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sábado, 5 de agosto de 2023

1923

1923
A serie Yellowstone gerou frutos e frutos muito bons, é importante frisar. Um deles é essa nova série intitulada "1923". Aqui se conta o passado dos familiares do personagem de Kevin Costner em Yellowstone. Exatamente 100 anos no passado. Harrison Ford interpreta o grande patriarca, dono da fazenda localizada na reserva natural. Ele precisa liderar sua família e seus empregados contra inimigos que parecem surgir por todos os lados. O principal deles é interpretado pelo ex-James Bond Timothy Dalton, em excelente trabalho. O personagem é daqueles frios, que se apresentam como homem de negócios, embora sejam na realidade psicóticos sádicos. Ele e Ford garantem a espinha dorsal do elenco, que é todo muito bom e coeso. 

Existe também uma linha espaço-temporal mostrando um dos membros da família que está na África, ganhando a vida como caçador. Ele se apaixona por uma Lady inglesa que está prestes a se casar com um figurão do império britânico. Só que a paixão é tão avassaladora que ela larga o noivo no altar. E quando recebe um carta pedindo ajuda, ele parte em uma verdadeira viagem épica de volta aos Estados Unidos, com direito a naufrágios e duelos em convés de navios luxuosos ao estilo Titanic. Enfim, série nota 10, com produção classe A. Outro tiro certeiro da Paramount Plus, que está formando um excelente catálogo de séries de alto nível. 

1923 (Estados Unidos, 2023) Direção: Ben Richardson, Guy Ferland / Roteiro: Taylor Sheridan / Elenco: Harrison Ford, Helen Mirren, Timothy Dalton, Jerome Lynn / Sinopse: O passado de Yellowstone. No começo do século XX um fazendeiro e sua família tentam manter a propriedade de vastas terras que estão sendo cobiçadas por bancos, bandidos e homens inescrupulosos. 

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de abril de 2023

Shazam! Fúria dos Deuses

Título no Brasil: Shazam! Fúria dos Deuses
Título Original: Shazam! Fury of the Gods
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: David F. Sandberg
Roteiro: Henry Gayden, Chris Morgan
Elenco: Zachary Levi, Helen Mirren, Lucy Liu, Gal Gadot, Asher Angel, Adam Brody, 

Sinopse:
O Capitão Marvel vê  uma grande ameaça chegar em nosso mundo. Duas deusas antigas, filhas do deus Atlas, querem vingança contra a humanidade. Para isso elas precisam de um mitológico cajado e da árvore da vida que vai espalhar destruição e morte na Terra. 

Comentários:
Não me entenda mal. Eu até tenho simpatias pelo personagem do Capitão Marvel. Eu sei que ele era uma cópia cafona e mais brega do Superman, mas mesmo assim não merecia ser adaptado para o cinema de forma tão mixuruca como foi nesses dois filmes. O problema é que ele é basicamente retratado como um idiota, um debilóide. As cenas com a Mulher-Maravilha retratam bem isso. E o mais bizarro é que quando ele surge na forma do garoto, age normalmente. Quando vira o herói se torna um estúpido! Que sentido faz isso dentro do roteiro? A reação a esse tipo de coisa veio nas bilheterias. O filme já é considerado um dos grandes fracassos comerciais do ano. Enganaram uma vez com o primeiro filme, no segundo ninguém foi ver. Mais do que justo. E para piorar o ator Zachary Levi resolveu ser um idiota também na vida real, dando várias declarações infelizes no final de semana de estreia do filme, o que aumentou ainda mais o constrangimento geral. Acredito que depois de tudo isso essa franquia foi pro saco. Não haverá um terceiro filme (ainda bem!). 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Anne Frank - Vidas Paralelas

Título no Brasil: Anne Frank - Vidas Paralelas
Título Original: #AnneFrank - Parallel Stories
Ano de Lançamento: 2019
País: Itália, Reino Unido
Estúdio: Netflix
Direção: Sabina Fedeli, Anna Migotto
Roteiro: Sabina Fedeli, Anna Migotto
Elenco: Helen Mirren, Anne Frank (imagens de arquivo), Martina Gatti, Arianna Szorenyi, Martina Gatti, Adolf Hitler (imagens de arquivo), Heinrich Himmler (imagens de arquivo).

Sinopse:
Documentário histórico que reconta a história da adolescente Anna Frank, uma garota judia que foi vítima dos horrores do holocausto nazista durante a II Guerra Mundial. Sua história é mostrada ao mesmo tempo em que sobreviventes dos campos de horror nazistas também relembram tudo o que passaram naquela época terrível para a história da humanidade. 

Comentários:
Muito bom, humano e tocante esse documentário sobre a jovem Anne Frank. Ela foi o maior símbolo das vítimas do holocausto. Uma adolescente, inteligente, boa escritora, cheia de sonhos para o futuro, que teve sua vida ceivada pela insanidade nazista. O documentário usa o depoimento de sobreviventes dos campos de concentração que tinham a mesma faixa etária na época da Anne Frank. O horror se revela no que essas pessoas relembram, as experiências terríveis que viveram. A barbárie nazista foi um ponto de inflexão na história da humanidade, mostrando sem retoques, sobre até onde poderia ir a maldade e a perversidade humanas. Infelizmente ela a irmã não sobreviveram a essa tragédia, mas seu diário que foi encontrado depois que ela foi capturada pelos nazistas, levou para a posteridade todos os seus pensamentos. E hoje, dia de aniversário do mais infame de todos os ditadores da história, fica a lição de um capítulo que jamais poderá se repetir, em lugar nenhum, em época alguma. O passado ensina lições, basta apenas não esquecer delas. 

