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quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo

Título no Brasil: Rebel Moon - Parte 1: A Menina do Fogo
Título Original: Rebel Moon - Part One: A Child of Fire
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Kurt Johnstad
Elenco: Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Charlie Hunnam, Anthony Hopkins (narração), Ed Skrein, Michiel Huisman, 

Sinopse:
Uma poderosa nave de guerra espacial chega em um pequeno satélite de um planeta gasoso onde vive um pequeno grupo de pessoas simples, que vivem da agricultura e do que retiram da terra. Só que esses imperialistas violentos querem toda a sua produção, caso contrário os nativos daquele pequeno mundo serão eliminados sumariamente. Uma jovem então parte em busca de ajuda nos confins de sua galáxia. 

Comentários:
Esse filme é lixo reciclado de "Star Wars". O diretor Zack Snyder queria dirigir um dos próximos filmes da famosa franquia criada por George Lucas e escreveu esse roteiro meio às pressas. Apresentado na Disney, o estúdio recusou. Não os censuro. A coisa é ruim mesmo. Uma imitação mal feita de alguns grandes filmes do passado como "Os Sete Samurais" e seus derivados como "Sete Homens e um Destino" e até mesmo "Mercenários das Galáxias". Um grande cocktail batizado e estragado sem imaginação e sem originalidade. O roteiro tem tantos clichês batidos que poderíamos definir a história com uma única e simples palavra: Previsível. Tudo que acontece não vai lhe surpreender em nada. E esse excesso de computação gráfica também é algo enjoativo. Nada parece ser real ali em cenários, figurinos, ambientes, extras, etc. É tudo gerado por tecnologia digital. Filme feito em PC. Assim não dá mesmo para gostar de algo assim, nada original e totalmente fake! 

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de junho de 2023

O Inocente

Título no Brasil: O Inocente
Título Original: The Innocent
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: John Schlesinger
Roteiro: Ian McEwan
Elenco: Isabella Rossellini, Anthony Hopkins, Campbell Scott, Ronald Nitschke, Jeremy Sinden, Richard Durden

Sinopse:
Um jovem engenheiro é enviado para Berlim, após a Segunda Guerra Mundial, para ajudar os americanos a espionarem os russos. Em um tempo e lugar onde a discrição seria o segredo de sua sobrevivência, ele se apaixona por uma mulher misteriosa, o que o levará a um jogo perigoso e mortal.

Comentários:
Com o fim da guerra fria e a queda do muro de Berlim, Hollywood precisou reinventar seus filmes de espionagem. Um exemplo é esse filme dos anos 90 que, a despeito de algumas pequenas falhas, ainda se revela muito bom. O destaque principal vem do elenco. Anthony Hopkins, sempre um grande ator em cena, interpreta um personagem dúbio que ora pode ser alguém que está ajudando o protagonista, ora pode ser um traidor perigoso a serviço dos russos. Outro destaque vem na presença de Isabella Rossellini. Extremamente bonita e sedutora. O filme tem um roteiro interessantíssimo, que joga bem com os elementos dessa nova guerra fria. Russos e americanos nunca deixaram de lado seus interesses naquela região, principalmente em Berlim, que foi por anos dividido entre as duas grandes potências mundiais. O filme se revela ainda muito interessante e se sustenta por causa do roteiro inteligente e das ações que fecham essa trama intricada.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

O Fantástico Mundo do Dr. Kellogg

Você certamente achou o nome Kellogg familiar. Pois é, ele é provavelmente o nome de cereal que você consome todas as manhãs durante seu breakfast. O filme é sobre a história do criador de toda essa indústria, o Dr. John Harvey Kellogg (Anthony Hopkins). Ele era um sujeito estranho, para não dizer bizarro. Com jeitão de cientista maluco ele não tinha medo de criar as mais estranhas invenções. Casualmente acertou em cheio ao criar o famoso e popular cereal para crianças comerem no café da manhã, mas isso era apenas uma faceta de sua personalidade mais do que criativa (e sim, meio louca também). Para celebrar a biografia desse homem foi realizado esse curioso (e divertido) filme estrelado pelo mestre Anthony Hopkins. Aqui ele usou e abusou de uma maquiagem pesada para ficar parecido com o Kellogg da vida real. 

O roteiro não se propõe a ser uma comédia, como foi erroneamente vendido no Brasil, mas sim um filme normal que acima de tudo conta a história de um homem que poderia ser qualificado como tudo, menos como... normal! Com bonita direção de arte e produção classe A temos certamente um bom filme, valorizado ainda mais pelo personagem central, que muitos ainda hoje desconhecem completamente. Some-se a isso o fato de ter sido dirigido por Alan Parker, um dos meus cineastas preferidos, e você entenderá porque recomendo a produção sem reservas. 

O Fantástico Mundo do Dr. Kellogg (The Road to Wellville, EUA, 1994) Direção: Alan Parker / Roteiro: Alan Parker, baseado no livro escrito por T. Coraghessan Boyle / Elenco: Anthony Hopkins, Bridget Fonda, Matthew Broderick / Sinopse: Era uma vez um homem que revolucionou a indústria de alimentos nos Estudos Unidos. Filme indicado aos prêmios da Chicago Film Critics Association, British Society of Cinematographers e CFCA. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Chaplin

Outro filme que de certa maneira ficou pelo meio do caminho. Com produção milionária, direção do quase sempre ótimo Richard Attenborough e roteiro baseado na própria autobiografia de Charles Chaplin, o filme tinha a proposta de se tornar a cinebiografia definitiva desse mito imortal da sétima arte. Infelizmente isso não aconteceu. O que afinal deu errado? Em minha forma de ver a vida de Charles Chaplin é tão rica e importante do ponto de vista cultural e social, que nenhum filme produzido poderia dar conta de explorar todo esse universo tão amplo e complexo. Talvez apenas uma longa série conseguiria mostrar toda a importância de Chaplin no mundo, tanto em termos culturais como políticos. Um artista incomparável que teve uma vida longa, com muitas fases criativas diversas. Assim o filme acabou se tornando quase um trailer do que efetivamente foi a existência desse homem único.

