Mundial o promotor Robert H. Jackson (Alec Baldwin) é designado para acusar os principaís líderes do nazismo que ainda estavam vivos, entre eles o Reichsmarschall Hermann Göring, um dos braços direitos do Führer Adolf Hitler. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Telefilme, Melhor Ator (Alec Baldwin) e Melhor Ator Coadjuvante (Brian Cox).

Comentários:
O julgamento de Nuremberg já foi usado como tema para vários filmes (alguns deles clássicos, inclusive), documentários e séries. Foi um julgamento marcante porque os principais nazistas foram levados ao tribunal justamente nesse momento histórico. Os principais líderes que sobreviveram foram julgados nesse julgamento. Claro que todos esperavam ver Hitler perante um tribunal, respondendo por seus crimes contra a humanidade, mas ele se suicidou antes disso. Ele não queria ser exposto como troféu pelos aliados, vencedores da guerra, numa jaula, como ele mesmo disse antes de estourar seus miolos. Assim resolveu dar um tiro na cabeça, deixando ordens expressas de incinerarem seu corpo com gasolina, no lado de fora de seu Bunker em Berlim. Hoje em dia, do ponto de vista jurídico, o julgamento de Nuremberg é considerado um erro. Existe um fundamento em direito chamado de princípio do juiz natural, que impede que órgãos judiciários sejam formados para julgar um caso específico. Foi justamente o que aconteceu em Nuremberg. O poder judiciário deve pré existir aos crimes e aos casos levados a julgamento e não serem constituídos para julgar determinados criminosos. Em Nuremberg um tribunal foi formado às pressas justamente para julgar os nazistas do III Reich. Os vencedores da guerra julgando os perdedores. Nesse processo se perde a imparcialidade, tão importante como princípio jurídico fundamental. De qualquer maneira, pelo fato de termos uma situação extrema, até se pode justificar um pouco a formação desse tribunal ad hoc!. Deixando esses problemas jurídicos de lado, temos aqui um bom filme (ou melhor dizendo, telefilme). No Brasil foi lançado em VHS, mas nos EUA ele foi exibido em dois episódios pelo canal TNT. Vale por resgatar essa história. Em termos de produção também não há nada o que reclamar. Tudo ok, com boa precisão histórica, bem fiel aos fatos reais.

Pablo Aluísio.

sábado, 20 de maio de 2017

A Morte Não Manda Aviso

Título no Brasil: A Morte Não Manda Aviso
Título Original: The Quiller Memorandum
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: Michael Anderson
Roteiro: Trevor Dudley Smith, Harold Pinter
Elenco: George Segal, Alec Guinness, Max von Sydow, Senta Berger, George Sanders
  
Sinopse:
Cortina de ferro, em pleno auge da guerra fria. Depois do assassinato de uma agente inglês em Berlim, um novo agente chamado Quiller (George Segal) é enviado para investigar. Segundo seu superior no departamento de inteligência, o comandante Pol (Alec Guinness), há um grupo de neonazistas operando na cidade alemã. Eles seriam liderador por uma figura misteriosa e desconhecida, que usaria o codinome Oktober (Max von Sydow). Caberá então a Quiller descobrir onde atua e como se coordena essa organização de criminosos nazistas. Filme indicado ao BAFTA Awards nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado (Harold Pinter), Melhor Edição (Frederick Wilson) e Melhor Direção de Arte (Maurice Carter).