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de outubro de 2022

O Duque

Na década de 1960 um histórico quadro retratando o Duque de Wellington foi roubado de um museu em Londres. Inicialmente a Scotland Yard pensou se tratar de um bem elaborado plano de roubo, coisa de profissionais. Algo vindo de ladrões profissionais de alta arte. O caso teve grande repercussão na Inglaterra. Principalmente pelo valor histórico da pintura em si. Só que algumas semanas depois, os policiais e a sociedade inglesa foram surpreendidas quando um velhinho chegou ao museu para devolver a tal obra. Uma história muito inusitada. O sujeito era um senhor idoso, espirituoso, boa praça. Um tipo daqueles que gostam de conversar sobre os velhos tempos. Obviamente, ele foi levado a julgamento, mas acontece que através dos jornais, o seu carisma foi conquistando os ingleses em geral. 

Ele sempre tinha uma resposta espirituosa sobre todas as questões que lhe eram feitas. Essa história real rendeu um filme muito interessante. O cinema inglês é muito caracterizado e conhecido por esse tipo de humor, bem ao estilo dos britânicos. É o humor que nasce da fina ironia de certas situações da vida que não eram para ser engraçadas. O protagonista desse filme não era da nobreza, mas sim da classe trabalhadora. Entretanto também tinha seu próprio estilo de ser. Sua história fora do comum acabou virando esse bom filme inglês. Um fato que surpreendeu os ingleses na época e que irá surpreender quem assistir ao filme nos dias de hoje.

O Duque (The Duke, Inglaterra, 2020) Direção: Roger Michell / Roteiro: Richard Berg / Elenco: Jim Broadbent, Helen Mirren, Heather Craney, Stephen Rashbrook / Sinopse: Um famoso quadro pintado por Goya, retratando o duque de Wellington, figura histórica da Inglaterra, é roubado causando grande comoção dentro da sociedade inglesa. E quando foi revelado o autor do crime, todos foram surpreendidos novamente.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de março de 2022

Garotas do Calendário

Título no Brasil: Garotas do Calendário
Título Original: Calendar Girls
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Reino Unido
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Nigel Cole
Roteiro: Juliette Towhidi, Tim Firth
Elenco: Helen Mirren, Julie Walters, Penelope Wilton, Linda Bassett, Annette Crosbie, Philip Glenister  

Sinopse:
Um grupo de senhoras inglesas que fazem parte de um clube de caridade decide fazer algo ousado para levantar fundos. Elas decidem posar nuas para um calendário anual. O gesto acaba despertando admiração pela coragem, mas também preconceito por causa da moral dominante.

Comentários:
Esse filme tem uma história que me lembra outro, só que na versão masculina. A sensação que me dá é que houve uma cópia camuflada, embora as histórias tenham base na realidade, em fatos reais. O humor do roteiro tenta tirar proveito do fato de um grupo de senhoras da sociedade decidirem posar nuas em um calendário. Daí eu posso perguntar: E daí? Há algo de errado com fotos de nudez de mulheres comuns? Eu penso que não! Só que também tenho plena consciência que nem todo possuem uma mentalidade liberal sobre o assunto. O preconceito sempre existirá. De qualquer forma fica a recomendação do filme. É bem produzido e tem bom elenco. Méritos cinematográficos não lhe faltam.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 9 de novembro de 2021

As Loucuras do Rei George

Imagine o maior império colonial do mundo sob comando de um Rei completamente louco! É justamente essa história absurda (que não se espantem, foi mesmo inspirado em fatos reais) que temos aqui nesse bom filme chamado "The Madness of King George". Em tom de tragicomédia somos apresentados ao Rei George III da Inglaterra. No auge do colonialismo inglês ele começou a apresentar um estranho comportamento, muito bizarro mesmo, para desespero de sua corte. Aos poucos as pequenas atitudes estranhas começaram a tomar proporções gigantescas, deixando claro a todos os membros do governo que o Rei estava ficando completamente enlouquecido, por causa de uma rara doença em seu sangue, que depois acabou atacando todos os órgãos de seu corpo, inclusive sua mente. A tragédia para George III e a Inglaterra é que o sistema político e jurídico daquele país jamais havia enfrentado uma situação dessas, o que se revelava um problema para um sistema constitucional como o inglês, baseado em costumes e tradições históricas. 

Assim o Império teve que se contentar em ser comandado por um louco durante um determinado período, até que nobres, autoridades judiciárias e o Parlamento decidissem por alguma saída legal. Bom para as colônias britânicas que assim começaram a se libertar da dominação da metrópole. Um filme que me agradou muito, não apenas porque gosto de dramas históricos, mas também por causa do argumento jurídico que existe por trás de toda a história. Assim como "Rob Roy" temos aqui uma direção de arte maravilhosa, aliada a uma reconstituição histórica impecável. Um bom filme que retrata uma situação limite dentro do maior império que o mundo já conheceu

As Loucuras do Rei George (The Madness of King George, Inglaterra, 1994) Direção: Nicholas Hytner / Roteiro: Alan Bennett / Elenco: Nigel Hawthorne, Helen Mirren, Rupert Graves / Sinopse: A história de um monarca inglês que ficou louco. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Direção de Arte. Indicado ainda nas categorias de Melhor Ator (Nigel Hawthorne), Melhor Atriz Coadjuvante (Helen Mirren) e Melhor Roteiro Adaptado. Filme vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Filme Britânico, Melhor Ator (Nigel Hawthorne) e Melhor Figurino. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Velozes & Furiosos 9

O irmão de Dominic Toretto (Vin Diesel) está de volta e isso definitivamente não é algo bom. Rivais e competitivos desde que o pai morreu em uma pista de corrida, eles agora estão em lados opostos. Enquanto Dominic tenta evitar que um artefato tecnológico perigoso caia em mãos erradas, seu irmão Jakob (John Cena) quer exatamente o contrário disso. Ele está trabalhando para um grupo de criminosos internacionais. Quem conseguir colocar as mãos no tal objeto terá um poder supremo sobre praticamente todos os satélites ao redor do globo e em consequência terá também todas as armas militares sob o seu comando. É uma questão de segurança internacional.