Não achei a atuação de Robert Downey Jr tão sem brilho como muitos disseram no lançamento do filme. Na verdade o Chaplin de Downey Jr em muito se assemelhou ao verdadeiro Chaplin, um homem que a despeito de ser um gênio do cinema, tinha muitos problemas interiores, psicológicos e pessoais, para resolver. Ele era dono de uma alma em eterno conflito consigo mesmo. Vindo de uma infância miserável, cheia de privações, o ator e diretor conseguiu vencer com seu próprio talento e esforço, sendo arremessado quase que imediatamente a uma carreira de muito sucesso e luxo, o que de certa maneira o deixava culpado pela ostentação em que vivia. Assim saiu de cena o adorável Carlitos com sua pequena bengala para surgir uma pessoa angustiada, deprimida e muito ciente de sua importância para milhões de pessoas ao redor do mundo.Nesse ponto o roteiro realmente acertou em cheio, mesmo que tenha sido uma surpresa e tanto para o espectador médio encontrar um protagonista tão famoso, aclamado e adorado agindo dessa maneira. Talvez o grande erro tenha sido mesmo a ambição fora de propósito dos produtores pois vamos convir que filme nenhum, em época alguma, conseguirá capturar a essência desse artista simplesmente genial. Diante de tudo a conclusão é óbvia: Chaplin foi grandioso demais para caber em um só filme!

Chaplin (Chaplin, Estados Unidos, 1992) Direção: Richard Attenborough / Roteiro: David Robinson / Elenco: Robert Downey Jr., Geraldine Chaplin, Anthony Hopkins, Dan Aykroyd, Marisa Tomei, Penelope Ann Miller, Kevin Kline, Milla Jovovich, Diane Lane / Sinopse: O filme se propõe a ser uma cinebiografia do ator e diretor Charles Chaplin, desde os seus primeiros anos, passando pelo sucesso em Hollywood na era do cinema mudo, chegando até seus anos finais, na velhice. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Robert Downey Jr).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

A Grande Ilusão

Esse filme é bem interessante pois no fundo é uma crítica contra políticos populistas. O personagem principal interpretado pelo ator Sean Penn é um sujeito que entra na vida pública como tesoureiro da cidade onde mora. E nesse cargo presencia todo tipo de corrupção e roubo com o erário público. Então incentivado por outros decide entrar para a política, se candidatando a governador. No começo ele recebe o apoio de tipos que querem apenas manipular sua candidatura.

Nessa primeira fase de campanha eleitoral ele adota um discurso mais técnico, mostrando os desvios do tesouro público. Não dá muito certo, as pessoas nem entendem o que ele está falando. Então decide mudar de postura. Adota um discurso raivoso, populista, radical, se colocando ao lado do povo, se auto declarando um caipira, com o lema de que "caipira vota em caipira". Acaba dando certo e uma vez eleito ele se torna um político corrupto, cheio de esquemas por baixo do pano. Justamente o que ele mais criticava na campanha.

Um magistrado, interpretado por Anthony Hopkins, começa a critica-lo, dando o pontapé inicial de um impeachment e o governador decide então contratar um jornalista para descobrir os podres do juiz. Jogo sujo, baixo, barato. Embora o personagem de Sean Penn seja de mera ficção, ele foi inspirado em um político real chamado Huey Long, que foi governador da Louisiana, estado do sul dos Estados Unidos, durante a década de 1930. Como eu escrevi no começo desse texto o filme é uma grande crítica contra políticos populistas. Um tipo de escroque que ainda segue enganando o povo, mesmo nos dias atuais.

A Grande Ilusão (All the King's Men, Estados Unidos, 2006) Direção: Steven Zaillian / Roteiro: Steven Zaillian, Robert Penn Warren / Elenco: Sean Penn, Jude Law, Anthony Hopkins, Kate Winslet, Mark Ruffalo, James Gandolfini / Sinopse: O filme conta a história do político Willie Stark (Sean Penn). Populista, corrupto e mentiroso, ele engana seus eleitores, se tornando governador da Louisiana durante a década de 1950.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

O Homem Elefante

Título no Brasil: O Homem Elefante
Título Original: The Elephant Man
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Brooksfilms
Direção: David Lynch
Roteiro: Christopher De Vore, Eric Bergren
Elenco: Anthony Hopkins, John Hurt, Anne Bancroft, John Gielgud, Helen Ryan, John Standing

Sinopse:
John Merrick (Hurt) nasceu com diversos problemas de formação. Sua aparência fora dos padrões o levou a ser isolado em um circo de aberrações onde passa a ser exibido como um monstro. O Dr. Frederick Treves (Anthony Hopkins) decide resgatá-lo daquela situação desumana. Filme indicado a 6 categorias no Oscar, entre elas melhor filme, melhor direção (David Lynch) e melhor ator (John Hurt).