Comentários:
As adaptações dos livros de James Bond ao cinema fizeram escola. Depois delas um nova onda de filmes inspirados no famoso agente inglês foi lançado nos cinemas durante a década de 1960. Tentando pegar carona no sucesso de 007 tivemos filmes como esse "The Quiller Memorandum" estreando nas telas. É, como se pode perceber, mais um filme de espionagem, com agentes britânicos tentando colocar as mãos em um líder de uma verdadeira seita de neonazistas no pós-guerra em Berlim. Nada é muito discutido sobre o fato da ideologia nazista ter sobrevivido ao caos do fim da II Guerra Mundial. O que parece ter interessado mais aos realizadores do filme foi justamente o clima de mistério e suspense que atravessa todo o enredo. No elenco há dois excepcionais atores em papéis secundários. O primeiro deles é o grande Sir Alec Guinness, que interpreta o chefe do setor de inteligência inglesa em Berlim. Ele tem poucas cenas, praticamente apenas duas, mas como sempre rouba o show, dando um ar um tanto afetado ao seu personagem. Max von Sydow, outro fabuloso talento, é o vilão do filme. Usando uma postura de fina elegância, bons modos e educação prussiana, ele se mostra a melhor coisa do filme, tanto em termos de atuação, como de personagem. Curiosamente o protagonista, o agente Quiller interpretado por George Segal, é fraco, uma mera imitação pálida de Bond. Melhor para o espectador é prestar atenção na beldade austríaca Senta Berger. Ele é uma nazista charmosa e sensual que seduz o agente britânico, o manipulando completamente. Com um roteiro extremamente simples ao meu ver (onde o agente apenas localiza o esconderijo dos criminosos, é feito refém e tenta sobreviver), o filme "The Quiller Memorandum" não chegou a me impressionar. Tem boa fotografia, um elenco de apoio acima da média, mas no plano geral não consegue ser uma grande obra prima do gênero espionagem internacional. No fundo é apenas uma boa fita para diversão e esquecimento logo em seguida. Não passou definitivamente no teste do tempo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Amor Além da Vida

Título no Brasil: Amor Além da Vida
Título Original: What Dreams May Come
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Vincent Ward
Roteiro: Ronald Bass
Elenco: Robin Williams, Cuba Gooding Jr., Max von Sydow, Annabella Sciorra
  
Sinopse:
Baseado no romance escrito por Richard Matheson o filme "Amor Além da Vida" conta a estória de Chris Nielsen (Robin Williams). Após sua morte em um acidente de carro ele começa a procurar obsessivamente no mundo espiritual por sua esposa, também falecida, após cometer suicídio. Chris, que foi um bom homem em vida, é enviado ao paraíso, mas sua esposa suicida é enviada para outro lugar. Em nome do amor Chris não aceita o destino dela e parte em sua busca. Filme vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Esse filme é visualmente belíssimo, com cenas extremamente bem feitas (a tal ponto que foi premiado com o Oscar). O enredo se tornou ainda mais interessante após a morte do ator Robin Williams. Como todos sabemos ele se matou após ser diagnosticado com uma doença sem cura. No filme sua esposa é também uma suicida que é punida por seu ato, sendo enviada para um lugar espiritualmente conturbado e doloroso (uma metáfora para o próprio inferno das religiões de origem cristã e judaica). O interessante desse inspirado enredo é que o céu também é retratado sob uma perspectiva bem subjetiva. O personagem de Williams é enviado para lá e o lugar mais se parece com quadros clássicos (ele havia sido um amante das artes plásticas em vida). Embora tenha sido bem criticado em seu lançamento, acusado de entre outras coisas ser superficial e sem conteúdo, o fato é que como obra puramente cinematográfica sempre considerei um filme acima da média. E o seu maior mérito não se resume nas belas imagens que desfilam pela tela. Há todo um complexo repertório subliminar em seu roteiro que merece ser desvendado pelo espectador mais atento. Enfim, um bom romance de natureza sobrenatural, especialmente indicado para pessoas espiritualistas.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de dezembro de 2016

O Exorcista

Título no Brasil: O Exorcista
Título Original: The Exorcist
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: William Friedkin
Roteiro: William Peter Blatty
Elenco: Linda Blair, Jason Miller, Max von Sydow, Ellen Burstyn
  
Sinopse:
Regan (Linda Blair) é uma garota normal, como qualquer outra de sua idade, até que poderosas manifestações começam a agir sobre seu corpo e sua alma. Desesperada, a mãe procura ajuda em médicos e psicólogos, mas nada parece surtir algum efeito. A única saída então é buscar por ajuda de uma dupla de padres católicos exorcistas que estão prontos para ajudar, usando para isso rituais milenares de exorcismo. A luta entre o bem o mal está apenas começando. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Som.

