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terça-feira, 11 de julho de 2023

Resgate 2

Resgate 2
Esse filme não tem um roteiro primoroso. Longe disso. Não é o que espera um espectador de filmes de ação como esse. A história do filme aliás é bem banal e poderia ser resumida em poucas linhas. O que importa aqui é outra questão. O sujeito que começa a assistir um filme como esse quer saber se há boas cenas de ação. E certamente você encontrará muitas delas aqui nessa produção. Uma delas logo chamará a atenção, que é justamente o resgate de uma mãe e seus dois filhos de uma prisão de segurança máxima. Claro que nada daquilo tem sequer uma pontinha de pé na realidade, mas achei extremamente bem bolada a sequência de lutas que acontecem, uma atrás da outra, sem parar para pensar. 

Outra cena que destacaria é a do trem. Aliás existe mesmo uma certa tradição em filmes de ação com trens em alta velocidade. É praticamente o cenário perfeito para quem procura por cenas de ação do tipo alucinante. Agora, temos que admitir também que um bom filme não se faz apenas com bem elaboradas cenas de ação. E esse é o problema básico aqui. Como é um fiapinho de história e como todos os personagens são rasos e sem profundidade, chega um momento em que o filme não tem mais o que dizer. As cenas de ação já apareceram na tela. Depois disso não tem jeito, o bocejo de tédio virá, mais cedo ou mais tarde. 

Resgate 2 (Extraction 2, Estados Unidos, 2023) Direção: Sam Hargrave / Roteiro: Joe Russo, Ande Parks, Anthony Russo / Elenco: Chris Hemsworth, Golshifteh Farahani, Adam Bessa / Sinopse: Depois de participar de uma operação de resgate quase mortal, Tyler Rake (Chris Hemsworth) retorna. Mesmo ainda ferido aceita uma nova missão. Ele deverá entrar em uma prisão de segurança máxima para libertar a família de um perigoso criminoso internacional. 

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de setembro de 2022

Thor: Amor e Trovão

Um ser vivendo em um planeta deserto e hostil, vê sua filha morrer de fome e sede. Imediatamente afunda na mais profunda dor. Não consegue entender a situação. Por que o seu deus não o ajudou naquela hora de extrema aflição? Ao se deparar com a própria divindade materializada em sua frente, ele descobre que o seu deus é um ente arrogante, egocêntrico e que não está nem aí para a sorte daqueles que o adoram. De sua revolta, nasce uma vingança. Ele toma posse de uma espada especial que consegue matar divindades. E parte em busca da vingança contra esses seres celestiais. Será que Thor poderia deter essa matança desenfreada de deuses no universo? Esse é o novo filme do personagem da Marvel, Thor. Poderia ser um excelente filme, pois tem um vilão especial. O Carniceiro dos Deuses causou sensação nos quadrinhos. As edições em que apareceu foram muito bem criticadas pelos especialistas na nona arte. Só que tudo isso virou desperdício nas mãos desse diretor. Incrivelmente, ele quis fazer desse filme uma comédia boba, tola! 

É inacreditável, mas o filme tem um tom totalmente errado de comédia e humor. E também se divide em duas partes bem distintas, como se fosse um bolo de aniversário cortado ao meio. Nas cenas que se concentram no vilão Carniceiro dos Deuses, o ator Christian Bale está muito bem. Concentrado em seu papel e atuando seriamente. Já nas cenas do Thor, tudo o que se encontra é pura palhaçada. Incrível, mas o diretor transformou o Thor em um idiota completo. É inacreditável como um filme como esse conseguiu se tornar tão ruim, com tanto potencial para agradar aos fãs da Marvel! Esse Carniceiro dos Deuses é um ótimo vilão. Deveria ter sido melhor aproveitado. Ao invés disso, o diretor Taika Waititi encheu o filme de piadinhas sem graça. Chega a ser totalmente constrangedor. O resultado de tudo isso é um dos piores filmes desse ano.

Thor: Amor e Trovão (Thor: Love and Thunder, Estados Unidos, 2022) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Taika Waititi / Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Christian Bale, Russell Crowe, Idris Elba, Chris Pratt / Sinopse: A aposentadoria de Thor é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses, que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda da Rainha Valquíria, de Korg e sua ex-namorada Jane Foster, que – para surpresa de Thor – inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, como a Poderosa Thor. Juntos, eles embarcam em uma angustiante aventura cósmica para descobrir o mistério da vingança desse vilão para detê-lo antes que seja tarde demais.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

MIB: Homens de Preto - Internacional

Título no Brasil: MIB: Homens de Preto - Internacional
Título Original: Men in Black: International
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Sony Pictures
Direção: F. Gary Gray
Roteiro: Matt Holloway, Art Marcum
Elenco: Chris Hemsworth, Liam Neeson, Emma Thompson, Tessa Thompson, Rebecca Ferguson, Kumail Nanjiani

Sinopse:
Uma nova dupla de agentes formada por H (Chris Hemsworth) e M (Tessa Thompson) precisa evitar que uma arma poderosa caia nas mãos de uma raça de alienígenas violentos, que desejam conquistar o universo.

Comentários:
Sete anos depois do último filme da franquia MIB, os estúdios decidiram trazer de novo os homens de preto ao cinema. Para isso a dupla original dos filmes anteriores formada por Will Smith e Tommy Lee Jones foi dispensada. Como tem acontecido com uma certa frequência aqui os produtores decidiram retomar uma nova série de filmes. Ao custo de 110 milhões de dólares a fita decepcionou nas bilheterias. Nem mesmo a contratação de atores classe A para atuarem como meros coadjuvantes (caso de  Liam Neeson e Emma Thompson) serviu de atrativo para o público. O fato é que os novos agentes não empolgaram. A atriz Tessa Thompson é sem carisma, antipática e não agradou. Já o "Thor" Chris Hemsworth até se esforça, tenta agradar, mas não consegue levar o filme sozinho nas costas. Os vilões são genéricos. O enredo também não traz novidades, é bobo e derivativo. Nada do que já não tenha sido explorado nos filmes anteriores. E o pior de tudo: os efeitos especiais não são tão bons como era de se esperar. Há menos criaturas e menos imaginação nas cenas digitais, o que se tratando de MIB é o fim da picada. Enfim, parece que a franquia está esgotada no cinema. Apenas um diretor muito talentoso e um roteiro melhor poderiam revitalizar essa franquia, algo que definitivamente não aconteceu nesse quarto filme.

Pablo Aluísio.

domingo, 5 de maio de 2019

Vingadores: Ultimato

Esse filme chegou mais cedo do que eu esperava. Pensei que ainda iria demorar uns dois anos para chegar nas telas. Pelo visto a Marvel tem pressa mesmo, lançando seus filmes em ritmo industrial. De qualquer forma deu certo. A produção já acumulou mais de 2.5 bilhões de dólares nas bilheterias. É o maior sucesso do ano, lutando agora para passar "Avatar" que está ainda na sua frente na lista das maiores bilheterias dos últimos anos. Resta esperar para ver o que vai acontecer nas próximas semanas. Bom, deixando esse aspecto comercial de lado o que mais me intrigava era saber como os roteiristas iriam desfazer o nó do filme anterior, onde muitos personagens importantes tinham virado pó, isso literalmente falando. Confesso que não achei grande coisa a solução encontrada. O roteiro parte para o bom e velho argumento da volta no tempo. A coisa fica tão evidente que os próprios roteiristas colocaram duas piadinhas com "De Volta Para o Futuro", já sabendo de antemão que iriam fazer uma ligação com esse famoso filme dos anos 80. A lógica é muito parecida realmente, apesar do papo furado da física quântica, algo que também já está virando uma muleta narrativa recorrente em roteiros mais recentes.