Comentários:
Esse filme é realmente espetacular! Conta a história real de um inglês que durante a era vitoriana nasceu com uma síndrome rara, que lhe causou diferenças e anomalias em seu organismo e em sua aparência. Dito como um "monstro" ele ficou por anos sendo exibido em um daqueles circos de aberrações. Uma coisa tenebrosa em todos os sentidos. Isso durou até o ponto em que um médico se interessou pelo seu caso. O tirou do circo e procurou restaurar sua dignidade como homem e como ser humano. Esse filme me impactou fortemente quando o assisti. A história tem uma força impossível de se medir. Quem assiste fica com ele na mente por muitos anos. O roteiro, primoroso, mostra o pior e o melhor lado da humanidade. O pior se concretiza nas pessoas que o exploraram por anos e anos. O melhor vem na figura do doutor, brilhantemente interpretado por Anthony Hopkins, que o retira daquele circo de horrores para o resgatar de volta à vida, o tratando finalmente como o ser humano que sempre foi. E por baixo daquela aparência assustadora surgiu um homem culto, sensível, inteligente e muito interessante para todos os que tiveram a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. O fato do filme ter sido rodado com fotografia em preto e branco o tornou ainda mais denso e marcante. Em suma, um dos filmes mais humanos e fortes que assisti em toda a minha vida. Uma verdadeira obra de arte da sétima arte.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Meu Pai

O drama "Meu Pai" conta a história de Anthony (Anthony Hopkins), um senhor idoso que tem uma única filha. Ele passa a enfrentar problemas de sua idade, como o esquecimento, o embaralhamento das situações cotidianas, o desconhecimento de pessoas próximas. E para piorar a filha está saturada emocionalmente dessa situação e planeja ir morar em outro país. Seu marido também concorda que é precisa internar o pai de sua esposa em uma instituição adequada, em um asilo ou casa de repouso pois a carga emocional de se lidar com uma pessoa idosa nessas condições é algo muito pesado em seu ponto de vista.

Filme maravilhoso! O roteiro procura colocar o espectador sob o ponto de vista de uma pessoa idosa que está sofrendo dos efeitos do envelhecimento sobre a mente humana. Assim as coisas começam a ficar confusas. O portador desse tipo de enfermidade não consegue mais se lembrar das coisas, confunde as pessoas, até mesmo as que vivem ao seu lado, perde a noção de espaço e tempo. Não consegue nem mesmo se lembrar das cuidadoras que vão passando por sua vida. Foi um dos roteiros mais primorosos que vi nos últimos tempos. Simplesmente genial.

Além disso o filme conta com um trabalho de atuação de Anthony Hopkins que merece todos os nossos aplausos. Vou colocar a questão nos seguintes termos: se ele não vencer o Oscar de melhor ator nesse ano será uma das maiores injustiças da história da Academia. Anthony Hopkins passeia com sublime interpretação nas diversas fases pelas quais pessoas idosas em sua idade vivenciam. Ora tenta se mostrar firme e ciente de si, ora percebe que está perdendo o controle, sem saber direito o que se passa ao seu redor. No final expõe toda a sua fragilidade emocional ao se lembrar de sua mãe, falecida há décadas. Um filme que realmente emociona. Muito humano e bem realizado é certamente um dos grandes filmes desse ano. Merece todos os elogios.

Meu Pai (The Father, Inglaterra, França, 2020) Estúdio: Trademark Films / Direção: Florian Zeller / Roteiro: Christopher Hampton, Florian Zeller / Elenco: Anthony Hopkins, Olivia Colman, Imogen Poots, Rufus Sewell, Mark Gatiss, Olivia Williams / Sinopse: O filme mostra a vida de uma filha que precisa lidar com o pai que está sofrendo sérios sintomas de demência causada por sua idade avançada. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor ator (Anthony Hopkins), melhor roteiro adaptado, melhor atrix coadjuvante (Olivia Colman), melhor edição (Yorgos Lamprinos) e melhor design de produção (Peter Francis, Cathy Featherstone).

Pablo Aluísio.

Um Sonho Dentro de um Sonho

Título no Brasil: Um Sonho Dentro de um Sonho
Título Original: Slipstream
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Strand Releasing, Destination Films
Direção: Anthony Hopkins
Roteiro: Anthony Hopkins
Elenco: Anthony Hopkins, Stella Hopkins, Christian Slater, John Turturro, Michael Clarke Duncan, Camryn Manheim

Sinopse:
O veterano roteirista Felix Bonhoeffer (Anthony Hopkins) começa a viver estranhas experiências enquanto trabalha em seu novo roteiro para o cinema, um filme de suspense e assassinatos. De repente seus personagens começam a surgir em seu mundo real, causando perplexidade em sua mente. Estaria enlouquecendo?

Comentários:
O que fazer depois de ser considerado um dos melhores atores de sua geração, ou melhor dizendo, o melhor ator ainda vivo atuando no cinema? Para Anthony Hopkins a resposta para esse tipo de questão veio em um desafio novo na sua carreira, dirigir um filme e escrever o seu próprio roteiro. "Um Sonho Dentro de um Sonho" não deixa de ser um filme interessante, só não espere por uma história linear que faça muito sentido. Na realidade o que temos aqui são cenas mais ou menos avulsas que privilegiam a noção de sensações, ao invés de procurar por uma narrativa convencional. Muitas vezes títulos nacionais de filmes estrangeiros são péssimos, mas no caso aqui o nome do filme no Brasil captou perfeitamente o espírito da película, pois o que temos é justamente isso mesmo, sonhos que dão origem a outros sonhos e por aí vai, ao infinito. Não procure por lógica, procure apenas sentir esse exercício de experimentalismo cinematográfico de autoria do grande e talentoso ator Anthony Hopkins.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

360

Título no Brasil: 360
Título Original: 360
Ano de Produção: 2011
País: Inglaterra, França, Brasil
Estúdio: BBC Films
Direção: Fernando Meirelles
Roteiro: Peter Morgan
Elenco: Jude Law, Anthony Hopkins, Ben Foster, Maria Flor, Rachel Weisz, Vladimir Vdovichenkov

Sinopse:
Vários histórias, envolvendo pessoas diversas, das mais distantes partes do mundo, se entrelaçam, mostrando que cada uma delas está ligada às demais, mesmo que isso não seja tão aparente como muitos poderiam pensar. Filme indicado no London Film Festival na categoria de melhor direção (Fernando Meirelles).