Esse nono filme da franquia "Velozes & Furiosos" demonstra que essa série cinematográfica já virou outro coisa bem distinta do primeiro filme. Existe uma escalada em filmes de ação de Hollywood. Cada filme produzido precisa ter cenas mais espetaculares de ação, mais exageradas, impossíveis. E esse filme aqui já bem demonstra que o limite do absurdo já foi rompido. Há sequências absurdas de um carro equipado com um foguete espacial atrás e, pasmem, o tal carro vai para o espaço e entra em órbita. OK, já temos o pastiche do ano em termos de cenas ridículas. E o efeito que isso causa no espectador é bem diverso do que queriam os produtores. Tudo acaba causando apenas tédio e o bocejo chega sem cerimônias. De minha parte deixei de me importar com o que estava acontecendo no filme lá pela metade. Absurdos demais levam ao desinteresse quase que completo.

Velozes & Furiosos 9 (F9, Estados Unidos, 2021) Direção: Justin Lin / Roteiro: Daniel Casey, Justin Lin / Elenco: Vin Diesel, John Cena, Michelle Rodriguez, Charlize Theron, Kurt Russell, Helen Mirren, Jordana Brewster / Sinopse: Dois irmãos, com muitas mágoas e problemas a resolver de seus passados, se reencontram na luta por um artefato tecnológico de última geração que dará ao seu possuidor o poder de controlar todas as armas do mundo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Anna: O Perigo Tem Nome

Essa produção é mais uma tentativa de revitalizar os filmes de espionagem. Se você estiver em busca de um roteiro mostrando uma agente da KGB que é uma assassina profissional ao mesmo tempo em que faz sucesso nas passarelas de moda, então nada poderia ser mais indicado. O filme pode se resumir a essa ideia. Anna (Sasha Luss) é uma jovem russa, com histórico de viciada em drogas, que decide mudar de vida. Na internet se inscreve na marinha e acaba sendo procurada pelo serviço de inteligência de seu país. Após um treinamento intensivo se transforma numa máquina de matar, enquanto usa um disfarce de top model em Paris.

A atriz Sasha Luss, que interpreta Anna, é uma russa que fez poucos filmes. Esse é seu quinto filme. Antes a conhecia apenas da fantasia Sci-fi "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas". Ela pode até ser adequada para o papel, pois esse exigiu uma loira de olhos azuis e poucas expressões faciais, uma típica assassina, mas no geral considerei seu desempenho bem fraquinho. O diretor Luc Besson sempre teve essa mania de escalar atrizes que no fundo não passam de modelos tentando atuar. Nem sempre dá certo, como bem prova sua filmografia. E por falar no diretor francês, é inegável que esse filme tem semelhanças demais com outro filme dirigido por ele nos anos 90, chamado "Nikita: Criada para Matar". Ele não assume que se trata de um remake. Se for isso mesmo então estamos apenas na presença de um cineasta que deixou as novas ideias no passado, sem sinais de originalidade no presente.

E no final de tudo quem segura as pontas no quesito atuação é mesmo a ótima Helen Mirren. Ela interpreta uma agente da KGB que começa a treinar Anna. Dona de uma visão bem ampla do mundo da espionagem, ela não perde tempo e começa a usar sua nova agente subordinada para atender seus próprios interesses pessoais, algo que ficará bem claro apenas na última cena do filme. Até esse momento final chegar, não faltam reviravoltas na trama do filme, como convém a todo bom filme de espionagem. Ora Anna se comporta como uma agente leal da KGB, ora faz acordos de dupla espionagem com a CIA, ora usa os homens ao seu bel prazer. E como pano de fundo de tudo, temos o estilo do mundo fashion em Paris. Se você gostou de todos esses elementos combinados, então deixo a dica desse novo filme de Luc Besson. Provavelmente você gostará.

Anna: O Perigo Tem Nome (Anna, França, Estados Unidos, Canadá, Rússia, 2019) Direção: Luc Besson / Roteiro: Luc Besson / Elenco: Sasha Luss, Helen Mirren, Luke Evans, Cillian Murphy, Lera Abova, Alexander Petrov / Sinopse: Jovem russa chamada Anna (Sasha Luss) entra para a KGB e se torna uma agente especializada em assassinar os inimigos da sua agência de espionagem. Após várias mortes, ela passa a ser alvo da CIA que deseja torná-la uma agente dupla do ocidente infiltrada na sede da KGB em Moscou.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de março de 2020

A Grande Mentira

O filme começa até muito bem. Betty McLeish (Helen Mirren) é uma senhora viúva e solitária que decide usar a internet para conhecer pessoas de sua idade. Acaba conhecendo em um serviço de encontro Roy Courtnay (Ian McKellen), um senhor que parece ser fino e elegante, de conversação agradável. Justamente o que ela estaria procurando. O problema é que por baixo dos bons modos, da educação e da polidez, esconde-se um trambiqueiro, um homem com longo histórico de aplicação de golpes. Um estelionatário que está de olho principalmente nos bens e no dinheiro da senhora McLeish.