Assim o resultado, ao meu ver, ficou um pouco prejudicado, pois a viagem no tempo não deixa de ser algo bem manjando no universo pop. A despeito disso porém não posso deixar de admitir que em suas quase 3 horas de duração o filme diverte e funciona muito bem como aquilo que sempre foi, uma mera transposição bem realizada do universo dos quadrinhos para o cinema. Os elementos são bem trabalhados, encaixados na trama. Pode ser que se você perdeu algum filme da Marvel nesses últimos anos venha a se perder com tantas idas e vindas no tempo. Porém isso é o de menos. A estrutura narrativa funciona bem, tem bom ritmo e desenvolvimento.

Não é a maior maravilha cinematográfica do mundo como querem fazer crer alguns fãs de quadrinhos, mas funciona perfeitamente bem. É um produto pop de qualidade. Agora, temos que admitir também que um velho problema se repete aqui. Desde sempre qualquer filme com muitos personagens e muitos atores em cena acaba criando um subaproveitamento deles - tantos dos atores como dos heróis. Isso se repete nesse filme. É tanto super-herói em cena que poucos são desenvolvidos com cuidado. Fica aquela sensação de que muitos são apenas coadjuvantes de luxo. Mesmo assim repito que o filme agrada e diverte. Nesse mundo de tantos heróis da Marvel já está de bom tamanho.

Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, Estados Unidos, 2019) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro:  Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Robert Downey Jr., Chris Evans, Josh Brolin, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, Paul Rudd, Benedict Cumberbatch, Brie Larson, Tom Holland, Chris Pratt, Michael Douglas, Robert Redford, Samuel L. Jackson / Sinopse: Para desfazer o mal causado pelo vilão Thanos, os vingadores decidem voltar no tempo para impedir que ele consiga as Joias do infinito que lhe dará um poder supremo sobre todo o universo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Thor Ragnarok

Divertido, ultra colorido e pura linguagem de quadrinhos. Assim podemos resumir em poucas palavras essa aventura do Thor no cinema. A Marvel procurando fazer diferente no cinema buscou inspiração exatamente no mundo das revistas do personagem. Sim, é verdade que muitos fãs reclamaram desse filme. Não foram poucos os que o acusaram de ser até mesmo bobo e infantil. Esse tipo de argumento não vai muito longe. O filme é tão divertido como uma revista em quadrinhos dos anos 70, com muitas cores e cenas de ação, principalmente no ringue dos gladiadores, algo que foi trazido de "Planeta Hulk" e que acabou dando muito certo aqui. E a trama? Básica, mas funcional. Nela o deus do trovão Thor (Chris Hemsworth) vai parar em um planeta desconhecido, onde acaba reencontrando o Hulk (Mark Ruffalo) que agora é um lutador de arenas de gladiadores. Thor porém não pode perder tempo pois ele precisa salvar o seu próprio mundo, agora sob perigo de destruição completa.

Assim se você curtiu as HQs, provavelmente vai gostar do que verá na tela. Todos os efeitos especiais são muito bons, o que era mesmo de se esperar de uma produção conjunta entre a Marvel e a Disney. Fora isso temos coadjuvantes impagáveis, como o mestre Anthony Hopkins se divertindo bastante com seu Loki travestido de Odin e Jeff Goldblum, como um mestre de cerimônias transgênero, afetado e engraçado. A crítica gostou do filme por ser despretensioso, com um roteiro que flui muito bem. Nada de exageros e excessos de personagens secundários sem importância, o que acaba deixando qualquer filme pesado e enfadonho. No geral é a mais pura diversão, como deve ser sempre que se adapta esses personagens para o cinema. Do contrário tudo fica muito chato e pretensioso. Stan Lee (que também está no filme, em participação especial, uma das últimas antes de falecer) certamente assinaria embaixo desse roteiro.

Thor Ragnarok (Estados Unidos, 2017) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle / Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Jeff Goldblum / Sinopse: Enquanto seu mundo está sob forte ataque de forças poderosas, Thor acaba indo parar em um estranho planeta, onde domina a violência, os jogos e a corrupção.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de dezembro de 2018

Maus Momentos no Hotel Royale

Esse diretor Drew Goddard já tinha chamado minha atenção em "O Segredo da Cabana", filme que tentava desconstruir o gênero terror. Agora ele retorna com esse filme que tem uma trama bem elaborada. Tudo começa quando um homem desconhecido aluga um quarto em um hotel na fronteira de Nevada e Califórnia. Ele pega a chave e imediatamente começa a tirar a madeira do piso, tentando abrir um buraco no chão para colocar uma maleta. Não demora muito e uma segunda pessoa surge e o mata ali mesmo, sem maiores explicações. O tempo passa e dez anos depois, no mesmo hotel Royale, chega um grupo estranho de novos hóspedes. Jeff Bridges interpreta um suposto padre, que se hospeda ali para passar a noite. Na mesma hora em que entra no velho hotel encontra um vendedor de eletrodomésticos para donas de casa, aqui na pele do bom ator Jon Hamm de "Mad Men". Completando o quadro de novos visitantes estão uma cantora negra fracassada e uma mulher com cara de poucos amigos, na interpretação de Dakota Johnson.

Desconfie de tudo o que verá nas primeiras cenas, principalmente nas identidades daquelas pessoas. Nem tudo é o que aparenta ser. O próprio Hotel Royale não é apenas um cenário, mas praticamente um personagem no meio do enredo. Um daqueles estabelecimentos comerciais que faziam sucesso nos anos 1960, mas que depois entraram em franca decadência, com poucos hóspedes, geralmente viajantes perdidos em busca de uma boa noite de sono e nada mais. Para falar a verdade é quase uma nova versão do "Bates Motel" de Psicose, mas com decoração vintage mais colorida e brega. Enfim, um bom filme que me agradou. De modo em geral gosto desse tipo de enredo que vai se construindo aos poucos, ligando diversos personagens que parecem não ter qualquer ligação entre si. Uma amostra de bom roteiro, muito bem escrito.

Maus Momentos no Hotel Royale (Bad Times at the El Royale, Estados Unidos, 2018) Direção: Drew Goddard / Roteiro: Drew Goddard / Elenco: Jeff Bridges, Jon Hamm, Dakota Johnson, Cynthia Erivo, Chris Hemsworth, Lewis Pullman / Sinopse: Um grupo de desconhecidos chega em um velho hotel decadente da fronteira entre dois estados americanos, cada um deles com um propósito próprio, não muito claro. Qual seria a ligação que existiria entre cada uma daquelas pessoas?