Comentários:
Esse filme do diretor brasileiro Fernando Meirelles me fez lembrar até mesmo dos filmes antigos de Robert Altman. A estrutura do roteiro segue a mesma linha. É no estilo mosaico, com vários personagens vivendo suas próprias vidas sem se darem conta que todos estão ligados entre si, de uma forma ou outra. Assim temos uma verdadeira galeria de personagens diferentes. Jude Law interpreta o executivo que mesmo casado com uma bela mulher, procura por encontros com prostitutas que encontrou na internet. Anthony Hopkins dá vida ao pai que embarca numa viagem da Inglaterra aos Estados Unidos em busca de sua filha desaparecida. A polícia de Phoenix encontrou um corpo carbonizado, não identificado de uma mulher inglesa que pode ser sua filha. Ele então parte para reconhecer o corpo. Ben Foster é o maníaco sexual que acabou de sair da cadeia, está voltando para casa e precisa de todas as formas conter seus impulsos criminosos. Além disso há um capanga da máfia russa que pensa em cair fora de seu "ramo de trabalho". Há ainda uma jovem brasileira, cansada das traições de seu namorado francês. Enfim, várias histórias circulando, todas interessantes. Um bom filme para quem aprecia esse tipo de roteiro mais fragmentado.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Rei Lear

Título no Brasil: Rei Lear
Título Original: King Lear
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Playground Entertainment
Direção: Richard Eyre
Roteiro: Richard Eyre
Elenco: Anthony Hopkins, Emma Thompson, Jim Carter, Emily Watson, John Macmillan, Florence Pugh

Sinopse:
Com roteiro baseado na obra de William Shakespeare, o filme "Rei Lear" conta a história de um velho mornarca que ao chegar ao final de sua vida precisa lidar com a perda de sua sanidade e as inúmeras traições, que partem inclusive de suas próprias filhas e seus maridos. Todos desejam a morte do abatido Rei. Filme indicado ao Primetime Emmy Awards.

Comentários:
William Shakespeare escreveu Rei Lear em 1606. Desde a primeira apresentação essa peça já foi considerada uma verdadeira obra-prima do autor. E realmente era, um verdadeiro clássico da dramaturgia. O Rei Lear era de certa forma um símbolo de muitos reis ingleses, homens poderosos que ficavam reinando até mesmo em uma idade em que já deveriam ter sido afastados. A idade avançada, a loucura, a destruição de familiares, de membros da corte, tudo acabava levando a um reinado de terror e violência. Eu sempre considerei essa uma das minhas peças preferidas de Shakespeare e quando esse filme foi anunciado, trazendo Anthony Hopkins como Rei Lear, fiquei realmente empolgado. Porém devo confessar que erraram em um aspecto crucial nessa adaptação. Ao invés de mostrar uma corte real do século XVII, tal como foi concebida por Shakespeare, os produtores decidiram trazer a trama para os dias atuais, com soldados vestidos com os uniformes do exército britânico atual, carros, tecnologia... sinceramente, perdeu-se aí mais da metade do encanto nessa transposição para as telas. Penso que Shakespeare deve semore ser adaptado respeitando o contexto histórico em que as histórias se passam. Tentar modernizar, mantendo o texto original, em linguagem culta e rebuscada, só transforma tudo em algo artificial, complicado de digerir. O elenco está excepcionalmente bem, mas isso eu já esperava por conta dos nomes envolvidos. O que estragou mesmo foi a péssima ideal de trazer tudo para os dias atuais. Esse aspecto definitivamente não me agradou.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Em Má Companhia

Título no Brasil: Em Má Companhia
Título Original: Bad Company
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Gary M. Goodman, David Himmelstein
Elenco: Anthony Hopkins, Chris Rock, Peter Stormare, Gabriel Macht, Kerry Washington, Adoni Maropis

Sinopse:
Um agente da CIA, a agência central de inteligência do governo americano, é assassinado em uma missão que envolvia armas nucleares. Sem ter outra opção seu irmão gêmeo é recrutado para tomar seu lugar, só que ele tem a personalidade completamente diferente da do irmão, gerando muitas confusões no mundo dos espiões internacionais.

Comentários:
Eu não gostei desse filme. Veja, eu sou fã número 1 do ator Anthony Hopkins. Tiro meu chapéu para seu talento, que na minha opinião, é um dos maiores que existem hoje no mundo do cinema. Porém, ele também tem um grave defeito, que é o de não saber escolher sempre, de forma precisa, os melhores filmes em que vai atuar. Uma de suas más escolhas foi aceitar o convite do produtor Jerry Bruckheimer para trabalhar nesse filme. Bruckheimer faz parte de outra linha da indústria cinematográfica. Se Hopkins é o ator dos dramas, dos grandes filmes, dos excelentes elencos e atuações, Bruckheimer é o homem por trás de filmes de pura ação genérica, de carros explodindo, planetas sendo invadidos por extraterrestres. São de mundos diferentes. E para piorar tudo Anthony Hopkins aqui precisou contracenar com um comediante escrachado, de piadas escrotas, que é o Chris Rock! Pegaram um lorde da atuação, um homem de imenso prestígio, para trabalhar com o produtor errado, no filme errado, com um parceiro completamente equivocado em seu estilo. Algo assim poderia dar certo? De jeito nenhum! Assim temos uma fitinha bem desprezível. Roteiro nada marcante, jeito de filme genérico mesmo, com muitas piadas sem graça. Sir Anthony Hopkins não precisava participar de uma patuscada dessas.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de abril de 2020

Revelações

Título no Brasil: Revelações
Título Original: The Human Stain
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Robert Benton
Roteiro: Nicholas Meyer
Elenco: Anthony Hopkins, Nicole Kidman, Ed Harris, Gary Sinise, Wentworth Miller, Jacinda Barrett

Sinopse:
Baseado no romance de Philip Roth, o filme conta a história do professor universitário Coleman Silk (Anthony Hopkins). Ele sa apaixona por uma mulher mais jovem, a bela Faunia Farley (Nicole Kidman) e tem um relacionamento com ela. Só que vai precisar lidar também com o ex-marido dela, um sujeito desequilibrado e violento.