Esse filme é aquele tipo de thriller que começa muito bem, mas que derrapa um pouco no final. O fato de termos como protagonista um casal de idosos, pessoas na terceira idade, interpretados pelos ótimos Ian McKellen e Helen Mirren, acende imediatamente o interesse dos cinéfilos. E eles estão muito bem em seus personagens. Grandes profissionais da arte de representar, não poderia ser diferente. O problema, ao meu ver, vem do roteiro. A trama que vai se desenvolvendo começa a ser tornar inverossímil demais. A forçada de barra dos roteiristas vai ficando cada vez mais óbvia. E a luta por uma reviravolta que surpreenda demais o espectador, acaba quebrando um pouco o interesse que vinha desde o começo do filme.

E o curioso é que a revelação final (que obviamente não vou escrever nessa linhas) não me convenceu muito. Seria muito esforço e sacrifício por algo que não teve tanta importância assim tão grande no passado. E o roteiro não se contenta em criar reviravoltas para apenas um dos personagens, mas para ambos. Nem o senhor é quem diz ser e nem a senhora está isenta de esconder segredos de seu passado. Se o espectador vai aderir a todas essas revelações, dependerá de cada caso. No meu, posso dizer que aceitei apenas parcialmente as soluções encontradas por esse time de roteiristas. Algumas situações, como já disse, soaram forçadas demais para o meu gosto.

A Grande Mentira (The Good Liar, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, 2019) Direção: Bill Condon / Roteiro: Jeffrey Hatcher, Nicholas Searle / Elenco: Helen Mirren, Ian McKellen, Jim Carter, Russell Tovey  / Sinopse: O filme conta a história de uma senhora viúva que conhece um distinto cavalheiro em um site de encontros na internet. Ela procura por um novo relacionamento baseado em companheirismo de pessoas na terceira idade. O problema é que ele não é exatamente aquilo que afirma ser. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw

Essa franquia cinematográfica "Velozes & Furiosos" está virando outra coisa. Nada muito condizente com os primeiros filmes. Parece até que virou apenas uma marca comercial e nada mais. E os atores Dwayne Johnson e Jason Statham praticamente adquiriram a franquia. Esse novo filme foi produzido por eles. O custo da produção foi exorbitante, mais de 200 milhões de dólares, porém o retorno foi excelente. Décima maior bilheteria de 2019 o filme faturou até o momento a quantia de 750 milhões de dólares. Uma fortuna, sucesso garantido. Com todo mundo aproveitando os lucros é quase certo que não vão parar nesse que é (se não perdi a conta) o décimo filme com o selo "Velozes & Furiosos".

A boa notícia é que houve mudanças para melhor. Nada de carrões envenenados e aquele fiapinho de história para contar. Os roteiristas aqui tiveram liberdade para contar algo completamente novo dentro da franquia. Assim o que temos é um novo rumo para os filmes. Certo, a trama continua a menor das preocupações. O que vale mesmo é o bom humor.

Sim, o filme jamais se leva à sério e isso é sua melhor característica. Os dois protagonistas não se suportam e isso gera alguns diálogos bem divertidos. As cenas de ação são bem realizadas e cada vez mais absurdas, como é esperado nesse tipo de filme. Porém tudo é levado com uma certa ironia interna que salva o filme de qualquer crítica mal humorada. O filme até poderia ser menor, com um corte final mais enxuto, porém é fato, a diversão ficou garantida. Até para um cinéfilo veterano, que já anda cansado desse tipo de produção, a coisa pode funcionar muito bem. O segredo é embarcar na proposta do filme, não ficar analisando nada muito à sério e se divertir, apenas isso.

Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (Fast & Furious Presents: Hobbs & Shaw, Estados Unidos, 2019) Direção: David Leitch / Roteiro:  Chris Morgan, Drew Pearce / Elenco: Dwayne Johnson, Jason Statham, Idris Elba, Vanessa Kirby, Helen Mirren, Ryan Reynolds / Sinopse: Uma organização criminosa quer ter em sua posse um vírus mortal que pode destruir toda a humanidade. Para impedir que isso aconteça os agentes Hobbs (Dwayne Johnson) e Shaw (Jason Statham) vão fazer de tudo para que o plano dos vilões não obtenha êxito.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

A Costa do Mosquito

Título no Brasil: A Costa do Mosquito
Título Original: The Mosquito Coast
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Peter Weir
Roteiro: Paul Schrader
Elenco: Harrison Ford, Helen Mirren, River Phoenix, Jason Alexander, Jadrien Steele, Rebecca Gordon

Sinopse:
Allie Fox (Harrison Ford) é um inventor e cientista dado a utopias que decide levar toda a sua família para uma região isolada da América Central. Ele pretende construir um invento que irã mudar toda a história da humanidade! Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Harrison Ford) e Melhor Trilha Sonora Original (Maurice Jarre).

Comentários:
Para quem havia interpretado Han Solo e Indiana Jones foi uma surpresa e tanto quando Harrison Ford surgiu com esse filme nos cinemas em meados dos anos 80. Era uma proposta bem diferente, enfocando um pouco no humor e no drama de um personagem sonhador, dado a utopias, que resolvia levar toda a sua família para um experimento em uma região distante e praticamente incivilizada. Eu particularmente gostei do filme. Esse foi aquele projeto que Ford fez por amor à arte mesmo, sem se importar se seria sucesso ou não, até porque o filme não fez boa bilheteria, chegando a dar prejuízo para o estúdio, mesmo com orçamento modesto e contido. Nas locadoras de vídeo a fita se saiu melhor porque o público foi conhecendo o filme aos poucos, em um típico caso de propaganda positiva boca a boca. Já para os dias atuais um dos atrativos é a presença do jovem River Phoenix. Dito como um potencial astro do futuro nos anos 80 ele teve uma morte trágica e preocce, causada por uma overdose de drogas. Foi um choque para seu fã clube juvenil que tinha grandes apostas em seu futuro. Algo que infelizmente nunca chegou a acontecer. O roteiro foi baseado no romance escrito por Paul Theroux.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de julho de 2019