Comentários:
"O Exorcista" é mais do que um mero filme de terror. É um marco do cinema cuja influência e relevância continua tão forte nos dias de hoje como há mais de quarenta anos quando foi lançado pela primeira vez nas telas. Em termos de perenidade poucos filmes conseguiram ter uma longevidade tão duradoura e presente. De fato, sem receios, pode-se até mesmo dizer que é um dos cinco filmes de terror mais importantes da história e o único até hoje que conseguiu ser indicado ao Oscar de Melhor Filme na Academia. Some-se a isso o fato de ser baseado em um caso real que foi romantizado pelo excelente escritor William Friedkin (que gentilmente aceitou o convite do estúdio para escrever o roteiro) e você terá um clássico realmente imortal. A maquiagem e a direção de fotografia conseguem ser ao mesmo tempo profundamente aterrorizadoras e minimalistas. O roteiro não tem como ponto focal a possessão de uma garotinha como parece tudo à primeira vista, mas sim a crise de fé pela qual passa um padre católico, que começa a internamente a ter profundas dúvidas até mesmo sobre a existência de Deus, resultando em uma crise existencial terrível. Uma obra prima imortal que jamais parece envelhecer. Infelizmente Hollywood sucumbiu à tentação da ganância e promoveu várias sequências - algumas medianas e outras péssimas. Não importa, esse filme original é de fato um dos filmes de terror mais perturbadores de todos os tempos. Uma obra visceral que você jamais conseguirá esquecer após assistir.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de setembro de 2016

Alerta Vermelho

Título no Brasil: Alerta Vermelho
Título Original: Hostile Waters
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: David Drury
Roteiro: Troy Kennedy-Martin
Elenco: Rutger Hauer, Martin Sheen, Max von Sydow, Colm Feore, Rob Campbell, Peter Guinness
  
Sinopse:
Outubro de 1986. Auge da Guerra Fria. Estados Unidos e União Soviética lutam pela supremacia nos mares. Na ponta de lança de suas esquadras se encontram poderosos submarinos nucleares. Durante manobras militares na costa das ilhas Bermudas, duas dessas embarcações colidem, causando uma série crise diplomática entre as duas super potências da época. Filme com roteiro baseado em em fatos reais.

Comentários:
Esse é um dos primeiros filmes produzidos pelo canal HBO para ser exibido exclusivamente em sua grade de programação. Como o canal ainda não era exibido no Brasil durante aquela época (estamos falando dos anos 90) a produção acabou sendo lançada em nosso mercado de vídeo VHS. Por se tratar de um telefilme feito para a TV a cabo muitos poderiam pensar que ele não tem grande produção ou um roteiro mais caprichado. Essa visão é bem equivocada pois o filme, além de contar com um excelente elenco (onde se destacam os veteranos Martin Sheen e Max von Sydow), ainda se destacava justamente por trazer essa história real que havia acontecido uma década antes. Os submarinos são bem realizados, assim como as cenas recriando com o máximo de realismo o interior dessas embarcações. O clima sufocante, claustrofóbico até, torna tudo ainda mais interessante. O ator Rutger Hauer que havia se tornado famoso por causa de filmes (que hoje em dia são considerados verdadeiros clássicos modernos) como "Blade Runner, o Caçador de Andróides" e "Ladyhawke - O Feitiço de Áquila" acabou tendo aqui uma de suas melhores interpretações, algo que foi muito bem-vindo em sua carreira, já que ele vinha de uma sucessão de filmes ruins. Então é isso. Vale o resgate de relembrar esse bom filme de guerra do canal HBO. Uma história pouco conhecida do grande público, algo que colocou nosso mundo até mesmo em risco durante aqueles tensos anos de rivalidades entre americanos e soviéticos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Star Wars: O Despertar da Força

O texto contém spoiler. Assim se você ainda não assistiu ao filme aconselho que não siga lendo as linhas a seguir. Pois bem, o filme já começa no velho estilo tradicional da saga, com os letreiros explicativos e a trilha sonora de John Williams que qualquer cinéfilo reconhece já nos primeiros acordes. O último cavaleiro Jedi vivo, Luke Skywalker (Mark Hamill), está desaparecido. Seu paradeiro é desconhecido. A localização exata de onde se encontra passa a ser uma questão crucial para a resistência e a Primeira Ordem (uma espécie de herdeira do Império, a representação concreta e atual do lado negro da força). Um mapa mostrando onde ele estaria é colocado em um pequeno droide em uma nave rebelde. Quando essa cai em um planeta deserto tudo parece perdido. O robozinho denominado BB-8 porém consegue escapar e sai a esmo pelo meio do deserto, encontrando casualmente a jovem Rey (interpretada pela bonita atriz inglesa Daisy Ridley).