Comentários:
Esse filme tem um ótimo elenco. Anthony Hopkins é o veterano professor que na terceira idade embarca em um relacionamento amoroso com uma mulher bem mais jovem, interpretada por Nicole Kidman. Tudo caminha muito bem, ele se sente feliz e realizado novamente em sua vida pessoal, mas a alegria dura pouco. No caminho do casal surge o psicótico Lester Farley (Ed Harris), o ex-marido que não aceita de jeito nenhum que sua ex-esposa tenha um novo relacionamento amoroso. E aí a coisa toda desanda. O filme é um thriller de suspense que até considerei muito bom. Um pouco abaixo do nível do elenco, que é realmente excepcional, porém ainda assim um bom filme. Particularmente sempre quis assistir a um filme que reunisse Anthony Hopkins e Nicole Kidman. Pensei que seria em um daqueles maravilhosos filmes ingleses, com muita etiqueta social, passado no século XIX. Só que ao invés disso a Miramax optou por um roteiro mais contemporâneo. Gary Sinise, no elenco de apoio, também está muito bem, logo ele que sempre considerei tão subestimado ao longo dos anos, porém devo dizer que no meio de tantos atores ótimos quem acabou roubando mesmo a cena foi Ed Harris. Ele trouxe fúria para seu personagem, um sujeito que não tem mais nada a perder e está disposto a tudo para recuperar seu ego de macho ferido. Enfim, deixo a dica desse muito bom filme, com elenco excepcional.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Dois Papas

Achei excelente esse filme. O tema sobre perdão e humanidade caiu muito bem, tudo bem escrito, em um roteiro realmente acima da média. Além disso é um tema dos nossos dias e vai despertar a atenção de muitas pessoas. O filme inclusive já é cotado para ser um campeão de indicações no Oscar, com destaque para o elenco, esse realmente excepcional. O grande Anthony Hopkins, um dos meus atores preferidos de todos os tempos, interpreta o Papa Bento XVI. Quando o encontramos nas primeiras cenas, ele ainda é apenas o cardeal Joseph Ratzinger. O Papa João Paulo II está morto e um conclave é convocado. Na votação duas correntes da igreja se enfrentam, os conservadores e os progressistas, que querem modernizar essa instituição milenar. Nessa primeira eleição Ratzinger se consagra vencedor e se torna o Papa Bento XVI. Só que o segundo lugar no conclave também se destaca. Ele é um cardeal pastoral argentino chamado Jorge Mario Bergoglio (Jonathan Pryce). O caminho deles volta a se cruzar alguns anos depois, no próprio Vaticano. Bergoglio vai até Bento XVI para pedir sua aposentadoria. Se considera cansado após tantos anos de luta dentro da igreja. Jesuíta, acredita que já fez tudo o que poderia fazer. Só que Bento XVI não lhe dá ouvidos. Ambos se aproximam e acabam criando uma bela amizade.

O roteiro do filme se concentra então em uma série de conversas entre eles, tudo também mesclado com cenas de flashback do passado de ambos os religiosos. E aí o roteiro mostra toda a sua força. O filme, que poderia ser considerado de antemão chato e arrastado, jamais cai nessa armadilha. Tudo é feito com talento raro. Os dois grandes atores "duelam" em cena e quem acaba se saindo vencedor é o próprio espectador. Mesmo com a idade já um tanto avançada, Sir Anthony Hopkins brilha como poucos. Ele está perfeito em seu papel e já é considerado um dos fortes candidatos ao Oscar desse ano. Não menos bem se sai Jonathan Pryce, como o carismático, popular e "gente boa" Bergoglio. Um é o aristocrata conservador, homem de tradição, o outro é o homem do povo, popular, sempre com um sorriso no rosto, esbanjando simpatia. O alemão é um estudioso, homem de livros, teórico. O argentino é um homem do povo, que privilegia o lado pastoral, um prático da fé cristã. Do choque dessas duas personalidades tão diferentes nasce um grande filme. É uma obra-prima cinematográfica assinada pelo brasileiro Fernando Meirelles que aqui merece todas os aplausos de pé. A conclusão não poderia ser outra. É um filme realmente maravilhoso,

Dois Papas (The Two Popes, Estados Unidos, Itália, Argentina, 2019) Direção: Fernando Meirelles / Roteiro: Anthony McCarten / Elenco: Anthony Hopkins, Jonathan Pryce, Juan Minujín / Sinopse: O destino de dois membros do clero católico se encontram após a morte do Papa João Paulo II. Ambos estão destinados a também se tornarem Papas. E uma amizade sincera, baseada muitas vezes na diferença de opiniões entre eles, nasce no meio de uma crise enfrentada pela Igreja. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama, Melhor Ator (Jonathan Pryce), Melhor Ator Coadjuvante (Anthony Hopkins) e Melhor Roteiro (Anthony McCarten).

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 4 de junho de 2019

Retorno a Howards End

Um filme tipicamente britânico, bem sofisticado e elegante, contando com a assinatura do talentoso cineasta James Ivory; O roteiro é baseado na obra do romancista E.M. Forster que publicou seu romance originalmente em 1910. Assim somos apresentados aos principais personagens. As irmãs Margaret Schlegel (Emma Thompson) e Helen Schlegel (Helena Bonham Carter) vivem em Londres. Ambas são solteiras. Margaret acaba se aproximando de Ruth Wilcox (Vanessa Redgrave) e se torna sua amiga. Ela é esposa de um bem sucedido homem de negócios chamado Henry Wilcox (Anthony Hopkins). O que Margaret não sabe é que Ruth está em seus últimos dias de vida. Assim ela acaba sendo surpreendida por sua morte após algumas semanas. Um choque na sociedade londrina.