O Último Adeus

Título no Brasil: O Último Adeus
Título Original: Last Orders
Ano de Produção: 2001
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio: Sony Classics
Direção: Fred Schepisi
Roteiro: Graham Swift, Fred Schepisi
Elenco: Michael Caine, Bob Hoskins, Helen Mirren, Tom Courtenay, Kelly Reilly, Ray Winstone

Sinopse:
Um grupo de pessoas se reúne para homenagear um velho amigo falecido, para jogar suas cinzas no mar. Assim acabam relembrando do passado, das lutas, das conquistas, decepções e amores de um tempo que não existe mais.

Comentários:
Michael Caine é um ator de que gosto muito. Ele tem uma longa filmografia em várias décadas de carreira e entre esses filmes estão algumas obras primas. Claro, em determinado momento, principalmente nos anos 80, ele foi ridicularizado pela crítica por parecer aceitar qualquer papel, em qualquer filme de segunda categoria. Isso porém é passado. Hoje em dia ele recuperou seu prestígio e respeito. Esse filme aqui, uma produção inglesa muito boa, é uma espécie de homenagem ao veterano. É um roteiro de nostalgia, que olha para o passado. O elenco tem além da sempre interessante presença de Caine, a atuação maravilhosa de Helen Mirren, uma dama da arte da atuação. Outro nome que compensa qualquer sessão de cinema. Então é isso. O filme tem aquele toque de sofisticação e classe que apenas o cinema europeu consegue reproduzir na tela com brilhantismo. Se não chega a ser uma obra-prima cinematográfica inequescível, pelo menos teve o mérito de reunir esse elenco muito acima da média.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de fevereiro de 2019

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos

Esse filme foi a aposta da Disney no final de ano. Custou 120 milhões de dólares e teve uma bilheteria decepcionante dentro dos Estados Unidos. Só recuperou o investimento por causa do mercado internacional, mas em nenhum momento conseguiu se tornar realmente um sucesso. De fato não era uma tarefa muito fácil adaptar o clássico "O Quebra-Nozes" para o cinema, em um roteiro que criou uma espécie de fábula, misturando elementos de contos de fadas e fantasia para o público infantil e juvenil. A produção, como era de se esperar, é realmente excelente. De encher os olhos do espectador. Os figurinos e cenários lembram a Rússia Czarista, inclusive no formato das torres dos grandes palácios.  Tudo classe A, do melhor bom gosto.

A estorinha é redondinha, de fácil entendimento para as crianças. Não faltam princesas, rainhas más, fadas, roupas extravagantes, etc. Nesses quesitos não haveria mesmo o que criticar. Penso que o público americano acabou não comprando a ideia do filme justamente por se basear em algo que não é tão familiar ou popular à cultura pop daquele país. Seria algo clássico demais para o público padrão. De qualquer forma a Disney, com sua reconhecida competência técnica, jamais colocaria no mercado um produto de má qualidade, muito pelo contrário. Talvez o problema dessa vez foi que foram, talvez, um pouco longe demais. E é justamente isso também o que explica as boas bilheterias na Europa. Por lá houve uma curiosidade natural do público em conferir a adaptação para o cinema desse que talvez seja um dos grandes exemplos da chamada alta arte no velho continente.

O elenco tem dois nomes de peso. Helen Mirren, com maquiagem e figurinos dos antigos palhaços medievais, começa como vilã, mas como o roteiro dá margem a reviravoltas descobrimos que ela não é tão malvada como se pensava.  Morgan Freeman é um coadjuvante de luxo, um velho relojoeiro, que sabe muitas coisas, se tornando uma espécie de sábio da corte. A protagonista Clara é interpretada pela atriz Mackenzie Foy que é bonitinha e simpática, mas sem grande carisma. No meio de uma produção tão opulenta ficaria mesmo complicado para a mocinha se destacar. Então é isso, temos aqui mais uma pomposa produção com o selo Disney. Pelos esforços envolvidos em sua produção merecia até mesmo maior reconhecimento por parte do público.

O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos (The Nutcracker and the Four Realms, Estados Unidos, 2018) Direção: Lasse Hallström, Joe Johnston / Roteiro: Ashleigh Powell, E.T.A. Hoffmann, baseados no ballet criado por Marius Petipa / Elenco: Mackenzie Foy, Helen Mirren, Morgan Freeman, Keira Knightley, Ellie Bamber / Sinopse: Após a morte de sua mãe, a jovem Clara (Foy) vai parar em um mundo mágico. Ela está em busca de uma chave que vai abrir o presente que sua mãe lhe deixou no natal, só que essa chave é muito mais importante do que ela possa imaginar. Filme indicado ao Annie Awards.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A Última Estação

Excelente filme que conta a história das últimas semanas de vida do escritor russo Leon Tolstói (Christopher Plummer). Ele ficou mundialmente conhecido ao escrever verdadeiras obras primas da literatura mundial como Guerra e Paz (1869) e Anna Karenina (1877). No filme seu editor e amigo de longa data manda um jovem rapaz chamado Valentin (James McAvoy) para trabalhar como seu secretário particular. Uma vez na casa de Leon Tolstói ele passa a vivenciar tudo o que estava acontecendo em sua vida pessoal, inclusive seu conturbado relacionamento com a esposa, Sofya (Helen Mirren), uma mulher de temperamento forte e explosivo. Um dos aspectos mais interessantes é que o velho escritor tinha planos de levar em frente um movimento baseado em uma nova forma de encarar a vida. Entre as coisas que pregava estava o desprendimento de coisas materiais. O problema é que ele próprio era um conde, membro da elite e da nobreza russa, vivendo em uma bela mansão, com muitos servos trabalhando em sua propriedade rural. Até que um dia ele acaba brigando com a esposa e decide colocar em prática seus ensinamentos, com consequências trágicas. Tudo o que se vê na tela foi baseado em fatos históricos reais.