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de maio de 2018

12 Heróis

Desconhecia totalmente essa história (que é baseada em fatos reais). Tudo começa no fatídico 11 de setembro de 2001. Dispensa maiores explicações, sabemos bem o que aconteceu em Nova Iorque. Pois bem, depois disso as forças armadas americanas se preparam para invadir o Afeganistão, berço estratégico do grupo internacional terrorista de Bin Laden. O ator Chris Hemsworth interpreta um tenente do exército que é designado para liderar um pequeno grupo de militares, de apenas 12 homens, que devem ir até o país inimigo para sondar a região, procurando colaborar com um "Senhor a guerra" afegão, um general da chamada Aliança do Norte. Esse pequeno pelotão acabou sendo o primeiro grupo de militares americanos a pisarem no solo do Afeganistão após os atentados. Ao chegar no lugar designado, eles percebem que a guerra naqueles rincões ainda era feita com recursos bem primitivos, como cavalos e armas antigas. Mesmo assim o primeiro contato se mostra promissor.

O filme assim vai avançando, misturando o choque cultural dos americanos com os afegãos e as diversas cenas de combate que são mostrados em praticamente todo o filme. Boas sequências, é bom frisar, com a paisagem desértica daquele país montanhosos, frio e violento servindo como um belo cenário para as batalhas. Claro que um roteiro como esse tem uma dose bem forte de ufanismo. Os tais heróis, os militares americanos, são retratados na tela como pessoas impecáveis, virtuosas e cheias de boas intenções. Nada de carga negativa em cena ou realismo. Nesse ponto o filme me lembrou dos antigos filmes de guerra de Hollywood, ao velho estilo, onde não havia espaço para o cinza, mas apenas para o preto e branco. Heróis eram heróis, vilões eram apenas vilões desalmados e nada mais. Em termos de questões políticas o filme não se preocupa em ir mais a fundo. Na verdade é uma fita de ação bem produzida e estrelada pelo Thor, ele mesmo, o ator Chris Hemsworth, que se não é grande coisa, pelo menos não enche nossa paciência como momentos de canastrice. Ele consegue se salvar. Existe algumas bobagens no meio do caminho, como a forma juvenil que alguns militares agem uns com os outros nos acampamentos, mas tudo é isso é algo menor. O que vale mesmo são as cenas de guerra, com os americanos montados a cavalo, lutando nas encostas montanhosas, enquanto vão escapando da artilharia do Talibã. Visto sob esse ângulo já está de bom tamanho. 

12 Heróis (12 Strong, Estados Unidos, 2018) Direção: Nicolai Fuglsig / Roteiro: Ted Tally, Peter Craig / Elenco: Chris Hemsworth, Michael Shannon, Michael Peña / Sinopse: O filme mostra a história real de um grupo de 12 militares das forças especiais do exército americano que se tornaram os primeiros ocidentais a entrarem no Afeganistão, para consolidar uma ajuda com a Aliança do Norte, logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Vingadores: Guerra Infinita

De maneira em geral tenho gostado desses filmes da Marvel. Duas coisas me chamam a atenção nessa franquia. A primeira é que os filmes estão sendo lançados rapidamente. Nem esfriou ainda o lançamento de "Pantera Negra" e já temos essa nova produção nos cinemas. A outra coisa que me chama a atenção é que há uma boa regularidade na qualidade dos filmes. Dificilmente você encontra um filme com a marca Marvel que seja ruim ou péssimo. Todos mantém um certo nível. Pois bem, aqui a ideia foi amarrar todas as franquias de super-heróis, uma forma de unir os universos que vão correndo em paralelo. Assim você encontrará praticamente todos os heróis Marvel em cena, com algumas pequenas exceções. Claro que um filme com tanto personagens juntos acaba também ficando sem espaço para que eles se desenvolvam direito dentro do roteiro. Aí é que entra o grande trunfo do filme, o seu vilão, o Thanos.

E aí entra talvez também o grande problema do filme. Com um vilão tão marcante e com tantos poderes, os demais heróis Marvel só estão ali para levarem uma tremenda surra do titã. Eles não são páreos para o ser espacial. Até o Hulk, que supõe ser a força bruta dos Vingadores, acaba levando uma surra homérica. O Thanos está em busca de uma série de joias que lhe dará poder total e absoluto sobre o universo. São cinco pedras representando elementos da natureza (força, poder, tempo, etc). Com a posse delas ele se torna mais imbatível do que já é. Então como superar algo assim? Praticamente impossível. Eu particularmente não vi saída, pelo menos nesse primeiro filme que aliás tem um final em aberto, pois haverá uma segunda parte em breve. Outro aspecto a se considerar é que esse enredo foi contado nos quadrinhos já há bastante tempo, nos anos 80. No Brasil foi publicada pela primeira vez ainda em formatinho, pelo editora Abril. Por isso já se tem uma ideia de como é antigo. Mesmo assim ainda funciona. O filme é bom, um pouco prejudicado pelo excesso de personagens e por algumas falhas de desenvolvimento, mas de maneira em geral consegue ser tão bom como muitos outros filmes do filão Marvel. Pelo menos no cinema a Marvel continua levando uma grande vantagem sobre a DC que não consegue emplacar um bom filme há anos.

Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War, Estados Unidos, 2018) Direção: Anthony Russo, Joe Russo / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Robert Downey Jr., Josh Brolin, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Chris Evans, Scarlett Johansson, Benedict Cumberbatch, Tom Holland, Chadwick Boseman, Zoe Saldana, Tom Hiddleston, Paul Bettany  / Sinopse: O mundo sofre uma nova ameaça vinda do espaço, o titã Thanos (Josh Brolin) está em busca de cinco pedras de poder que lhe darão controle absoluto sobre o universo. Apenas os Vingadores poderão deter essa dominação.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Thor: Ragnarok

Muita gente reclamou, muitos não gostaram, mas irei contra a opinião predominante. Eu gostei dessa nova aventura do Thor nos cinemas. Na minha forma de ver esse filme resgata o espírito dos primeiros quadrinhos do personagem, os que foram publicados ainda nos anos 60, assinados por Stan Lee e Jack Kirby. Tudo é colorido, movimentado, priorizando a diversão acima de qualquer outra coisa. Exatamente o que se encontrava nas primeiras edições da Marvel. Nada de conceitos mais elaborados ou de filosofia de botequim. Tudo foi planejado e realizado pensando-se principalmente no público mais jovem, nas crianças, exatamente porque a Marvel sabe que o futuro de sua empresa passa pela formação de uma nova geração de leitores. Os mais velhos torceram o nariz? Ora, o filme não foi feito para eles mesmo.

O enredo é bem simples: a filha mais velha de Odin (Anthony Hopkins), chamada Hela (Cate Blanchett), volta para reivindicar o trono do pai. Ela é a Deusa da Morte, o que significa que está disposta a eliminar qualquer ameaça que surja pela frente. A única força capaz de parar suas ambições seria justamente o Deus do Trovão Thor (Chris Hemsworth), mas ele, por sua vez, está tentado resolver seus próprios problemas, pois foi preso em um estranho planeta, feito gladiador para lutar nas arenas, onde acaba enfrentando, vejam só, o Hulk (Mark Ruffalo)! Parece mesmo estranho, até pueril o enredo, mas foi justamente essa a intenção dos roteiristas. É um roteiro que poderia facilmente ter sido escrito por Stan Lee, com ilustrações de Jack Kirby. O traço desse desenhista aliás foi a fonte de inspiração da direção de arte desse filme, com muitas cores e exageros, típicos dos quadrinhos dos anos 60. Por causa dessa referência histórica e artística, o filme se mantém bem até o final, quando finalmente surge no horizonte o tal  Ragnarok, o apocalipse dos deuses! Tudo muito divertido, leve e saboroso! Em nenhum aspecto achei o filme ruim, muito pelo contrário, ele é mais honesto com o verdadeiro Thor original dos quadrinhos do que qualquer outra produção que tenha sido feita com o personagem. Está tudo muito adequado. Assista e se divirta sem culpas. 