Sem saber de nada, Ruth deixa de herança para Margaret sua casa de campo,  Howards End, um lugar bucólico e muito agradável onde ela passou sua infância. Só que o marido Henry esconde esse fato. Ele quer deixar o imóvel para seu filho mais velho. O destino porém tem suas artimanhas e assim o viúvo acaba se apaixonando pela amiga de sua esposa falecida. Após alguns desencontros eles finalmente decidem se casar. A irmã mais jovem Helen não simpatiza muito com o novo marido dela, uma vez que ela tem suas próprias ideias de liberdade social, que conflitam quase sempre com o capitalista que Henry se torna. Para piorar um conhecido, o desafortunado Leonard Bast (Samuel West), perde seu emprego, justamente por algo que Henry indiretamente causa. Esse e outros acontecimentos acabam desgastando o relacionamento entre as irmãs. Helen vai embora morar na Alemanha. Quando retorna a situação se complica ainda mais, gerando um grande mal-estar entre todos os envolvidos.

Esse filme tem muitas características de outra produção inglesa que gosto muito, "Vestígios do Dia". É praticamente a mesma equipe técnica, o mesmo produtor (Ismail Merchant, antigo parceiro de Ivory) e a mesma classe e sofisticação. É curioso porque a casa de Howards End funciona não apenas como cenário para as cenas, mas também como um catalisador de momentos importantes. Sempre que algo fundamental na trama vai acontecer o escritor Foster desloca todos os personagens para esse lugar bem bucólico, longe da agitação de Londres. Com excelente elenco e uma nobreza ímpar, esse filme é essencial para quem aprecia o melhor do cinema inglês dos anos 90.

Retorno a Howards End (Howards End, Inglaterra, 1992) Direção: James Ivory / Roteiro: Ruth Prawer Jhabvala, baseado na obra de E.M. Forster / Elenco: Anthony Hopkins, Emma Thompson, Vanessa Redgrave, Helena Bonham Carter, Samuel West / Sinopse: Após a morte de sua amiga Ruth Wilcox (Vanessa Redgrave), Margaret Schlegel (Emma Thompson) se casa com seu marido Henry Wilcox (Anthony Hopkins). Afinal ambos são livres e desimpetidos, nada tendo contra esse casamento. Só que a irmã mais jovem de Margaret, a temperamental Helen Schlegel (Helena Bonham Carter), não gosta de Henry e seu jeito de ricaço arrogante, criando assim um abismo entre elas. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Emma Thompson), Melhor Roteiro Adaptado (Ruth Prawer Jhabvala) e Melhor Direção de Arte (Luciana Arrighi e Ian Whittaker).

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de março de 2019

Nunca te Vi, Sempre te Amei

A história é baseada em fatos reais e foi escrita em forma de romance pela própria autora Helene Hanff. O título nacional é equivocado. Não há um clima de romantismo ou paixão no ar entre os dois personagens principais. Ao invés disso temos uma amizade entre a escritora, aqui cliente da lojas de livros, e todos os demais empregados da pequena empresa. O nome original do filme (84 Charing Cross Road) traz justamente o endereço da livraria, afinal é um filme à moda antiga, do tempo em que as pessoas ainda se correspondiam através de cartas. Antes de virar filme esse enredo rendeu uma boa peça teatral que ficou alguns anos em cartaz em Nova Iorque e Londres. Sua origem teatral inclusive fica bem óbvia na narrativa que o roteiro imprime. Para um palco se mostra de fato ideal. Ambiente fechado, praticamente apenas dois cenários (Nova Iorque e Londres) e a força do texto declamado. Ideal para ótimos atores, principalmente os que tiveram formação nos palcos da vida.

Só que nesse duelo de interpretações quem acaba vencendo (mesmo utilizando esse termo de forma equivocada) é a americana Anne Bancroft. Sua personagem é mais rica em dramaturgia, tem mais personalidade, além de ser o principal foco de movimentação do enredo. Sempre fumando um cigarro atrás do outro, falando sem parar, com uma fina ironia na ponta da língua, ela acaba ofuscando o bom e velho Hopkins, que tem um personagem mais contido.

Aliás esse choque cultural nascido entre o modo de ser de uma nova-iorquina estressada e o estilo de vida mais pacato, educado e modesto dos ingleses forma a espinha dorsal narrativa do filme. No começo da história os ingleses ainda viviam em um sistema de racionamento muito severo. Assim qualquer presente que a escritora americana mandava - fosse um presunto ou  enlatados em geral - acabava sendo comemorados pelos empregados da loja como verdadeiras dádivas. Nada mais comum em um país que ainda estava se recuperando dos escombros da II Guerra Mundial. Enfim, é isso. Uma boa película com o charme do cinema inglês aliado ao estilo mais cru e direto dos filmes americanos. De fato uma bela combinação cinematográfica.

Nunca te Vi, Sempre te Amei (84 Charing Cross Road, Inglaterra, Estados Unidos, 1987) Direção: David Hugh Jones (como David Jones) / Roteiro: James Roose-Evans, baseado no livro de Helene Hanff / Elenco: Anthony Hopkins, Anne Bancroft,  Judi Dench, Maurice Denham / Sinopse: A história de amizade entre um vendedor inglês de livros e uma americana, leitora voraz de livros raros.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Thor Ragnarok

Divertido, ultra colorido e pura linguagem de quadrinhos. Assim podemos resumir em poucas palavras essa aventura do Thor no cinema. A Marvel procurando fazer diferente no cinema buscou inspiração exatamente no mundo das revistas do personagem. Sim, é verdade que muitos fãs reclamaram desse filme. Não foram poucos os que o acusaram de ser até mesmo bobo e infantil. Esse tipo de argumento não vai muito longe. O filme é tão divertido como uma revista em quadrinhos dos anos 70, com muitas cores e cenas de ação, principalmente no ringue dos gladiadores, algo que foi trazido de "Planeta Hulk" e que acabou dando muito certo aqui. E a trama? Básica, mas funcional. Nela o deus do trovão Thor (Chris Hemsworth) vai parar em um planeta desconhecido, onde acaba reencontrando o Hulk (Mark Ruffalo) que agora é um lutador de arenas de gladiadores. Thor porém não pode perder tempo pois ele precisa salvar o seu próprio mundo, agora sob perigo de destruição completa.