A partir daí sua vida mudará para sempre pois ela acaba se tornando alvo das tropas imperiais, ao mesmo tempo em que tenta entender tudo o que começa a acontecer em sua nova vida. Esse é o sétimo filme da série "Star Wars" e de maneira em geral tem sido muito bem recebido por público e crítica. Já no seu primeiro fim de semana o filme alcançou uma bilheteria histórica chegando perto de bater o meio bilhão de dólares arrecadados (isso em praticamente apenas três dias de exibição!). Pelo visto a franquia continua tão cultuada e popular mesmo após a fraca trilogia anteriormente lançada. O segredo do diretor e roteirista J.J. Abrams foi usar a trilogia original como referência, tanto em termos de roteiro como em efeitos especiais, direção de arte, figurinos, cenários, etc. Isso acabou agradando em cheio aos fãs mais antigos ao mesmo tempo em que abre portas para conquistar uma nova geração de seguidores da saga. Além disso não podemos ignorar o fato de que os personagens originais como Han Solo, Luke Skywalker, a Princesa Leia e tantos outros estão de volta, completando o ciclo de nostalgia dos espectadores mais veteranos. Claro que o tempo impôs sua marca em cada um dos atores, mas isso não chega a ser um problema, pelo contrário, acaba sendo algo muito charmoso até, mostrando as marcas do tempo também em relação aos personagens que nos primeiros filmes eram em sua maioria apenas jovens em busca de aventuras.

Dito isso devo dizer que também existem problemas em "Star Wars: O Despertar da Força". A impressão que tive em todo o desenrolar da trama foi que J.J. Abrams ficou tão obcecado com a trilogia original que esqueceu de trazer coisas novas para esse novo episódio. Na verdade se formos prestar bem a atenção veremos que esse roteiro não passa de um genérico dos roteiros de "Guerra Nas Estrelas" de 1977 e "O Império Contra-Ataca" de 1980. As semelhanças chegam a incomodar. Além do vilão ser uma espécie de imitação barata de Darth Vader, a própria personagem central, Rey, é na verdade uma versão moderna e feminina do Luke dos primeiros filmes. Até nos figurinos isso fica bem claro. Ela tem uma origem humilde (vive de retirar peças velhas de naves destruídas no meio do deserto) e não parece ter um destino promissor pela frente. Tudo muda quando encontra por acaso um pequeno droide que muda sua vida para sempre (em linhas gerais isso é basicamente o que acontece com Luke Skywalker no primeiro filme). Além disso embora o roteiro não deixe muito claro, fica meio óbvio que ela provavelmente seja a filha do próprio Luke. A força se faz presente nela da mesma maneira que fazia em seu pai. Ou seja, a estrutura do roteiro é praticamente a mesma do primeiro filme da franquia, quase sem mudanças.

Voltando ao vilão Kylo Ren (Adam Driver), ele não conseguiu me empolgar em nenhum momento. Fraco, indeciso e nada assustador, ele usa uma máscara genérica que nos remete ao velho Vader, esse sim um personagem que marcou para sempre. Ele é filho de Leia e Han Solo ou seja neto de Anakin Skywalker, mas não pense que tem a força de seu avô. Passa bem longe disso. Nem na cena crucial do filme, quando mata o próprio pai Han Solo, isso parece fazer alguma diferença. Outro fato que prova que o roteiro é muito derivativo de "Guerra nas Estrelas" de 77 é a própria existência de um planeta artificial com poderes de destruição de outros planetas (uma versão turbinada da Estrela da Morte). Será que os roteiristas não tinham mais nada de original para criar? Ficou uma sensação no ar de falta de novas ideias. O sentimento de Déjà vu se tornou inevitável. Mesmo assim, sendo excessivamente derivativo dos primeiros filmes, não podemos negar que o filme é muito divertido, referencial no bom sentido também (nos fazendo trazer uma sensação boa de nostalgia) e sem situações embaraçosas ou constrangedoras (como a presença de um Jar Jar Binks pelo meio do caminho para nos deixar com vergonha alheia). J.J. Abrams fez um belo trabalho e se pecou foi por ser fiel demais às origens de "Star Wars", algo que ele facilmente poderá superar nos futuros filmes. Em termos de comparação poderia dizer que o filme no final das contas fica em um plano intermediário dentro da saga. Consegue ser superior a todos os filmes da segunda trilogia (que não deixou saudades em ninguém), porém não consegue superar nenhum da trilogia original (nem mesmo "O Retorno de Jedi"). Mesmo assim é daqueles filmes que você não pode deixar de assistir no cinema. É um bom retorno de "Star Wars", acima de tudo.