Thor: Ragnarok (Estados Unidos, 2017) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle, baseados na obra de Stan Lee / Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Jeff Goldblum, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Karl Urban, Tessa Thompson / Sinopse: A primogênita de Odin está de volta. Exilada por milênios nas sombras, a Deusa da morte Hela quer vingança. Sua intenção é assumir o trono do pai em Asgard, mas para que isso aconteça precisará enfrentar os irmãos Thor e Loki.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Rush - No Limite da Emoção

A Rede Globo vai exibir esse filme hoje em Supercine. É mais um excelente filme que mostra um interessante capítulo da história da Fórmula 1. Curioso que produções como essa estão se tornado cada vez mais comuns, um tipo de filme biográfico esportivo que ultimamente tem cada vez mais chamado a atenção dos cinéfilos e fãs de esportes. Pois bem, na trama vemos a rivalidade histórica que surgiu entre dois pilotos da F1, James Hunt (Chris Hemsworth) e Niki Lauda (Daniel Brühl). O primeiro um mulherengo incorrigível, um sujeito fanfarrão que adorava festas e diversão. O segundo um piloto arrojado, disciplinado, que fazia das pistas seu objetivo de vida. Do choque de duas personalidades tão diferentes surge uma concorrência marcada por brigas, mas também por respeito e admiração mútuas. Eu não conhecia essa história, o que tornou o filme como um todo ainda mais interessante.

Apesar de não ser tão velho ainda me lembro de Niki Lauda nas pistas. Na época ele já trazia as marcas que deformaram seu rosto após um grave acidente (que inclusive é mostrado no filme). Já James Hunt realmente não cheguei a conhecer, pois ele, impulsivo e indisciplinado, já tinha deixado as corridas quando me dei conta da existência da Fórmula 1. Esse filme procura transitar justamente do choque entre esportistas tão diferentes entre si durante o campeonato de 1976. É um belo drama esportivo, muito bem conduzido, que vai no final das contas agradar aos fãs das corridas em geral bem como também ao sujeito que não liga muito para a F1 desde a morte de Senna, mas que ainda esteja disposto a assistir a um bom filme dramático. Embora Lauda seja o principal personagem do enredo quem acaba roubando a cena realmente é James Hunt, pois sua personalidade extrovertida e expansiva, termina por chamar mais a atenção do espectador. Assim deixamos a dica desse bom filme sobre esportes. Não importa se você anda cansado da Fórmula 1, no final vai gostar, não se preocupe em relação a isso.

Rush - No Limite da Emoção (Rush, Inglaterra, Alemanha, 2013) Estúdio: Imagine Entertainment / Direção: Ron Howard / Roteiro: Peter Morgan / Elenco: Daniel Brühl, Chris Hemsworth, Olivia Wilde / Sinopse: O filme conta a grande rivalidade surgida nas pistas de Fórmula 1 envolvendo os famosos pilotos James Hunt (Chris Hemsworth) e Niki Lauda (Daniel Brühl). Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Ator Coadjuvante (Daniel Brühl).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

O Caçador e a Rainha do Gelo

Esse filme é a sequência (ou quase isso) de "Branca de Neve e o Caçador". Do primeiro filme não gostei realmente de praticamente nada. A ideia de transformar o famoso conto de fadas em uma espécie de genérico de "O Senhor dos Anéis" não me pareceu boa. Além disso havia a péssima atuação da atriz Kristen Stewart como Branca de Neve, um dos maiores erros de casting do cinema atual. Assim quando esse filme foi anunciado eu não tive vontade nenhuma de conferir. Se o primeiro havia sido tão fraco para que assistir sua continuação? De qualquer forma, deixando de lado a má impressão inicial, resolvi dar uma colher de chá. Quem sabe poderia ser um pouquinho melhor...

Para minha surpresa pude constatar que o resultado se mostrou bem melhor do que eu esperava. Eu credito isso a alguns fatores interessantes. O primeiro, mais óbvio, foi a saída de Kristen Stewart do projeto. Seu personagem, a princesa Branca de Neve, é citada no enredo desse novo filme, mas ela nunca aparece em cena. Ao invés disso o roteiro se foca na Rainha do Gelo (Emily Blunt) e seus planos de dominar todos os reinos vizinhos ao seu. Ela recruta crianças órfãs para formar seu exército imbatível. Destruída emocionalmente no passado pela morte de seu filho, ainda uma criança no berço, ela não admite que seu subordinados se rendem ao amor. E é justamente isso que acontece com o casal Sara (Jessica Chastain, maquiada para não parecer tão ruiva!) e Eric (Chris Hemsworth, o próprio Thor que volta para um papel maior). O segundo ponto positivo é justamente esse, pois o enredo é original, não ficando preso a um conto de fadas do começo ao fim, como ocorreu no primeiro filme.

O roteiro, que achei até muito bem escrito, vai e vem no tempo. Há uma introdução, usa-se bem o recurso do flashback, para depois retornar finalmente ao tempo presente. Tudo bem encaixado. O bom é que os roteiristas criaram uma estória com liberdade, sem muita ligação com "Branca de Neve e os Sete Anões". Essa liberdade ajudou ao filme. A estrutura do roteiro é básica, temos que admitir, mas bem conduzida. Os efeitos especiais também se destacam. A personagem de Charlize Theron, a rainha má do conto original, está de volta, porém em outra forma. Sua "saída" de dentro do espelho me fez lembrar os efeitos digitais revolucionários de "O Exterminador do Futuro 2". Muito bem realizado. No geral gostei do filme. Talvez esse salto de qualidade demonstre aos executivos de Hollywood que a aposta em ideias originais pode ser muito mais interessante do que requentar velhas fórmulas ou antigos contos de fadas.