Assim se você curtiu as HQs, provavelmente vai gostar do que verá na tela. Todos os efeitos especiais são muito bons, o que era mesmo de se esperar de uma produção conjunta entre a Marvel e a Disney. Fora isso temos coadjuvantes impagáveis, como o mestre Anthony Hopkins se divertindo bastante com seu Loki travestido de Odin e Jeff Goldblum, como um mestre de cerimônias transgênero, afetado e engraçado. A crítica gostou do filme por ser despretensioso, com um roteiro que flui muito bem. Nada de exageros e excessos de personagens secundários sem importância, o que acaba deixando qualquer filme pesado e enfadonho. No geral é a mais pura diversão, como deve ser sempre que se adapta esses personagens para o cinema. Do contrário tudo fica muito chato e pretensioso. Stan Lee (que também está no filme, em participação especial, uma das últimas antes de falecer) certamente assinaria embaixo desse roteiro.

Thor Ragnarok (Estados Unidos, 2017) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Eric Pearson, Craig Kyle / Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Jeff Goldblum / Sinopse: Enquanto seu mundo está sob forte ataque de forças poderosas, Thor acaba indo parar em um estranho planeta, onde domina a violência, os jogos e a corrupção.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de novembro de 2018

Transformers: O Último Cavaleiro

Essa franquia parece ser uma daquelas séries cinematográficas sem fim. A cada dois ou três anos um novo filme entra em cartaz. É a tal coisa, enquanto houver bilheteria, os estúdios lançarão filmes com a marca registrada Transformers. O que me deixa intrigado é que tudo começou com uma linha de brinquedos bem desengonçados, lá nos anos 80. Depois virou desenho animado (dos ruins) e agora ganhou essa bem sucedida (comercialmente falando) série interminável de filmes.

Não há muitas novidades nessa nova pancadaria de robôs que viram carros, caminhões, etc. O diretor Michael Bay repete a mesma fórmula de antes. As cenas de ação são longas e muitas vezes confusas, mas nada que a garotada vá reclamar. De novo mesmo apenas a participação de um grande ator como Anthony Hopkins. Ficou meio constrangedor ver esse excelente mestre da atuação em algo tão vazio. Fora isso o roteiro tenta puxar alguns elementos da lenda do Rei Arthur e é só. O filme ficou longo demais também, com mais de duas horas e meia de duração. Não havia a menor necessidade disso, a não ser torrar ainda mais a paciência dos pais que levaram seus filhos aos cinemas em seu lançamento.

Transformers: O Último Cavaleiro (Transformers: The Last Knight, Estados Unidos, 2017) Direção: Michael Bay / Roteiro: Art Marcum, Matt Holloway / Elenco: Mark Wahlberg, Anthony Hopkins, Josh Duhamel / Sinopse: Robôs gigantes lutam entre si para colocarem as mãos em objetos que pertenceram à lendária tábula redonda, do Rei Arthur e seus cavaleiros medievais. Quem as tiver em mãos vencerá a guerra pela dominação do planeta Terra.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

A Máscara do Zorro

Título no Brasil: A Máscara do Zorro
Título Original: The Mask of Zorro
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Ted Elliott
Elenco: Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones
  
Sinopse:
Após passar décadas defendendo os injustiçados e oprimidos da Califórnia sob domínio espanhol no século XIX, o velho veterano Don Diego de la Vega (Anthony Hopkins) decide passar o seu legado de Zorro para um jovem chamado Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), uma transição complicada já que embora seja um ótimo espadachim, sua personalidade é muito diferente da do Zorro original. Filme indicado aos Oscars de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Apesar do bom elenco, da produção caprichada e do roteiro que muitas vezes valoriza o aspecto mais fanfarrão do personagem, jamais consegui gostar plenamente dessa nova franquia envolvendo o lendário Zorro. A ideia de revitalizar o espadachim mais famoso do cinema partiu de Steven Spielberg em pessoa. Durante muito tempo ele realmente teve a intenção de dirigir o filme, o que fez com que nomes importantes como Anthony Hopkins assinassem contrato para participar do filme. O projeto porém parecia nunca ir em frente, sendo sucessivamente adiado ao longo de três anos. Na última hora porém Spielberg desistiu da empreitada. Ele alegou que estava com a agenda cheia demais, envolvido com dois outros filmes e que por essa razão seria impossível dirigir um terceiro. Resolveu então escolher o diretor Martin Campbell para dirigir o filme. Depois de assistir o resultado final penso que Spielberg realmente caiu fora por causa do fraco argumento e do tom mais farsesco que esse roteiro abraça. Em poucas palavras ele não quis assinar esse projeto. Realmente há muitos problemas, alguns deles impossíveis de se ignorar. A começar pelo elenco. Definitivamente Antonio Banderas exagerou nas caras e bocas, estragando com isso o próprio personagem Zorro que em sua atuação acabou virando um bufão, um retrato desbotado dos grandes atores que deram vida ao Zorro no passado. Ele parece estar convencido que faz parte de uma comédia pastelão! No meio de tantas escolhas equivocadas apenas a presença de Hopkins, como o Don Diego de la Vega original, já envelhecido e aposentado, e a beleza de Catherine Zeta-Jones salvam o filme do desastre completo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Presságios de Um Crime

Em "O Silêncio dos Inocentes" o ator Anthony Hopkins interpretou o psicopata Hannibal Lecter. Extremamente inteligente, se tornava peça chave para localizar outro criminoso à solta. O FBI queria utilizar seu alto QI e conhecimento do assunto justamente para pegar esse, digamos, "colega de profissão". Nesse filme aqui as coisas se invertem um pouco. Ao invés de ser o serial killer insano, Hopkins interpreta um especialista forense, um estudioso da mente desses assassinos em série. Perceba que em Hollywood atualmente pouca coisa se cria, sendo os roteiros, na maioria das vezes, meros pratos requentados, mexidos um pouco, para não parecerem cópias tão óbvias dos filmes do passado. O Menu tem outro nome, mas no fundo são os mesmos pratos de sempre, sem o mesmo paladar.

