sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O Rei da Paquera

Filme romântico adolescente dos anos 80. Na época os críticos chamavam essa turma de atores de "Bando de fedelhos", uma alcunha inspirada no "Bando de ratos" que era a turma de Frank Sinatra nos anos 60. A história é bem legalzinha, mostrando um jovem que se dá bem com as garotas na escola. Ele logo fica conhecido como o "Rei da Paquera". Depois de namorar com várias delas acaba conhecendo uma ruivinha mais tímida, mais na dela, o que termina virando o jogo. Ele se apaixona por ela e o antigo Rei perde sua majestade. Afinal, fisgado, não conquista mais ninguém.

Molly Ringwald foi uma atriz jovem que fez vários sucessos nessa época. Curiosamente depois que saiu da adolescência e se tornou uma mulher adulta sua carreira no cinema praticamente acabou. Ela funcionava muito bem como garota tímida e ruiva, não muito bonita. Depois que ganhou mais idade perdeu o encanto para os estúdios. Já Robert Downey Jr teve um futuro bem mais promissor. Ele sofreu durante muitos anos de dependência química. Passou por péssimos momentos, mas conseguiu se firmar quando se tornou adulto, tendo uma longa e bem sucedida carreira em Hollywood. Algo que ninguém apostaria quando assistiu a esse filme pela primeira vez.

O Rei da Paquera (The Pick-up Artist,  Estados Unidos, 1987) Direção: James Toback / Roteiro: James Toback / Elenco:  Molly Ringwald, Robert Downey Jr, Dennis Hopper / Sinopse: O conquistador barato da escola acaba sendo conquistado por uma garota improvável, nada popular entre os demais alunos. Agora ele é que se torna servo da garota com quem passa a namorar. Coisas da paixão.

Pablo Aluísio.

domingo, 25 de janeiro de 2015

De Volta à Lagoa Azul

Título no Brasil: De Volta à Lagoa Azul
Título Original: Return to the Blue Lagoon
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: William A. Graham
Roteiro: Henry De Vere Stacpoole, Leslie Stevens
Elenco: Brian Krause, Milla Jovovich, Lisa Pelikan

Sinopse:
Duas crianças são abandonadas e ficam isoladas numa linda ilha no Pacífico Sul. Ao se tornarem adolescentes começam a perceber estranhos sentimentos uma em relação à outra. Não tarda para que o romance entre elas surja com toda a intensidade própria da idade.

Comentários:
Sem dúvida um dos filmes mais oportunistas que se tem notícia. A Columbia não assumiu o filme como um remake e nem como uma continuação - assim é complicado entender do que se trata mesmo esse "De Volta à Lagoa Azul". A premissa é completamente a mesma do famoso sucesso com Brooke Shields no começo dos anos 80. Um filme feito para jovens apaixonados que gostariam de viver um grande amor numa ilha paradisíaca perdida no meio da imensidão do Oceano Pacífico. O problema é que aqui não podemos contar nem mesmo com o carisma do casal de atores do filme original. A modelo Milla Jovovich pela primeira vez chama a atenção no cinema. Mal sabia ela que sua carreira só iria decolar mesmo depois de encontrar zumbis no meio do caminho na franquia de terror "Resident Evil". Se Milla não é grande coisa como atriz imagine seu nulo parceiro, Brian Krause, em cena. Enfim uma refilmagem completamente desnecessária e inútil que, como sempre, só se salva pela linda fotografia que procura tirar todo o proveito da maravilhosa ilha onde tudo foi filmado. Fora isso nada digno de nota.

Pablo Aluísio.

sábado, 24 de janeiro de 2015

O Amor não tem Regras

Título no Brasil: O Amor não tem Regras
Título Original: Leatherheads                 
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Clooney
Roteiro: Duncan Brantley, Rick Reilly
Elenco: George Clooney, Renée Zellweger, John Krasinski

Sinopse:
Dodge Connelly (George Clooney) é um veterano jogador de futebol americano que não está em seus melhores dias. Seu time está decadente, colecionando derrotas e para piorar o único patrocinador resolve dar no pé. Com a equipe à beira da falência Dodge pensa em uma forma de levantar a bola do time fora dos campos. Pensando em um golpe de marketing ele traz para jogar no grupo o herói da primeira guerra mundial Carter Rutherford (John Krasinski). A intenção é chamar a atenção da imprensa em geral. Para cobrir esse golpe publicitário a jornalista Lexie Littleton (Renée Zellweger) é enviada com a missão de descobrir o que de fato está acontecendo.