O Caçador e a Rainha do Gelo (The Huntsman: Winter's War, Estados Unidos, 2016) Direção: Cedric Nicolas-Troyan / Roteiro: Evan Spiliotopoulos, Craig Mazin  / Elenco: Emily Blunt, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Jessica Chastain, Nick Frost, Rob Brydon, Sheridan Smith, Alexandra Roach / Sinopse: Após a morte da sua irmã, a Rainha do Gelo Freya (Blunt) começa a formar um grande exército de conquista. Além de dominar todo o mundo conhecido, ela pretende colocar as mãos no espelho mágico que pertenceu a Ravenna (Charlize Theron). Com ele pensa ampliar ainda mais suas conquistas. Para isso porém terá que deter um casal apaixonado, ajudado por anões dispostos a tudo para vencer o império do mal de Freya. Filme indicado ao Teen Choice Awards. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

No Coração do Mar

Título no Brasil: No Coração do Mar
Título Original: In the Heart of the Sea
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Austrália, Espanha
Estúdio: Village Roadshow Pictures, Warner Bros
Direção: Ron Howard
Roteiro: Charles Leavitt
Elenco: Chris Hemsworth, Cillian Murphy, Brendan Gleeson, Benjamin Walker, Ben Whishaw

Sinopse:
A premissa é das mais interessantes. No século XIX um escritor em busca de material para o seu novo livro começa a ouvir as recordações de um velho marinheiro. Esse lhe conta o que aconteceu com o navio Essex. Na versão oficial ele teria ficado encalhado durante uma longa viagem pelos mares do sul. A verdade porém escondia algo maior. Em busca do óleo de baleia (muito usado na época pela indústria) a embarcação e toda a sua tripulação teria sido na realidade atacada por uma enorme baleia cachalote branca. Um verdadeiro monstro marinho. E foi justamente baseando-se nessa história real que o escritor Herman Melville (Ben Whishaw) finalmente escreveria a obra prima de sua vida, o clássico "Moby Dick" publicado em 1851. Filme indicado ao Visual Effects Society Awards.

Comentários:
O texto a seguir contém spoiler. Assim se ainda não assistiu ao filme recomendo que não siga adiante. Então se chegou até aqui vamos em frente. Esse é um filme atual com o charme da velha escola de Hollywood. Assim eu poderia inicialmente definir essa produção. Como todos sabemos o romance "Moby Dick" é um dos grandes clássicos da literatura mundial. A saga de um velho capitão em busca de uma baleia assassina pelos sete mares, alimentado por uma alucinada obsessão pessoal, é um marco da cultura mundial. Um romance imortal. Até aí tudo bem. A questão que o roteiro desse filme tenta responder a questão sobre a origem do livro, de onde teria surgido aquela estória inesquecível. Assim somos transportados para o século XIX quando o baleeiro Essex parte da costa oeste dos Estados Unidos rumo ao mar. O objetivo seria capturar baleias para extrair o seu precioso óleo (usado, entre outras coisas, na iluminação noturna das grandes cidades). No comando da grande nau surge o capitão George Pollard (Benjamin Walker), um sujeito ainda sem experiência que só ganhou o posto por causa de sua linhagem familiar pois faz parte de uma tradicional família de marinheiros notórios. Como seu primeiro imediato segue Owen Chase (Chris Hemsworth) que, bem ao contrário de seu capitão, tinha experiência de sobra em grandes viagens pelos oceanos. A diferença de visão entre eles será uma das principais forças dramáticas desse roteiro. Pois bem, o filme é extremamente bem feito, com excelentes efeitos especiais. A imensa baleia cachalote é toda produzida virtualmente, mas isso em momento algum atrapalha tendo em vista a qualidade técnica superior. 

O roteiro é claramente dividido em dois atos. O primeiro é realmente muito bom. Temos o começo da viagem, os primeiros problemas decorrentes da falta de experiência do capitão e o enfrentamento com a terrível criatura marítima. Tudo o que se poderia esperar de um filme como esse. Aventura e emoção nas doses exatas. O problema é que bem na metade da duração do filme começa o segundo e último ato, justamente quando os tripulantes do Essex já não podem mais contar com seu navio que naufragou. Eles assim ficam à deriva por semanas, tentando sobreviver a qualquer custo, em pequenos barcos - apelando inclusive para o canibalismo. Essa segunda parte do filme decai muito por ser arrastada e por não contar mais com cenas grandiosas como no começo da estória. Assim como os personagens vão se arrastando para saírem vivos daquela situação o próprio filme fica igualmente arrastado. Pitadas de tédio e monotonia vão surgindo nas cenas repetitivas, o que para um filme como esse é quase fatal. O diretor Ron Howard assim não soube dividir direito seu enredo, tropeçando em inúmeros problemas de ritmo em seu desfecho. Mesmo com esse pequeno deslize eu ainda recomendo o filme pelo que ele tem de melhor: o velho charme nostálgico das antigas produções da Hollywood clássica. Sob esse ponto de vista as eventuais falhas acabam ficando em segundo plano.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de novembro de 2015

Vingadores: Era de Ultron

O filme já começa com uma grande batalha envolvendo os Vingadores. Eles estão tentando tomar posse de uma pedra, uma jóia do universo, que estava sob domínio de Loki, irmão de Thor. Após conseguirem finalmente colocar as mãos nela Tony Stark (Robert Downey Jr) resolve usar JARVIS para analisar do que se trataria realmente o misterioso artefato. Chega-se a conclusão que seria uma espécie avançada de inteligência artificial. O problema é que essa criatura que se denomina Ultron começa a ganhar poder e força. Após subjugar JARVIS ele finalmente se espalha pelo mundo virtual, usando para isso a Internet. Virtualmente impossível de ser capturado Ultron começa a desenvolver seu objetivo maior: trazer paz para a Terra. Em sua forma de pensar porém isso só será alcançado com o fim da humanidade e a criação de uma nova raça de seres superiores sem os defeitos, erros e incoerências do ser humano. Para evitar que a espécie humana seja extinta os Vingadores se unem para destruir essa perigosa ameaça ao planeta. Segundo filme da Marvel a explorar os Vingadores no cinema. Como era de esperar nessa era de grande sucesso de personagens de quadrinhos no cinema, esse segundo filme dos Vingadores se tornou um grande campeão de bilheteria. Em pouco tempo a produção alcançou o posto de sexta maior bilheteria da história do cinema com 1.32 bilhão de dólares arrecadados. É muito dinheiro realmente. Não existe atualmente nenhum outro gênero cinematográfico que tenha tanto potencial de renda. Deixando um pouco de lado esse aspecto puramente comercial temos que reconhecer que o filme como diversão e produto da cultura pop é bem eficiente. Não é uma obra de arte nem tampouco uma obra prima, mas diverte bastante. O roteirista e diretor Joss Whedon resolveu de forma inteligente não complicar algo que no fundo é até bem simples. Usando os próprios quadrinhos como referência absoluta ele escreveu um enredo que se assemelha e muito a um arco narrativo do próprio universo das revistas dos heróis Marvel. Ponto positivo, sem dúvida. De quebra explorou ainda vários detalhes do mundo dos quadrinhos na tela, como por exemplo, a Hulkbuster, uma roupa especial usada pelo Homem de Ferro para enfrentar o Hulk no mano a mano. Essa cena de luta aliás é uma das melhores sequências do filme.