Star Wars: O Despertar da Força (Star Wars: The Force Awakens, EUA, 2015) Direção: J.J. Abrams / Roteiro: Lawrence Kasdan, J.J. Abrams / Elenco: Daisy Ridley, Harrison Ford, Mark Hamill, Carrie Fisher, Adam Driver, Andy Serkis, Anthony Daniels, Max von Sydow, John Boyega, Oscar Isaac / Sinopse: A Primeira Ordem e a Resistência Rebelde disputam um importante mapa que mostraria a exata localização onde estaria o último cavaleiro Jedi vivo, o lendário Luke Skywalker (Mark Hamill). Ele teria desaparecido após tentar treinar um novo cavaleiro Jedi, seu próprio sobrinho, e falhado em seus objetivos pois o rapaz teria sido seduzido pelo lado negro da força tal como seu avô, Anakin Skywalker. Sua localização é colocada como arquivo em um pequeno dróide que vai parar em um distante, isolado e deserto planeta onde acaba indo parar nas mãos da jovem Rey (Daisy Ridley) dando origem a uma grande aventura espacial.

Pablo Aluísio. 

Star Wars - O Despertar da Força

Título no Brasil: Star Wars - O Despertar da Força
Título Original: Star Wars - The Force Awakens
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: J.J. Abrams
Roteiro: Lawrence Kasdan, J.J. Abrams
Elenco: Daisy Ridley, Harrison Ford, Mark Hamill, Carrie Fisher, Max von Sydow
  
Sinopse:
Rey (Daisy Ridley) é um jovem que vive em um planeta deserto, perdido no meio da galáxia. Para sobreviver ela retira velhas peças de naves espaciais destruídas para trocar por ração. A vida é dura, mas ela luta dia a dia por sua sobrevivência. As coisas mudam para valer quando ela salva um pequeno droide da destruição. Ao livrar o robozinho do ataque de um nativo ela descobre que ele carrega uma importante informação dentro de si: o mapa que mostra a localização do mitológico cavaleiro jedi Luke Skywalker (Mark Hamill) há muito tempo desaparecido. A valiosa informação passa então a ser disputada pela Primeira Ordem (herdeira do Império e representante do lado negro da força) e a Resistência Rebelde.

Comentários:
Esse filme marca a volta de "Star Wars" aos cinemas. Depois da péssima última trilogia dirigida e escrita por George Lucas ele resolveu, farto de tantas críticas, vender todos os direitos autorais para a Disney pelo valor de quatro bilhões de dólares. No começo os fãs ficaram meio desconfiados, afinal de contas havia um receio que a saga ficasse ainda mais infantilizada sob comando dos estúdios Disney. Se essa for a sua preocupação pode ficar tranquilo. A contratação do diretor J.J. Abrams se mostrou muito certeira. Ele, claro, preferiu não mexer em muita coisa, optando ao lado do veterano roteirista Lawrence Kasdan, em escrever um roteiro bem referencial aos primeiros filmes. O resultado é um misto de "Guerra nas Estrelas" com "O Império Contra-Ataca". A estrutura do roteiro é basicamente a mesma e a função que os personagens desempenham no enredo nos remete imediatamente aos heróis dos primeiros filmes. Há cenas que praticamente são idênticas, como o decisivo confronto entre Han Solo (Ford) e seu filho, Kylo Ren (Adam Driver), agora seduzido pelo lado negro da força. 