Apesar disso o filme até que não é tão ruim. Ele é bom, na maior parte do tempo. A primeira parte quando os personagens são apresentados a coisa parece que vai dar certo. O mesmo acontece no estudo dos casos e na caçada ao criminoso. O filme só se perde mesmo quando o assassino é finalmente localizado. Na pele do astro beberrão irlandês Colin Farrell, o personagem que deveria ser a grande coisa do filme se perde. Colin simplesmente não convence, não faz o espectador acreditar que é um mestre da manipulação. Eu sempre digo que Colin Farrel só funciona em papéis mais emocionais, quando ele interpreta pessoas no limite, entre a fúria e a tragédia. Como um assassino de alto QI... olha, não deu certo! Penso que esse enredo poderia até render uma boa série, mas claro sem Farrel para atrapalhar. Já Anthony Hopkins é aquela coisa. É um daqueles veteranos que sempre funcionam na tela, não importando o que interpretem. Talento visceral faz toda a diferença do mundo.

Presságios de Um Crime (Solace, Estados Unidos, 2015) Direção: Afonso Poyart / Roteiro: Sean Bailey, Ted Griffin / Elenco: Anthony Hopkins, Colin Farrell, Jeffrey Dean Morgan, Abbie Cornish, Matt Gerald, Jose Pablo Cantillo / Sinopse: Após a morte da filha querida, o especialista Dr. John Clancy (Anthony Hopkins) decide se isolar, abandonar seu trabalho, ficando longe de criminosos e assassinos em geral, até que sua aposentadoria é interrompida bruscamente. O FBI pede sua ajuda para prender um novo serial killer que está matando pessoas inocentes. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Dragão Vermelho

Resolvi rever ontem "Dragão Vermelho", o último filme da trilogia original do personagem Hannibal Lecter. Como já escrevi antes, esse ainda é o meu preferido. O interessante é que sua história é anterior a tudo o que vemos em "O Silêncio dos Inocentes". Isso fica bem claro na última cena de "Red Dragon" quando o diretor da prisão pergunta a Lecter se ele tem interesse de se encontrar com uma jovem agente do FBI. Ela mesma, a personagem de Jodie Foster. Pois bem, voltando um pouco, no começo do filme, vemos Hannibal trabalhando junto ao agente Will Graham (Edward Norton). O policial está tentando prender um assassino em série canibal (que obviamente é o próprio Hannibal!). Após descobrir sua identidade eles entram em confronto. Lecter o esfaqueia e esse consegue reagir antes de ser preso, também o atingindo.

Os anos passam e Graham se afasta do FBI, afinal ele quase foi assassinado. Tudo muda porém quando um novo assassino em série surge. Apelidado pela imprensa de "Fada dos Dentes", esse criminoso mata famílias inteiras, em chacinas terríveis. Impulsionado por sua ética profissional o agente do FBI decide voltar. Ele estuda o modos operandi desse serial killer e acaba descobrindo semelhanças com o antigo modo de agir de Lecter. Pior do que isso, ele também é um canibal que come pedaços de suas vítimas. Tentando colocar o psicopata atrás das grades o mais breve possível, antes que ele faça novas vítimas, Graham decide ir conversar novamente com Hannibal na prisão, uma reaproximação que o deixará extremamente nervoso e receoso. Assim a situação que vemos em "O Silêncio dos Inocentes" de certa forma se repete aqui. O agente do FBI e o assassino encarcerado interagindo para localizar e prender o psicótico que está solto pelas ruas.

Dentre os vários pontos positivos desse filme eu destacaria o trabalho de Ralph Fiennes. Ele interpreta o psicopata Francis Dolarhyde. Vivendo uma vida dupla, de tímido técnico que trabalha em um Zoo de dia e de matador cruel e sanguinário de noite, o sujeito vai enlouquecendo cada vez mais com o passar do enredo. Ele tem uma fixação por um desenho de Black intitulado "Dragão Vermelho e a Mulher banhada de Luz" e passa a alucinar, achando que o tal dragão da figura o está dominando, o transformando ele próprio em uma espécie de deus mitológico! Algo completamente insano. Apesar de ter tido uma classificação etária maior nos EUA, o filme não é dos mais violentos dentro dessa trilogia. Só há uma cena mais violenta quando o dragão vermelho começa a devorar vivo o jornalista Freddy Lounds (Philip Seymour Hoffman, sempre ótimo). Depois o encharca de gasolina e toca fogo! Fora isso a violência é mais intelectual, com os policiais tentando pegar o assassino, usando para isso pistas deixadas por ele mesmo nas cenas dos crimes. Somando-se o bom roteiro, a sempre interessante presença de Anthony Hopkins e o trabalho de direção de Brett Ratner, temos no final um dos melhores filmes de assassinos seriais do cinema mais recente.

Dragão Vermelho (Red Dragon, Estados Unidos, 2002) Direção: Brett Ratner / Roteiro: Ted Tally, baseado no livro escrito por Thomas Harris / Elenco: Anthony Hopkins, Edward Norton, Ralph Fiennes, Harvey Keitel, Philip Seymour Hoffman, Mary-Louise Parker / Sinopse: Após ser preso o psicopata canibal Dr. Hannibal Lecter (Anthony Hopkins) passa a ajudar o agente do FBI Will Graham (Edward Norton) em seus casos de homicídio. Há um novo serial killer agindo nas ruas de Chicago e sua captura passa a ser algo urgente, por causa dos crimes horrendos que comete. Filme premiado pelo Fangoria Chainsaw Awards na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Fiennes).

Pablo Aluísio.