Sem a necessidade, muitas vezes enfadonha, de ter que sair apresentando personagem por personagem, o roteiro teve liberdade para contar um enredo com um melhor ritmo, sem se preocupar com bobagens desnecessárias. Além disso há um ótimo vilão em cena, o Ultron. Logo que ele começou a declamar suas falas em cena eu reconheci imediatamente aquela forma singular de falar. Não poderia ser outro ator a dublar que não fosse o ótimo James Spader. A sensação inconsciente que tive foi que aquele robô havia incorporado o personagem Raymond 'Red' Reddington da série "The Blacklist". O mesmo sentimento, a mesma maneira de se expressar. Até mesmo os técnicos de efeitos especiais se empenharam em trazer os trejeitos de Spader para aquela máquina. Sinceramente essa foi para mim a melhor coisa de todo o filme. Simplesmente impagável. Em relação aos demais Vingadores temos que reconhecer que aquele velho problema de filmes com muitos protagonistas se repete aqui. Há muitos heróis para explorar ao mesmo tempo, com isso todos eles acabam sendo mal aproveitados de uma forma ou outra. No fundo a ideia de uma equipe de super heróis só funciona mesmo nas cenas de ação quando eles se unem para combater o mal, aqui corporificado em um exército de robôs controlados remotamente por Ultron. Confesso que em relação a essas mesmas máquinas não senti muita credibilidade nos efeitos digitais. Eles não reagem à gravidade, não parecem ter massa ou peso algum e deixam a sensação que estamos vendo um videogame. Em um aspecto que não poderia haver falhas o filme realmente apresenta esse defeito. Os efeitos não são tão perfeitos como era de se esperar. Para os apaixonados por quadrinhos porém isso tem pouca importância. Eles querem mesmo é ver seus personagem preferidos em carne e osso, aqui com o bônus de encontrarem pela primeira vez uma nova galeria de heróis formado por personagens como Visão, Feiticeira Escarlate e Mercúrio. Provavelmente a Marvel vá aproveitar cada um deles em futuros filmes ou séries, afinal de contas se há algo lucrativo hoje em dia no mundo do cinema essa é a adaptação de quadrinhos em série para a sétima arte. Assim deixo a recomendação, mesmo que você não seja um leitor dessas histórias a diversão certamente estará garantida.

Vingadores: Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron, Estados Unidos, 2015) Direção: Joss Whedon / Roteiro: Joss Whedon, baseado nos personagens criados por Stan Lee e Jack Kirby / Elenco: Robert Downey Jr., James Spader, Chris Evans, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Chris Hemsworth, Samuel L. Jackson, Don Cheadle, Elizabeth Olsen, Paul Bettany / Sinopse: Um novo vilão chamado Ultron (James Spader) decide destruir a humanidade para em seu lugar recomeçar a história da Terra com uma nova raça de seres evoluídos, inteligentes e racionais. Para evitar que seus planos sejam levados em frente um grupo de super-heróis que se denomina de Vingadores resolve combater essa nova ameaça. Filme indicado a vários prêmios do Australian Film Institute, Golden Trailer Awards e Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Amanhecer Violento

Título no Brasil: Amanhecer Violento
Título Original: Red Dawn
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Dan Bradley
Roteiro: Carl Ellsworth, Jeremy Passmore
Elenco: Chris Hemsworth, Isabel Lucas, Josh Hutcherson

Sinopse:
Um grupo de jovens decide enfrentar ele mesmo uma invasão estrangeira em sua cidade natal nos Estados Unidos. Com a galera armada até os dentes eles esperam pelas tropas inimigas para um confronto final e sanguinário. Remake do famoso filme da década de 1980. Vencedor do People's Choice Awards na categoria "Melhor Filme de Ação do Ano". Indicado ao Framboesa de Ouro na categoria "Pior Remake". Indicado ao Teen Choice Awards na categoria Melhor Ator (Chris Hemsworth).

Comentários:
Quem viveu os anos 80 certamente se lembra de "Amanhecer Violento", filme bem meia boca que procurava tirar partido de um elenco jovem e popular entre os adolescentes para faturar uma grana fácil. Pois bem, era aquele típico filme que passava anos pegando poeira nas locadoras da vida. Tudo bem, era fruto de uma época certamente, então quando você pensa que a crise de criatividade em Hollywood chegou ao fundo do poço eles te surpreendem retirando do esquecimento até mesmo as mais banais fitas do passado. A ideia de reunir atores jovens e bonitões enfrentando estrangeiros malvados parece que ainda atrai a atenção dos produtores. Eis então esse remake, feito em cima do mesmo argumento de antes. Tudo bem, na Guerra Fria isso ainda tinha algum sentido (não muita, mas vá lá) mas se deparar com algo assim nos dias de hoje?! Ficou sem noção nenhuma. Ok, tem algumas boas cenas de ação - até bem realizadas - mas no geral segue a sina do filme original, bem meia boca e completamente descartável. Só agradará mesmo as adolescentes na faixa de 13 a 15 anos que ainda acreditam em príncipes encantados.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Thor - O Mundo Sombrio

Título no Brasil: Thor - O Mundo Sombrio
Título Original: Thor - The Dark World
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios, Walt Disney Studios
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Christopher Yost, Christopher Markus
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston

Sinopse:
Milhares de anos atrás, uma raça de seres poderosos tentou mergulhar o universo em profundas e eternas trevas, usando uma arma mortal. Os Deuses de Asgard conseguiram deter a ameaça. O líder Malekith porém conseguiu escapar para um dia retornar para sua vingança. Agora Thor (Chris Hemsworth) deverá enfrentar novamente essa terrível ameaça contra a humanidade. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas seguintes categorias: Melhor Filme adaptado de Quadrinhos, Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hiddleston), Melhor Figurino, Melhores Efeitos Especiais e Maquiagem.

Comentários:
Ao custo de 170 milhões de dólares esse segundo filme com o personagem Thor acabou se saindo bem melhor do que o primeiro. Talvez a grande diferença venha do fato da Marvel ter trazido um roteirista de HQs, Christopher Yost, para escrever o texto final da produção. Decisão acertada pois assim o filme acabou agradando tanto ao público que não lê muito os quadrinhos como os fãs desse estilo de linguagem. O ator Chris Hemsworth também se mostra mais à vontade no papel de Thor, ao contrário do que deixou transparecer de certa forma no primeiro filme. A insegurança e o nervosismo que eram naturais na primeira aparição aqui deram lugar a mais confiança em sua atuação. O enredo também se mostra muito bom, bem bolado e fiel ao personagem Thor dos quadrinhos, um dos mais interessantes heróis da galeria Marvel. Com tantas peças encaixadas bem, não é de se admirar que o filme tenha conseguido bastante êxito tanto do ponto de vista comercial como pelas boas reações da crítica especializada. O único "porém" de tudo foi o pouco aproveitamento da atriz Natalie Portman em cena, pois esse é um típico caso de intérprete bem maior do que seu personagem. Premiada e aclamada por seu grande talento dramático, Portman não tem muito o que fazer a não ser correr pra lá e pra cá. Esse filme a desperdiça completamente. Talvez ela só esteja no elenco para colher os frutos do imenso sucesso comercial da fita, pois em termos de adição de algo a mais em seu currículo como atriz dramática, não há mesmo nada de muito relevante.

Pablo Aluísio.

 

domingo, 20 de julho de 2014

Rush - No Limite da Emoção

Título no Brasil: Rush - No Limite da Emoção
Título Original: Rush
Ano de Produção: 2013
País: Inglaterra, Alemanha
Estúdio:  Imagine Entertainment
Direção: Ron Howard
Roteiro: Peter Morgan
Elenco: Daniel Brühl, Chris Hemsworth, Olivia Wilde, Alexandra Maria Lara 

Sinopse:
O enredo narra a histórica rivalidade entre dois famosos pilotos de Fórmula 1, o austríaco Niki Lauda (Daniel Brühl) e o britânico James Hunt (Chris Hemsworth). Lauda, considerado um piloto frio, calculista e muito sério na busca de seus objetivos, precisa superar seu maior rival, Hunt, um bon vivant, mulherengo, ousado e arrojado, tanto dentro como fora das pistas. Do duelo entre esses dois campeões nasceu uma amizade marcada pela competição nas pistas ao redor do mundo e pela admiração mútua. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Ator Coadjuvante (Daniel Brühl). Vencedor do BAFTA Awards na categoria Melhor Edição.