Outras são claras homenagens ao filme original, como quando Han Solo chega em uma obscura taverna onde toca a mesma banda do primeiro "Star Wars". Com efeitos especiais mais discretos e bem realizados, a trama se mostra redondinha, conseguindo se fechar bem sobre si ao mesmo tempo em que deixa portas abertas para as óbvias continuações que virão. A heroína Rey (Daisy Ridley) é um achado, uma espécie de Luke Skywalker de saias. A preocupação em ligar sua vida à de Luke se mostra o grande gancho que no final ligará todos os filmes. No geral, apesar de ser tão derivativo que chega a comprometer sua originalidade e identidade, esse novo filme ganha pontos por ter deixado tudo o que estragou a última trilogia de lado. Não há personagens idiotas (como Jar Jar Binks) e nem excessos de efeitos digitais gratuitos. Tudo parece mesmo no lugar. No final o filme conseguiu agradar não apenas aos fãs veteranos como também à essa nova geração que está sendo apresentada pela primeira vez a esse universo. É Certamente um ótimo pontapé inicial para essa nova trilogia que vem por aí.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O Exorcista

Responda rápido: Qual é o filme de terror mais conhecido e popular da história do cinema? Bom, se você respondeu "O Exorcista", acertou em cheio. Esse filme foi realmente um marco, um grande sucesso de bilheteria e um daqueles filmes que mudam o cinema para sempre. E tudo se baseou em um história real, ou quase isso, já que algumas coisas foram mudadas. Na história real foi um garoto a sofrer possessão demoníaca. A história acabou marcando a Igreja Católica pois foi uma possessão reconhecida pelo clero, pelos seus exorcistas. Tão traumática foi a experiência que após o exorcismo a Igreja comprou a casa onde tudo aconteceu. Demoliu a mesma e construiu uma praça no mesmo chão. Tudo para evitar que outras famílias viessem a morar ali.

Outro fato interessante, que só há pouco tempo foi descoberto, é que "O Exorcista" tinha tudo para vencer o Oscar de melhor filme em seu ano. Os membros da Academia estavam convencidos disso. Foi preciso a pressão de produtores ricos e influentes para que o filme não se tornasse o grande vencedor do Oscar. E por que isso aconteceu? Os produtores acreditavam que esse tipo de filme não poderia vencer. Não apenas pelo tema, mas também pelo gênero, o que bem demonstrou o preconceito existente em Hollywood contra filmes de terror em geral. Realmente lamentável.

O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, ) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty / Elenco: Ellen Burstyn, Max von Sydow, Linda Blair / Sinopse: Uma garota colegial é possuída pelo demônio conhecido como Pazuzu, criando um clima de terror e opressão sobre sua família. Para tentar salvar a menina o Vaticano envia dois padres especializados em exorcismo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

007 - Nunca Mais Outra Vez

Título no Brasil: 007 - Nunca Mais Outra Vez
Título Original: Never Say Never Again
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Irvin Kershner
Roteiro: Kevin McClory, Jack Whittingham
Elenco: Sean Connery, Kim Basinger, Klaus Maria Brandauer, Max von Sydow

Sinopse:
James Bond (Sean Connery) decide se aposentar do serviço secreto de sua majestade mas na última hora é surpreendido por uma chantagem internacional envolvendo a SPECTRE. Dois de seus membros, Largo (Klaus Maria Brandauer) e Blofeld (Max von Sydow) roubam ogivas nucleares e ameaçam explodir as bombas em algumas das maiores cidades da Inglaterra e Estados Unidos. O resgate? Cem milhões de dólares.

Comentários:
Um filme não oficial de James Bond que não faz parte da franquia original e que foi muito mal recebido pela crítica na época. Também pudera, Sean Connery havia dito e prometido que jamais voltaria ao personagem, isso porque queria alcançar outros voos em sua carreira. Só que em 1983 todo mundo ficou surpreendido quando o próprio Connery voltou atrás e resolver encarnar novamente (e pela última vez) o tão famoso agente 007. Só que o tempo havia passado, Sean estava ficando careca (usou uma peruca nada convincente em cena) e com vários quilinhos a mais. A trama também não é muito boa e nem inteligente transformando todo o filme em um grande desapontamento. Um prato requentado com praticamente a mesma estória de "007 Contra a Chantagem Atômica" de 1965. Curiosamente o elenco é acima da média (pelo menos no papel), inclusive com a presença do talentoso Max von Sydow e com Kim Basinger como uma das mais bonitas Bond Girls que se tem notícia. Infelizmente mesmo com tudo isso a favor nada funciona mesmo. Ruim, arrastado e sem charme "Never Say Never Again" é de fato decepcionante. Sean Connery deveria ter deixado Bond mesmo em 1971 com "007 - Os Diamantes São Eternos", afinal seu retorno só serviu mesmo para demonstrar que ele não tinha mais nada a ver com o famoso agente secreto.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Minority Report - A Nova Lei