Comentários:
Não deu muito certo essa tentativa do ator e diretor George Clooney em realizar um filme com sabor dos antigos clássicos. A história passada na década de 1920 não conseguiu atrair o público. A crítica também não gostou, achando o resultado muito artificial e desprovido de maior importância. Penso um pouco diferente. Certamente "Leatherheads" não é nenhuma obra prima mas sua tentativa de fazer algo diferente, que saia do lugar comum do que vemos atualmente nas telas, é por demais válida. Além disso o roteiro ao velho estilo cativa os cinéfilos mais tradicionalistas. Outro aspecto positivo vem da bela produção com ótimos figurinos e uma bela trilha sonora repleta de grandes clássicos da música americana da época. Em relação ao elenco duas constatações. George Clooney como Dodge Connelly está muito bem, ideal em sua caracterização mas sua partner, Renée Zellweger, está completamente fora do tom certo. Verdade seja dita, a Renée é excelente para interpretar mulheres que não se encaixam muito bem em seu meio social (como Bridget Jones, por exemplo) mas para dar vida a mulheres com glamour não dá. Não é a praia dela. Elegância e estilo nascem com a mulher, algumas possuem isso e outras simplesmente não. Assim o que acabamos vendo é um filme irregular, que tem lá seus momentos, mas que também não é o desastre todo que disseram nos jornais na época de seu lançamento. Vale assistir pelo menos uma vez na vida.

Pablo Aluísio.

Tudo Que Uma Garota Quer

Título no Brasil: Tudo Que Uma Garota Quer
Título Original: What a Girl Wants
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Dennie Gordon
Roteiro: William Douglas-Home
Elenco: Amanda Bynes, Colin Firth, Kelly Preston

Sinopse:
Daphne Reynolds (Amanda Bynes) é uma garota tipicamente americana que só tem um desejo, conhecer seu pai, Henry Dashwood (Colin Firth), um político conservador inglês que nem sabe da existência de sua própria filha. Assim, logo que completa seus 17 anos, Daphne viaja para a Inglaterra para realizar o sonho de encontrar finalmente seu pai. A diferença cultural porém se tornará um empecilho para uma aproximação mais bem sucedida entre eles.

Comentários:
Comédia adolescente que se destaca por ter um elenco de apoio acima da média, afinal de contas não é todo dia que você verá o oscarizado (e ótimo ator) Colin Firth em algo assim. O roteiro tira proveito das diferenças culturais e de costumes entre americanos e ingleses. Como se sabe os americanos acham os ingleses esnobes e formais demais e esses por sua vez consideram os americanos uns caipirões chucros. Curiosamente a atriz adolescente Amanda Bynes anda um bocado sumida, talvez tenha sido vítima de sua própria idade já que ídolos teens tem data de validade vencida. Assim que entram na vida adulta perdem a estrela em suas carreiras, sendo imediatamente substituídos por outros ídolos adolescentes que vão surgindo aos montes. De qualquer forma procure ignorar esse detalhe e assista ao filme para ver Colin Firth e Kelly Preston (a mulher do Travolta) em cena. Afinal de contas a presença do casal de atores se torna a única razão de se ver isso mesmo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

As Panteras Detonando

Título no Brasil: As Panteras Detonando
Título Original: Charlie's Angels - Full Throttle
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures Corporation
Direção: McG
Roteiro: Ivan Goff, Ben Roberts
Elenco: Drew Barrymore, Lucy Liu, Cameron Diaz, Bernie Mac, Crispin Glover, Demi Moore, Rodrigo Santoro

Sinopse:
Vários crimes são cometidos envolvendo pessoas inseridas dentro do programa de proteção às testemunhas. Caberá as panteras descobrirem quem vazou os arquivos sigilosos e quem está promovendo as mortes. Inicialmente elas pensam que se trata de algo planejado por Madison Lee (Demi Moore), que já fez parte das Charlie's Angels mas que agora se dedica ao mundo do crime. Será mesmo?