Comentários:
Gostei bastante de "Rush", um caso raro de filme sobre o circo da Fórmula 1 que é realmente bom e não apela para bobagens - como aquele terrível filme com Stallone. O fato de ter sido inspirado em uma história real certamente ajuda na beleza da produção, nos lances dramáticos dessa briga entre dois grandes e históricos astros da Fórmula 1, dois esportistas que eram completamente diferentes entre si. A única semelhança era a incrível vontade de vencer o campeonato mundial. O filme me soou particularmente próximo porque cheguei a acompanhar parte da carreira de Niki Lauda. Impossível não reparar em sua incrível força de vontade, mesmo após sofrer um terrível acidente em que ficou literalmente dentro de um carro em chamas na pista. Mesmo com várias partes do corpo com queimaduras graves e o rosto desfigurado, ainda teve a garra de voltar às pistas para disputar até o fim o marcante campeonato de 1976. É justamente durante essa competição, que ficou marcada na história pela acirrada disputa ponto a ponto, que o enredo se desenvolve. O filme tem ótima edição de imagens e prefere apostar mais nas competições em si do que exagerar no melodrama do acidente de Lauda - o que fez muito bem. O saldo final é de fato acima da média, uma produção que nos faz lembrar dos bons e velhos tempos da Fórmula 1.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Thor - O Mundo Sombrio

Título no Brasil: Thor - O Mundo Sombrio
Título Original: Thor - The Dark World
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Christopher Yost, Christopher Markus
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Anthony Hopkins, Tom Hiddleston, Stellan Skarsgård, Christopher Eccleston 

Sinopse:
Após os eventos do primeiro filme, Thor (Chris Hemsworth) precisa trazer novamente paz para os nove reinos. Seu irmão Loki (Tom Hiddleston) vai para a prisão e Odin (Anthony Hopkins) decide que fará de Thor o seu próximo Rei. O que todos não percebem é que a agora pacificada Askart está prestes a ser invadida por poderosas forças do mal, entidades milenares que desejam levar todo o universo de volta para a era das sombras.

Comentários:
E a Marvel segue sua trilha de grandes sucessos de bilheteria. Agora é a vez da sequência do personagem Thor, uma adaptação da velha mitologia viking para os dias de hoje pelas mãos do talentoso Stan Lee. Certamente é um tipo de filme que exige uma produção mais requintada do que a dos demais personagens Marvel, isso em razão do fato de Thor viver a maior parte do tempo em seu próprio universo, Askart, e isso significar obviamente ter uma direção de arte própria, com figurinos luxuosos e tudo mais. Assim como aconteceu com a sequência do Capitão América, essa segunda aventura de Thor se mostrou mais bem realizada e com roteiro muito mais redondinho do que o primeiro filme da franquia. Os atores do  filme original retornaram e a trama flui com mais naturalidade. Além disso, como convém a todo bom filme de super-herói, esse aqui conta com vilões bem interessantes, bacanas mesmo, entre eles o tal de Malekith (Christopher Eccleston), que deseja levar o universo de volta às sombras eternas. Chris Hemsworth continua o mesmo bombadão de sempre, um ator não muito expressivo, mas que pelo menos não compromete. Já Natalie Portman não me convenceu muito. Surge abatida, envelhecida (e o problema não é do seu personagem). Parece que a Portman é daquelas mulheres que não se dão muito bem com a maternidade, perdendo um pouco de sua beleza estética após terem filhos. Isso até seria normal, pena que ela própria não parece lá muito empolgada pelo material. Provavelmente retornou ao seu papel apenas por causa do cachê milionário, até porque convenhamos esse tipo de personagem não deve significar muito para ela, principalmente depois de se consagrar em cena no filme "Cisne Negro". Mas isso é de menor importância pois no final "Thor - The Dark World" cumpre aquilo que prometeu, diversão escapista para fãs de personagens em quadrinhos.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os Vingadores

É o sonho realizado de todo fã das histórias em quadrinhos da Marvel. Unir todos os seus principais personagens em apenas um filme. Até porque se deu certo no próprio universo dos gibis não seria diferente em sua adaptação para as telas. De fato o filme é muito bem realizado, divertido, com roteiro esperto que não tenta ser o que não é, além de manter bem nítido e vivo o espírito da obra original. Não é pretensioso, não é metido a ser intelectual e nem tenta reinventar a roda. “Os Vingadores” é assim um bom comic filmado. Quando o projeto foi anunciado a primeira coisa que pensei foi que seria muito complicado dar conta de tantos personagens em um só filme de forma que não ficasse cada um deles vazio e disperso. O filme tenta contornar isso mantendo um ritmo ágil, tentando mostrar um pouquinho de cada um deles, criando cenas em que suas personalidades apareçam no filme. Alguns com mais destaque e outros com menos. Para enfrentar tantos super-heróis de uma vez só o argumento obviamente pedia um super-vilão, ou uma reunião de todos eles. O caminho encontrado foi destacar o velho e bom Loki (Tom Hiddleston) do universo de Thor (Chris Hemsworth) que se une a uma raça alienígena para dominar o planeta Terra. Embora essa coisa de “dominar o mundo” seja meio démodé até que funciona bem aqui. O importante ao espectador é aproveitar a pipoca enquanto vai se divertindo com os acontecimentos na tela, tudo sem muita pretensão pois se formos pensar muito a diversão acaba sendo estragada.

Na luta para ganhar espaço entre tantos personagens queria destacar apenas um detalhe que achei importante. O roteiro abriu espaço demais para dois personagens que em si são secundários demais dentro desse universo da Marvel. Em minha opinião foi dado tempo demais para a Viúva Negra (Scarlett Johansson) e o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Como esses dois atores tem maior status em Hollywood do que alguns dos que interpretaram os demais heróis o roteiro se preocupou demais em criar uma base para ambos. Suas cenas são chatas e demasiadamente longas. Certamente o mais prejudicado de todos eles foi o Capitão América (Chris Evans), que surge sem maior importância no meio de tudo o que vemos na tela. Talvez se o Chris Evans tivesse um agente melhor do que a Scarlett as coisas teriam sido melhores para o filme em geral. Enfim é isso. “Os Vingadores” é um produto puramente pop, feito para fãs dos gibis que já ganharam há muito tempo seu próprio espaço na cultura ocidental. É uma produção que só pode ser encarada como diversão descompromissada mesmo. Aliás esse aspecto despretensioso é a melhor coisa do filme. Seu sucesso de bilheteria estrondoso já garante futuras aventuras com o grupo – isso inclusive está bem claro no final aberto da produção. Agora só nos resta esperar por mais aventuras desses personagens tão carismáticos e tão caros para a nossa cultura pop.