Título no Brasil: Minority Report - A Nova Lei
Título Original: Minority Report
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick
Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell

Sinopse: 
2054. Em uma sociedade futurista e altamente tecnológica a humanidade consegue finalmente erradicar o crime nas ruas. Isso porque um novo sistema extremamente avançado consegue prever os atos criminosos antes que eles venham a acontecer de fato. John Anderton (Tom Cruise) é um policial que trabalha nessa nova realidade. Sua conduta é impecável mas ele é surpreendido ao ser apontado por esse mesmo sistema como o autor de um futuro assassinato. Agora ele terá que provar, de uma forma ou outra, sua inocência dentro dessa complicada rede de interesses e acusações.

Comentários:
Tive oportunidade de assistir no cinema e gostei do resultado, dos efeitos especiais e da trama. O filme também apresenta uma ótima direção de arte, efeitos especiais de bom gosto e extremamente bem inseridos na trama e um enredo muito bem bolado formam o quadro desse mais do que interessante filme de Steven Spielberg. Novamente temos um belo filme baseado na obra do autor Philip K. Dick (para quem não se lembra o mesmo autor do conto que anos depois daria origem a um clássico do cinema, "Blade Runner"). Pois bem, como sempre acontece com os temas de Dick aqui também temos um enredo muito original, sui generis, e extremamente bem desenvolvido. Uma das coisas que mais me chamou a atenção na época - e me deixou com uma certa sensação de estranheza - foi essa força policial que agia antes que os crimes fossem cometidos. Ideia original não é mesmo? Com isso surge um mundo sem crimes, mas será que aquele universo é realmente isento de problemas e falhas? A dobradinha Tom Cruise e Steven Spielberg novamente funciona muito bem nessa produção que consegue aliar diversão e ação com conceitos visionários e inovadores.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de março de 2013

O Exorcista II – O Herege

Havia assistido há muitos anos mas agora resolvi rever por pura curiosidade. Sabia que a continuação de um dos maiores clássicos do terror nunca foi considerado um bom filme mas devo confessar que até me espantei com sua falta de qualidade extrema. A trama de “O Herege” começa alguns anos depois dos eventos do primeiro filme quando a garotinha Regan MacNeil (Linda Blair) foi possuída por um demônio e exorcizada por padres da Igreja Católica, entre eles o padre Merrin (Max Von Sydow). Agora Regan já superou aquele drama e vive uma vida relativamente normal. Ela quer se dançarina profissional e estuda para isso. Ao mesmo tempo freqüenta uma psicóloga que tem a firme convicção de que tudo o que aconteceu não passou de um grave problema mental na garota, nada tendo a ver com possessões demoníacas. Para não deixar mais dúvidas sobre o que realmente aconteceu o Vaticano então envia o Padre Philip Lamont (Richard Burton) para realizar uma investigação completa sobre todos os acontecimentos do exorcismo da menina anos antes. Ele porém acaba descobrindo muito mais, inclusive sobre as verdadeiras origens do mal.