Comentários:
"Charlie's Angels" era um seriado muito simpático da TV americana durante os anos 70 que fez bastante sucesso (inclusive no Brasil). A série contava a estória de três agentes beldades que se envolviam em grandes conspirações de espionagem ao redor do mundo. Era um produto pop certamente mas tinha seu charme - tanto que durou tanto tempo. Confesso que levar a série para o cinema e para as novas gerações me soava como uma boa ideia mas depois de assistir a esses novos remakes mudei drasticamente de opinião. O resultado é muito ruim, vamos convir. Drew Barrymore, que é a produtora e verdadeira "dona" dessa nova franquia, trocou os pés pelas mãos ao realizar um produto barulhento, insano e explosivo, mas sem charme algum. Ao invés de investir na simpatia e beleza do trio de atrizes ela jogou tudo pelo ralo ao colocar as garotas o tempo todo trocando sopapos com vilões cartunescos. Que bobagem! Espero que um dia "Charlie's Angels" retorne mas da maneira certa, não como está aqui. Desperdício completo de tempo e dinheiro. Não vá desperdiçar o seu também conferindo essa bobagem.

Pablo Aluísio.

The Crimson Petal and the White

Título no Brasil: The Crimson Petal and the White
Título Original: The Crimson Petal and the White
Ano de Produção: 2011
País: Inglaterra
Estúdio: British Broadcasting Corporation BBC
Direção: Marc Munden
Roteiro: Lucinda Coxon, baseado na obra de Michel Faber
Elenco: Romola Garai, Chris O'Dowd, Amanda Hale, Gillian Anderson

Sinopse:
A minissérie "The Crimson Petal and the White" é uma adaptação de Lucinda Coxon da obra de Michel Faber em quatro episódios. Divulgada como um thriller psicológico intimista, a história apresenta o lado sombrio, meio gótico, da era vitoriana, onde os personagens vivem sua sexualidade, loucuras, ambições e desejos.

Comentários:
Boa minissérie do canal BBC (garantia de qualidade acima de tudo). Basicamente somos levados a conhecer o lado mais sórdido de Londres durante a época Vitoriana. Nesse ambiente três personagens coexistem: um homem rico mas infeliz no casamento, uma prostituta de vinte e poucos anos e sua mãe que a prostitui e a explora em seu próprio bordel (interpretada por Gillian Anderson, da série "Arquivo X", aqui com pesada maquiagem para parecer uma cafetina mais velha). O momento crucial ocorre logo nos dois primeiros episódios quando um bem situado senhor da sociedade londrina acaba se apaixonando perdidamente pela jovem prostituta. Dentro do rígido padrão daquela sociedade inglesa isso era simplesmente impossível de se consumar pois era inaceitável que um membro da alta sociedade se envolvesse emocionalmente com uma mulher que se dedicasse à prostituição. Impedido de assumir esse amor o nobre acaba entrando em profunda crise existencial. Logo sua vida entra em completo caos. Enfim, recomendo para quem gosta de temas vitorianos, mas aqui com uma pitada bem mais forte de sexo, erotismo e traição.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Duro de Matar 2

Título no Brasil: Duro de Matar 2
Título Original: Die Hard 2
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Walter Wager, Steven E. de Souza
Elenco: Bruce Willis, William Atherton, Bonnie Bedelia  

Sinopse:
Véspera de Natal. Aeroporto internacional de Washington, D.C. O policial John McClane (Bruce Willis) espera pela chegada do avião de sua esposa quando é surpreendido por um grupo criminoso altamente armado de traficantes internacionais de drogas que exigem a libertação de um importante membro de sua organização criminosa. Caberá a McClane agora assumir o controle da situação.