Os Vingadores (The Avengers, Estados Unidos, 2012) Direção: Joss Whedon / Roteiro: Joss Whedon / Elenco: Robert Downey Jr, Chris Evans, Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Scarlett Johansson, Samuel L. Jackson, Jeremy Renner, Stellan Skarsgård, Cobie Smulders, Gwyneth Paltrow, Tom Hiddleston / Sinopse: Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johanson) e Nick Fury (Samuel L. Jackson) se unem para salvar a Terra de uma invasão de um poderoso exército alienígena comandado pelo vilão Loki  (Tom Hiddleston).

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de setembro de 2012

Branca de Neve e o Caçador

A indústria americana de cinema ás vezes é tão sem imaginação. Bastou a adaptação de Alice dirigida por Tim Burton fazer sucesso para os estúdios ressuscitarem antigos contos de fadas para tentar faturar a mesma bilheteria. É o caso desse "Branca de Neve e o Caçador" que tenta não apenas seguir os passos do filme da Disney como também plagiar outro grande sucesso recente, a trilogia "O Senhor dos Anéis". Para completar o oportunismo latente ainda escalaram a atriz sensação do momento, Kristen Stewart. Analisando por partes: O filme de Tim Burton que iniciou essa corrida aos contos de fadas pelos estúdios já era fraco demais. Fez sucesso absurdo (1 bilhão de dólares em bilheteria!) porque afinal era uma novidade e os estúdios Disney investiram rios de dinheiro em marketing e publicidade, tudo amparado por cima da idéia da suposta genialidade do cineasta! Depois desse sucesso todo começou as adaptações infelizes, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida e a própria Branca de Neve (que deu origem a um filme horrendo com Julia Roberts) vieram no rastro de oportunismo caça níqueis. 

Não satisfeitos com os resultados ruins de todos esse filmes ainda tentaram mais uma vez com esse "Branca de Neve e o Caçador". Será que agora deu certo? Não. Aqui copiaram praticamente toda a direção de arte de "O Senhor dos Anéis" para tentar fisgar o público. Cenas abertas de paisagens lindas, monstros que mais parecem árvores centenárias, tudo está lá, devidamente plagiado. Por fim tiveram a péssima idéia de escalar Kristen Stewart para fazer o papel de Branca de Neve. Essa atriz que fez sucesso na saga teen vampiresca "Crepúsculo" até agora não conseguiu acertar - tal como seu companheiro Robert Pattinson que também não consegue fazer sucesso fora do universo daquela franquia. Kristen é completamente inadequada para o papel da princesa Branca de Neve. Com a boca constantemente aberta, olhar perdido no horizonte ela falha seguidamente. Na hora de mostrar qualquer tipo de emoção o desastre é evidente e constrangedor! Também não consegue ser bonita suficiente para encarnar uma personagem que é dita como a "mais bela do mundo". Nem consegue chegar aos pés de sua rival Charlize Theron em cena. Pra falar a verdade a Kristen é esquisita, tem um ar doentio e nada belo. Um enorme erro de escalação de elenco! Pior é que ela se envolveu com o diretor do filme, um tiozão casado e com filhos, traindo seu namorado e jogando toda a produção em um vexame público que fez a festa dos tablóides sensacionalistas. De princesa passou para a imagem de barraqueira, infiel e traidora alheia. Péssimo exemplo para essa juventude perdida que está aí. Um desastre essa moça sinceramente. No final das contas as duas únicas coisas que se salvam aqui são a bela direção de arte (derivativa mas bem feita e bonita) e a presença de Charlize Theron que parece conseguir sobreviver a tudo, até mesmo a esse equívoco épico. E que venha a adaptação dos Três Porquinhos agora... só espero que sem a Kristen para não estragar com tudo de novo!  

Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman, Estados Unidos, 2012) Diretor: Rupert Sanders / Roteiro: Hossein Amini, Evan Daugherty baseados no conto infantil "Schneewittchen" (Branca de Neve) de origem histórica que foi compilado pelos irmãos Grimm / Elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Toby Jones, Nick Frost, Ray Winstone, Sam Claflin, Bob Hoskins, Eddie Marsann, Lily Cole / Sinopse: A princesa Branca de Neve (Kristen Stewart) é aprisionada pela Rainha Má (Charlize Theron) mas consegue fugir de sua prisão na torre do Castelo para a Floresta Negra onde se torna amiga de Sete Anões e do Caçador (Chris Hemsworth). Juntos tentarão reaver a coroa imperial.  

Pablo Aluísio.

sábado, 18 de agosto de 2012

O Segredo da Cabana

Muito bizarro esse novo “The Cabin in the Woods”. Isso é o mínimo que eu posso dizer. O filme começa de forma muito convencional. Um grupo de jovens decide passar um fim de semana numa cabana localizada numa distante floresta. Bom, se você já assistiu a pelo menos um filme de terror na vida sabe que esse enredo não tem nada de original. Todos sabemos que os jovens estão ali só para serem trucidados, um por um, e que a floresta esconde um terrível e macabro segredo. Até aí realmente tudo mais do mesmo. Agora logo no começo da estória notamos que no meio desse argumento clichê há algo de diferente. Um grupo de executivos e funcionários do que parece ser uma empresa monitora tudo o que acontece na cabana com os jovens. Estranho não é mesmo? Eles se comportam como em toda corporação, batem papo, tomam cafezinho, contam piadas, enquanto isso o grupo na cabana é atacado por uma família de zumbis caipiras! Isso mesmo! Sentiu o tamanho da bizarrice? Mas isso, por mais incrível que possa parecer, é apenas o começo de tudo porque por trás de toda aquela situação está um contexto ainda mais bizarro, estranho e inacreditável. Uma realidade nada comum que não convém revelar aqui para não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu ao filme.

A verdade é a seguinte, quando tudo for revelado e explicado você poderá ter apenas duas reações possíveis: vai abrir um sorriso e adorar, achando tudo muito inventivo e bem bolado, diferente, além de extremamente fantasioso ou vai odiar e se sentir enganado por ter pensado tanto tempo estar assistindo a um tipo de filme para depois descobrir que não é bem aquilo que você pensava ser. “O Segredo da Cabana” é um filme bem radical nesse ponto. Particularmente acompanhei tudo com atenção e quando cheguei ao clímax da produção acabei me divertido pelo inusitado de tudo. A conclusão é um tanto absurda, mas boa ou ruim pelo menos é diferente do que estamos acostumados a assistir. A produção no final das contas mistura elementos de tudo o que você possa imaginar, fazendo um caldeirão gigante de cultura pop onde convive todo tipo de personagem, desde os antigos monstros da Universal até os bons e velhos zumbis comedores de carne humana. Eu vou recomendar o filme com certeza pois você, amando ou odiando o resultado final, pelo menos no final das contas vai assistir algo diferente – coisa que andava faltando nos filmes de terror recentes. Assista e (se possível) se divirta com tudo o que acontece na tela. Bizarro é pouco para definir.

O Segredo da Cabana (The Cabin in the Woods, Estados Unidos, 2011) Direção: Drew Goddard / Roteiro: Joss Whedon, Drew Goddard / Elenco: Sigourney Weaver, Kristen Connolly, Chris Hemsworth, Anna Hutchison / Sinopse: Um grupo de jovens decide passar o fim de semana em uma cabana isolada no meio de uma floresta. O que começa como pura diversão acaba virando um terrível ataque de monstros sedentos por sangue humano.

Pablo Aluísio.