“O Exorcista II” tem dois grandes problemas em minha opinião. O primeiro é que o filme explica demais sobre as origens da entidade demoníaca que possuiu o corpo da garotinha no primeiro filme. Ficamos sabendo que ele se chama “Pazuzu”, que é um espírito maligno proveniente da África e que domina pragas de gafanhotos. Meus amigos fãs de terror eu pergunto: alguém realmente queria saber algo assim? Pergunto porque as explicações são tolas demais e quebram qualquer clima de mistério e suspense que o filme venha a ter. Os personagens falando o tempo todo em um demônio chamado “Pazuzu” acaba criando um humor involuntário que acaba com as pretensões de causar medo nesse filme. Para piorar o filme apresenta ainda uma engenhoca que “ligam as mentes” das pessoas que o usam. Parece aquelas engenhocas que o Dr. Brown dos filmes da série “De Volta Para o Futuro” usava, um trambolho completamente ridículo! Então se perde muito tempo com o uso desse equipamento onde entram na linha ao mesmo tempo o padre Lamont, a garota Regan e claro o... Pazuzu! Em determinado momento do filme fiquei realmente com pena de ver o grande Richard Burton envolvido em um abacaxi desse tamanho. Ele aliás não está nada bem, sempre com os olhos esbugalhados, suando e com cara de espanto (provavelmente ficou espantado com a ruindade do roteiro!). Enfim, se você gosta de “O Exorcista” faça um favor a si mesmo e nunca... repito... nunca veja esse “O Herege” pois caso contrário o primeiro filme vai acabar virando piada quando você se lembrar do tal Pazuzu! Francamente...

O Exorcista II – O Herege (Exorcist II: The Heretic, Estados Unidos, 1977) Direção: John Boorman / Roteiro: William Goodhart / Elenco: Richard Burton, Linda Blair, Louise Fletcher, Max Von Sydow / Sinopse: O Vaticano envia o Padre Lamont (Richard Burton) para investigar o exorcismo do primeiro filme. O que ele encontra porém é a origem do mal.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de novembro de 2012

Ilha do Medo

Esse é um dos mais recentes filmes de Martin Scorsese. Ilha do Medo é o típico filme que engana. Você vai ao cinema pensando que vai assistir um tipo de gênero e acaba encontrando outro completamente diferente. Eu, por exemplo, fui assistir convencido que iria me deparar com um bom filme de suspense policial, com muito clima noir. Pensei que iria assistir algo no estilo de Chinatown, mas acabei vendo um curioso derivado de Um Estranho no Ninho. Dito isso quero deixar claro que o filme não é ruim, em hipótese alguma. Ele passeia muito bem pelos estilos com desenvoltura e prende a atenção do espectador. Não é para menos já que Scorsese é um dos diretores mais brilhantes da história do cinema. Então se você vai ao cinema assistir A Ilha do Medo pensando tratar-se de um filme de terror, suspense policial ou trama de espionagem, esqueça. O roteiro usa desses gêneros apenas para contar uma outra estória, bem mais pesada e trágica do que o típico filme de detetives. Não vou aqui estragar a surpresa de ninguém, por isso quanto menos contar melhor. O que posso adiantar é que Di Caprio está muito bem no papel (não chega a ser excepcional mas apresenta uma boa atuação). Ben Kingsley também mantém o alto nível do elenco mas é Max Von Sydow que se sobressai, apesar de suas cenas serem pequenas e esporádicas.

Em termos de produção, atuação e direção não há o que reclamar, Scorsese é praticamente um gênio e nesses aspectos técnicos só se poderia esperar o melhor mesmo. O grande ponto negativo do filme realmente é seu roteiro. Não que seja ruim, longe disso, mas é previsível. Quem tiver o mínimo de atenção logo irá matar o "segredo" do filme. Várias dicas são deixadas ao longo da projeção - algumas inclusive bem óbvias. Em certo sentido me lembrei de um dos meus filmes preferidos, Coração Satãnico, onde também havia um pretexto inicial do roteiro que desbancava para uma grande reviravolta nos momentos finais. Mas o que era sobrenatural em Angel Heart aqui se torna introspectivo, pesado e principalmente psicológico. Por isso digo que quem mais irá apreciar o filme no final serão os estudantes e estudiosos de psiquiatria e psicologia. Esses realmente terão um prato cheio para debater depois da exibição.

Ilha do Medo (Shutter Island, Estados Unidos, 2009) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Laeta Kalogridis / Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Michelle Williams, Max von Sydow, Jackie Earle Haley, Dennis Lynch./ Sinopse: Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) é um detetive contratado para descobrir o paradeiro de uma mulher acusada de assassinato. Sua última localização foi em um hospital psiquiátrico instalado na isolada Ilha Shutter Lá começa a juntar as peças de um grande quebra cabeças envolvendo a todos, inclusive ele próprio.

Pablo Aluísio.