Além de ter um ótimo roteiro, esse filme ainda conta com um elenco primoroso, a começar por Christopher Plummer, com longa barba grisalha e quase irreconhecível em sua caracterização de Tolstói; Helen Mirren dispensa maiores apresentações, uma das grandes damas do cinema atual. E completando o elenco de talentos temos até mesmo Paul Giamatti como o amigo de longa data e editor de Leon Tolstói. Ele tem uma posição interessante no meio de tantos personagens marcantes, porque no fundo almeja que o velho escritor doe todos os direitos autorais de sua obra para a humanidade, algo que enfurece a esposa do autor, afinal esse seria o grande tesouro para a família dele. Enfim, ótimo filme que conta uma história que se não fosse baseada em tudo o que aconteceu, poderia facilmente se passar por mais um romance escrito pelo próprio Tolstói.

A Última Estação (The Last Station, Inglaterra, Alemanha, Rússia, 2009) Direção: Michael Hoffman / Roteiro: Michael Hoffman, Jay Parini / Elenco: Christopher Plummer, Helen Mirren, James McAvoy, Paul Giamatti / Sinopse: No fim de sua vida, o escritor russo Leon Tolstói (Christopher Plummer) decide colocar em prática tudo aquilo que pregou em vida na sua obra literária. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Helen Mirren) e Melhor Ator (Christopher Plummer). Também indicado ao Globo de Ouro e ao Screen Actors Guild Awards nas mesmas categorias.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Decisão de Risco

Filme bem interessante, ainda mais agora que está se pensando em usar drones de ataque contra a criminalidade no Brasil. O enredo gira justamente em torno disso, quando três terroristas são localizados pela inteligência inglesa. Eles estão em uma casa, onde o ataque por drones é iminente, só que bem na hora de apertar o botão surge uma garotinha vendendo frutas na esquina da casa. Ora, se o ataque for feito ela morrerá com certeza. O que fazer então? O roteiro então levanta diversas questões éticas envolvendo o ataque. A atriz Helen Mirren é a chefe da operação. Ela quer pegar aqueles terroristas pois está na cola deles há anos. Aaron Paul (ótimo ator, por sinal) é o jovem piloto do drone que se vê diante da dureza de seu trabalho, ao mesmo tempo que tenta levar uma vida normal fora do período em que ele, como militar, mata pessoas.

Por fim há Alan Rickman, em um de seus últimos trabalhos antes de falecer. Ele interpreta um general que precisa lidar com um monte de políticos vacilantes que ficam em cima do muro na hora de autorizar o ataque mortal. Filme muito bom, com roteiro acima da média, sempre apostando no clima de suspense e apreensão, algo que passa rapidamente para o espectador. Uma boa aula de como se fazer cinema com inteligência e precisão cirúrgica. Não deixe de assistir.

Decisão de Risco (Eye in the Sky, Inglaterra, Estados Unidos, 2015) Direção: Gavin Hood / Roteiro: Guy Hibbert / Elenco: Helen Mirren, Aaron Paul, Alan Rickman / Sinopse: Após encontrar três terroristas internacionais, uma equipe de ataque fica na dúvida entre entrar em ação, com a possível morte de uma garotinha inocente que está perto do lugar de ataque, ou cancelar tudo, deixando os terroristas escaparem mais uma vez.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Ella e John

Esse filme conta a história de um casal de idosos que certo dia resolve viajar... assim, sem mais, nem menos. Não avisam aos filhos, não dizem nada para ninguém. Apenas pegam o grande Motor Home em sua garagem e vão embora, ganhando a estrada. Tudo estaria bem se ele não fosse portador do Mal de Alzheimer e ela tivesse uma doença grave que lhe daria poucos meses de vida. Assim o filme vai se desenvolvendo, com o casal viajando, rumo ao sul, para a antiga cidade dela. No caminho começam os problemas. Por causa da doença John (Donald Sutherland) tem muitos lapsos de memória. Em certos momentos ele não consegue lembrar de onde está, do nome dos filhos e nem da esposa que está viajando ao seu lado. Também se confunde com o tempo, pensando ser ainda um estudante na universidade (ele é na realidade um professor de literatura americana aposentado). 

Uma de suas metas é visitar a casa que pertenceu ao grande escritor Ernest Miller Hemingway, seu grande ídolo nas letras. O curioso é que John consegue se lembrar de trechos inteiros dos livros dele, só que ao mesmo tempo não consegue lembrar do que aconteceu minutos atrás em sua vida. A esposa é interpretada pela grande atriz Helen Mirren. Ela é seguramente uma das grandes atrizes de sua geração e um dos melhores motivos para conferir esse filme. Com tantas qualidades em termos de elenco o filme só derrapa mesmo no final. Achei a conclusão da história um tanto absurda e eticamente condenável. Esse problema nem pode ser creditado apenas ao filme em si, pois o roteiro apenas adaptou o livro que lhe deu origem. O desfecho é em certo aspecto bem decepcionante porque acaba passando uma mensagem final errada. Particularmente me incomodei com tudo o que aconteceu. Você vai acompanhando esse casal de idosos ao longo de todo o filme, cria uma simpatia por eles e de repente tudo se resume naquele final ruim... de certa maneira estragou mesmo tudo. 