Comentários:
Era de se esperar que, com o tremendo sucesso de bilheteria do primeiro filme, houvesse continuações (e como todos sabemos ainda nos dias atuais são lançados sequências dessa interminável franquia "Die Hard"!). Pois bem, esse aqui não consegue ser tão bom quanto o primeiro (que considero uma pequena obra prima do gênero ação) mas mesmo assim se torna bem sucedido em manter o interesse do espectador do começo ao fim. Particularmente gosto bastante da trama, que joga com o terror que as pessoas cultivam de viagens de avião e de sequestros dos mesmos por terroristas. Por falar nisso, se formos pensar bem, esse roteiro escrito em 1990 já antecipava coisas que iriam acontecer muitos anos depois, principalmente em 11 de setembro. No caso aviões comerciais usados como armas de terroristas e criminosos internacionais. Bruce Willis ainda está muito jovem e o fã certamente sofrerá um certo impacto ao rever o ator em cena - calvo, mas ainda com muito cabelo! Em termos de ação não há o que reclamar. Muitas cenas bacanas e bem boladas, inclusive uma ótima briga em cima da asa de um Boeing gigantesco. O filme andava sumido da programação da tv a cabo mas ressurge hoje na telinha. Uma ótima oportunidade para rever essa produção que é acima de tudo um excelente entretenimento pipoca.

Pablo Aluísio.

Quebrando Todas as Regras

Título no Brasil: Quebrando Todas as Regras
Título Original: Breaking All the Rules
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Filmline Productions
Direção: James Orr
Roteiro: Edith Rey
Elenco: Carl Marotte, Thor Bishopric, Carolyn Dunn

Sinopse:
O filme acompanha dois jovens e duas garotas que se apaixonam no verão, em um parque, durante os anos 80. Romance e diversão juvenil para os saudosistas daquela década que deixou saudades em todos que a viveram.

Comentários:
Um filme dos anos 80 que eu não asisti nos anos 80. E isso é curioso porque já naquela década eu era louco por filmes e não deixava passar nada em branco. Via tudo o que eu podia. Mas esse aqui em escapou, só fui ver muitos anos depois na TV a cabo (e não me perguntem a razão de um filme como esse estar sendo exibido em um canal a cabo nos dias de hoje). Enfim, não é lá grande coisa, na verdade é um filme mesmo um tanto obscuro. Vale pelas roupas, pelas músicas da trilha sonora (cheia de sintetizadores, uma praga dos anos 80) e alguns figurinos, cabelos armados, etc. Os anos 80 foram os anos em que me me tornei cinéfilo e por essa razão sempre terei carinho especial por filmes daquela época. Bons tempos.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

E Agora, Meu Amor?

Título no Brasil: E Agora, Meu Amor?
Título Original: Fools Rush In
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Joan Taylor. Katherine Reback
Elenco: Matthew Perry, Salma Hayek, Jon Tenney

Sinopse:
Jovem casal, depois de um encontro casual, descobre que a garota está grávida! Claro, um choque para todos os envolvidos. Então decidem se casar, sem ter a menor ideia do que viria pela frente.

Comentários:
Quando esse filme foi lançado o ator Matthew Perry estava ainda colhendo os frutos da série de grande sucesso "Friends". Olhando para o passado podemos perceber que cada um deles, dos atores e atrizes de "Friends" tiveram sua chance no cinema. Alguns deram certo, outros não, mas os estúdios de cinema estavam sempre procurando por uma brecha para faturar em cima da popularidade da série de TV. Esse filme aqui não fez muito sucesso (tanto que a maioria das pessoas já esqueceram que ele um dia existiu), mas isso também não quer dizer que fosse um filme ruim. Pelo contrário, tem seus pontos positivos. OK, o Matthew Perry não se tornou um astro de cinema e anos depois teria sérios problemas com drogas, mas aqui, pelo menos por um breve período, ele teve sim uma boa experiência com a sétima arte. Pena que sua carreira na tela grande não foi em frente.

Pablo Aluísio. 

Um Duende em Nova York

Título no Brasil: Um Duende em Nova York
Título Original: Elf
Ano de Produção: 2003
País: Estadps Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jon Favreau
Roteiro: David Berenbaum
Elenco: Will Ferrell, James Caan, Bob Newhart

Sinopse:
Durante toda a vida Buddy (Ferrell) pensou ser um Elfo do Papai Noel que morava no pólo norte. Só que ele não é! Sim, ele é um ser humano. Decepcionado e surpreso ele decide ir para Nova Iorque para entender o que seria ser de verdade um homem comum.