Ella e John (The Leisure Seeke, Estados Unidos, 2017) Direção: Paolo Virzì / Roteiro: Stephen Amidon, baseado no romance escrito por Michael Zadoorian / Elenco: Helen Mirren, Donald Sutherland, Christian McKay, Janel Moloney, Dana Ivey / Sinopse: Ella (Helen Mirren) e seu marido John (Donald Sutherland) decidem viajar para o sul pois querem fazer sua última grande viagem de turismo pois ambos estão com doenças graves. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Hellen Mirren).
 
Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

De Porta em Porta

Um filme simples, mas que tem uma boa história para contar. O roteiro é baseado em fatos reais, na vida de um sujeito chamado Bill Porter (William H. Macy). Portador de paralisia cerebral, ele decidiu parar de ter pena de si mesmo e foi para a luta. Incentivado pela mãe, interpretada pelo ótima Helen Mirren, ele foi em busca de um emprego. Acabou arranjando uma vaga para ser vendedor de porta em porta, onde vendia produtos para o lar como amaciantes, sabão em pó, etc. Em pouco tempo se tornou não apenas um bom vendedor, como também uma figura querida na região onde trabalhava, se tornando próximo dos moradores, que eram não apenas seus clientes, mas também seus amigos.

Claro que algo assim não foi fácil. Bill tinha problemas para andar, não conseguia mexer com uma das mãos, e seu problema de saúde o impedia de falar com normalidade. Mesmo com todas essas adversidades ele quis ser um trabalhador, ao invés de se aposentar por invalidez pela assistência social. O filme é repleto dessas preciosas lições de vida, pitadas de coragem e bons exemplos por todo o enredo. Outra pessoa central em sua vida foi sua ajudante Shelly (Kyra Sedgwick) que não apenas o ajudava nas entregas dos produtos vendidos, como também acabou se tornando sua melhor amiga, após a morte da querida mãe, que sofreu por anos com o Mal de Alzheimer. Sua história de vida acabou sendo descoberta quando ele virou tema de uma matéria em uma revista de grande circulação nos EUA. Depois, em cima dessa reportagem, foi escrito o roteiro desse bom filme. Uma história de um homem comum que com seu exemplo mostrou que nunca devemos desistir de nossos objetivos. 

De Porta em Porta (Door to Door, Estados Unidos, 2002) Direção: Steven Schachter / Roteiro: William H. Macy, Steven Schachter / Elenco: William H. Macy, Kyra Sedgwick, Helen Mirren, Kathy Baker / Sinopse: Bill Porter (William H. Macy) é portador de paralisia cerebral. Mesmo assim decidiu que queria ser uma pessoa produtiva na sociedade. Batalhando por um emprego, acabou arranjando uma vaga de vendedor de porta em porta. Roteiro baseado numa história real. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz (Helen Mirren) e Melhor Ator (William H. Macy).
 
Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Assassinato em Gosford Park

Robert Altaman encontra Agatha Christie? Quase isso. Na verdade o roteiro desse filme foi baseado numa estória criada pelo próprio Altman e não pela famosa escritora inglesa. Isso não quer dizer que seja totalmente original. Na verdade Altman aqui praticamente cometeu um plágio mesmo, criando um enredo que copiava em praticamente tudo as tramas de mistério de Christie. E como se deu isso? Copiando a "fórmula" da escritura. A coisa é simples, coloque um grupo de personagens em um ambiente restrito (pode ser um trem, um barco de cruzeiro ou como no caso aqui uma velha mansão) e depois revele um crime, um assassinato. A partir desse ponto basta apenas jogar com a real identidade do assassino, que no fim das contas pode ser qualquer um dos personagens. Joguinho de mistério. A grande original nesse tipo de enredo, obviamente, sempre foi a Agatha Christie. Altman aqui apenas a copiou sutilmente (ou nem tanto).

No filme temos um jantar de ricaços sendo organizado.Tudo se passa na década de 1930. Sir William McCordle e sua família recebem um grupo de milionários. A fina flor da sociedade da costa leste dos Estados Unidos. Apenas barões. Tudo vai correndo bem naquele estilo de falsidade grã fina até que um corpo é encontrado. Um homem está morto! Pronto, quem poderia ser o assassino? Não disse que seguia basicamente a fórmula dos livros de Agatha Christie? Pois então... O curioso é que esse filme apesar de ser bom e interessante, acabou seguindo a sina de muitos filmes de Robert Altman, ou seja, ser muito elogiado pela crítica, mas ignorado pelo público. O filme custou 20 milhões de dólares, mas só faturou 1,4 milhão em bilheteria. Tremendo fracasso comercial. Mesmo assim acabou levando um Oscar importante para casa, o de melhor roteiro. Pois é, algumas vezes ser levemente desonesto, copiando a ideia original dos outros, pode também dar bons frutos, inclusive sendo premiado pela Academia.

Assassinato em Gosford Park (Gosford Park, Estados Unidos, Inglaterra, 2001) Direção: Robert Altman / Roteiro: Julian Fellowes, Robert Altman / Elenco: Clive Owen, Helen Mirren, Maggie Smith, Ryan Phillippe, Michael Gambon, Kristin Scott Thomas, Charles Dance, Stephen Fry, Emily Watson / Sinopse: Grupo de milionários se reúnem numa sofisticada e bonita mansão localizada no campo. Todos estão lá para um jantar fino e refinado, mas a sofisticação acaba quando um corpo é encontrado. Houve um assassinato e o assassino se encontra entre eles. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Direção. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Emily Watson), Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Smith), Melhor Direção (Robert Altman), Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de março de 2018

A Maldição da Casa Winchester

Esse filme é baseado numa história real. Sarah Winchester (Helen Mirren) fica profundamente abalada com a morte do marido e da filha, uma criança ainda em idade de berço. Fragilizada demais para superar as perdas, ela começa a ver vultos pela casa. Até que um médium é chamado e diz a ela que os tais vultos na verdade são os espíritos das pessoas mortas pelas armas da marca Winchester, que ela se torna herdeira. Para que eles não apareçam mais, ela terá que construir uma mansão, sem nunca parar, pois no dia em que as obras cessarem ela também morrerá. Tudo isso foi verdade, aconteceu de fato. Esse porém é apenas o ponto de partida do filme. Quando Sarah aparece pela primeira vez no filme ela já é uma viúva soturna, bastante atormentada.  Um psicólogo é enviado para verificar se ela ainda tem sanidade para ficar à frente da fábrica de armas. O roteiro então adota a pura fantasia - afinal é um filme de horror bem ao estilo de Hollywood - deixando para trás a oportunidade de contar a história real dessa figura singular.

No mundo real Sarah foi uma mulher enlouquecida pelo espiritismo. Ela construiu uma casa enorme, com centenas de quartos, todos eles inúteis e sem serventia - afinal ela morava sozinha na grande mansão. Dizia-se na época que ela havia perdido completamente o juízo (o que é bem provável). Acabou morrendo sozinha, completamente insana, enfurnada em sua estranha casa que ainda existe e está aberta a visitação pública na Califórnia. Se o estúdio tivesse optado por contar essa história teríamos realmente uma pequena obra prima em mãos. O problema é que tudo é desviado para os sustos. Assim Sarah é mostrada no filme como uma mulher que realmente luta contra os espíritos que vagam pela sua propriedade. Ela precisa construir quartos e mais quartos, que reproduzem os locais onde essas pessoas morreram. Nessa tomada de direção o filme não funciona muito bem. Não espere por grandes sustos ou terror. O filme é mais sutil nesse aspecto. O que vale mesmo a pena é a presença da grande dama do teatro e do cinema Helen Mirren. Com grande dignidade, ela nos faz acreditar mesmo que Sarah era apenas uma viúva que lutava contra centenas de entidades sobrenaturais e não uma pobre alma fragilizada, em processo de enlouquecimento, atormentada pela morte de seus entes queridos, explorada por todos os tipos de charlatões. Uma prova inequívoca de como Mirren é mesmo uma grande atriz.

A Maldição da Casa Winchester (Winchester, Estados Unidos, 2018) Direção: The Spierig Brothers / Roteiro: Tom Vaughan, The Spierig Brothers / Elenco: Helen Mirren, Jason Clarke, Sarah Snook, Finn Scicluna-O'Prey  Sinopse: O Dr. Eric Price (Jason Clarke) é enviado para a estranha mansão Winchester com o objetivo de fazer uma avaliação do estado psicológico de Sarah Winchester (Helen Mirren), uma viúva reclusa que se tornou a herdeira da fábrica de armas Winchester. Os vizinhos dizem que ela está louca, construindo sem parar quartos para sua casa. Será que estaria mesmo enlouquecida e insana ou os espíritos que afirma ver são reais e estão lhe atormentando todas as noites?

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O Príncipe do Egito

Título no Brasil: O Príncipe do Egito
Título Original: The Prince of Egypt
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Brenda Chapman, Steve Hickner
Roteiro: Philip LaZebnik, Nicholas Meyer
Elenco: Val Kilmer, Ralph Fiennes, Michelle Pfeiffer, Sandra Bullock, Patrick Stewart, Helen Mirren
  
Sinopse:
Baseado no texto bíblico, "O Príncipe do Egito" conta a história de Moisés (Val Kilmer). Originário do povo judeu ele é abandonado nas águas do Rio Nilo. Encontrado por uma mulher pertencente à família real do Egito acaba sendo criado como um verdadeiro príncipe da realeza daquela antiga nação, até descobrir suas origens. Chamado por Deus para libertar seu povo, Moisés começa uma verdadeira saga pessoal que marcaria a história para sempre. Filme vencedor do Oscar na categoria melhor canção original ("When You Believe" de Stephen Schwartz). Também indicado ao Globo de Ouro na mesma categoria.

Comentários:
Quando Spielberg criou o novo estúdio DreamWorks ele bem sabia que para vencer nesse concorrido mercado cinematográfico, ele teria que vencer também no mundo da animação. Não era fácil. Havia obviamente o domínio completo da Disney, algo consolidado por anos e anos de tradição. Fora o estúdio do Mickey Mouse havia igualmente vários outros estúdios consolidados no meio. Assim abrir um canal de sucesso foi um dos grandes obstáculos para Spielberg e sua empresa. "O Príncipe do Egito" tinha uma proposta bem inovadora, adaptando o velho testamento para um longa-metragem de animação. A história de Moisés, amplamente conhecida, ganhou assim sua versão animada. Ficou realmente muito bom, porém o peso de ser comparado com o grande clássico da era de ouro "Os Dez mandamentos" cobrou o seu preço. A animação do estúdio de Spielberg não foi considerada tão grandiosa ou marcante como o filme original. Também pudera, era uma comparação absurda e fora de propósito. De toda forma a indicação segue valendo. Do que a DreamWorks produziu ao longo de todos esses anos em termos de desenhos animados, esse é seguramente um de seus melhores momentos na sétima arte. Vale muito a pena conferir.

Pablo Aluísio.