Comentários:
Uma coisa é certa: americano gosta de uma breguice de natal como poucos povos no mundo. Essa comédia que mistura fantasia e ícones da época natalina é um subproduto dessa visão um tanto quanto boba dos americanos dessas festas de fim de ano. Ao meu ver pouca coisa se salva. A produção é boa, bem feita, não me entenda mal, mas o resultado é de doer de boboca. Eu até hoje não consegui ver graça no trabalho de Will Ferrell; Acho ele um chato sem salvação, mas tem quem goste. Ele tem público. Só lamento um ator gabaritado como James Caan fazer parte dessa presepada. Ou ele estava precisando de grana ou fazendo para passar os filmes para os netinhos. Das duas uma.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Lua de Fel

Título no Brasil: Lua de Fel
Título Original: Bitter Moon
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos, França, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Columbia Pictures Corporation
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Pascal Bruckner, Roman Polanski
Elenco: Hugh Grant, Kristin Scott Thomas, Emmanuelle Seigner, Peter Coyote
  
Sinopse:
Um casal inglês em viagem de Istambul para a Índia conhece uma bela francesa, Mimi (Emmanuelle Seigner). Aos poucos começa um jogo de sedução envolvendo todos eles, primeiro o marido Nigel (Hugh Grant) e depois a esposa Fiona (Kristin Scott Thomas). Ela porém é casada com um homem bem mais velho, deficiente, chamado Oscar (Peter Coyote) que também parece interessado naquela estranha atração. Aproveitando a situação resolve contar ao casal como conheceu Mimi, muitos anos antes. Filme indicado ao prêmio da Italian National Syndicate of Film Journalists na categoria de Melhor Fotografia.

Comentários:
Mais uma tentativa por parte de Roman Polanski em ser mais aceito, do ponto de vista puramente comercial, dentro do circuito americano. Sem receios digo que aqui o cineasta não abriu mão de seu estilo mais pessoal, algo que havia sido deixado de lado no fraco " Frantic" com Harrison Ford. Com um enredo mais rico do ponto de vista cultural (graças à excelente novela escrita por Pascal Bruckner que deu origem ao roteiro), o filme procura desvendar aspectos mais profundos da sexualidade e da paixão humanas. Os personagens parecem querer sondar a todo o tempo o limite que existe entre a quebra dos valores morais e a lascívia despudorada de uma paixão puramente carnal. O mais curioso vem não da atração que aquele casal convencional sente pela jovem francesa, mas sim do próprio relacionamento dela com um homem mais velho, inválido, mas possuidor de uma mente bem doentia. O jogo que começa instigante logo desanda para tintas mais obscuras de submissão e confronto, indo até mesmo para atos de pura humilhação entre aqueles amantes. Com ecos que muitas vezes me lembrou de "O Último Tango em Paris", Polanski conseguiu realizar uma bela obra sobre a sexualidade e a forma como é encarada pelos lados mais obscuros da mente humana. Um filme para rever sempre que possível, pois aqui o mestre realmente acertou em cheio nas suas pretensões cinematográficas.

Pablo Aluísio.

Batman Begins

Com o último filme da trilogia estreando nas telas resolvi rever as duas primeiras produções da franquia a começar por esse "Batman Begins" que só tinha assistido uma única vez justamente na sua estréia. Lembro que gostei bastante na época mas como já não me recordava muito dos detalhes resolvi reavaliar. Acredito que nessa altura do campeonato ninguém mais duvida da qualidade dessa nova trilogia e todas as suas qualidades já surgem aqui no primeiro filme. O roteiro é muito bem escrito fazendo com que a trama, muito inteligente por sinal, se feche redondinha em si. O argumento consegue contar as origens do herói sem se focar apenas nisso abrindo espaço também para uma boa aventura ao estilo dos quadrinhos com o vilão Espantalho. O que mais caracteriza essa nova releitura de Batman no cinema assinada por Christopher Nolan é o apego com a realidade. Mesmo lidando com um personagem de universo fantástico como Batman o diretor tenta de todas as formas manter sempre um pé na realidade. Essa situação fica mais evidente se lembrarmos de outras encarnações do morcego nas telas de cinema. Não há espaço para a fantasia em excesso, o Batman de Nolan é o mais próximo possível do que seria um universo plausível, longe de exageros ou tramas infanto-juvenis.

Outro ponto forte de "Batman Begins" é seu elenco. A escolha de Christian Bale se mostrou acertada. Ele é notoriamente um ator pouco carismático ou simpático mas que se torna adequado para o personagem Batman pois esse é um sujeito com muitos demônios internos, frustrações e traumas pessoais. Assim o semblante taciturno de Bale acaba caindo como uma luva para o cavaleiro das trevas. Cillian Murphy também surge muito bem como um psiquiatra almofadinha com ar insuportável que acaba utilizando de alucinações induzidas para aumentar seus domínios. Rever os veteranos Morgan Freeman e Michael Caine sempre é um prazer e até a chatinha Katie Holmes surge bem em seu papel. Já Liam Neeson parece não ter esquecido ainda seu personagem Jedi - a todo momento ficamos com a impressão que ele vai sacar um sabre de luz! Em suma, Batman que quase sempre se deu bem nos cinemas aqui ressurge de forma muito satisfatória, em um bom roteiro que discute a diferença entre justiça e vingança de forma muito inteligente e perspicaz. "Batman Begins" é um filme à prova de falhas, bom de sua primeira à última cena, que aliás anuncia o surgimento do Coringa na franquia. Mas essa é uma outra história...

Batman Begins (Idem, Estados Unidos, 2005) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan, David S. Goyer baseados nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Christian Bale, Cillian Murphy, Michael Caine, Morgan Freeman, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Rutger Hauer, Tom Wilkinson, Ken Watanabe / Sinopse: Após testemunhar a morte de seus pais o milionário Bruce Wayne (Christian Bale) resolve criar um símbolo de luta contra a criminalidade que se alastra em uma Gothan City corrupta e violenta. Esse símbolo passa a ser personificado por Batman, o Cavaleiro das Trevas.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A Outra

Título no Brasil: A Outra
Título Original: The Other Boleyn Girl
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Focus Features
Direção: Justin Chadwick
Roteiro: Peter Morgan, Philippa Gregory
Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana
  
Sinopse:
Duas belas irmãs, Ana e Mary Bolena, impulsionada pela ambição cega de sua família, competem pelo amor do Rei Henrique VIII (1491 - 1547), um monarca violento e despótico que passa por uma crise em seu casamento. Sua esposa Catarina de Aragão não consegue lhe dar um herdeiro homem, o que cria um problema para a linha de sucessão do rei e ele, convencido que não terá um varão, decide ir atrás de outras amantes para ocupar o trono da rainha.

Comentários:
A história de Henrique VIII, o soberbo e absoluto monarca da Inglaterra, já deu origem a vários filmes (alguns clássicos inclusive). Aqui o foco se revela um pouco diferenciado. Ao invés de tentar contar a biografia do rei, suas inúmeras esposas, seus atos de violência e sua mente sendo corrompida gradualmente pelo poder sem freios, o roteiro procura focar em uma outra personagem secundária, que nem sempre foi aproveitada adequadamente nos filmes anteriores. O próprio título já deixa claro que o filme vai se focar na "Outra Garota Bolena". Como se sabe Ana Bolena foi a segunda esposa do rei, um romance complicado, cheios de dramas, já que Henrique VIII não podia se separar de sua primeira esposa que não lhe dava herdeiros masculinos, só dando origem a filhas. Indo contra o Papa e a Igreja ele decidiu romper com Roma, anula seu primeiro casamento e finalmente se uni a Ana Bolena. Esse relacionamento porém foi trágico, pois desconfiado de que estava sendo traído, mandou decapitar Ana Bolena. Isso é o que você basicamente vê em outros filmes sobre Henrique VIII. Aqui o foco porém se direciona para Mary Bolena (Scarlett Johansson), irmã de Ana e que também desfrutou da cama do rei. Enfim, perversão, falta de valores morais e destruição dos laços religiosos por causa de amantes ocasionais, compõe o menu dessa ótima produção. Vale a pena assistir.

Pablo Aluísio.

Busca Frenética

Título no Brasil: Busca Frenética
Título Original: Frantic
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski, Gérard Brach
Elenco: Harrison Ford, Betty Buckley, Emmanuelle Seigner
  
Sinopse:
O Dr. Richard Walker (Harrison Ford) é um renomado médico americano em Paris que descobre alarmado pela manhã que sua esposa simplesmente desapareceu do hotel onde ambos estão hospedados. Desesperado, Walker ganha as ruas da grande cidade francesa em busca do paradeiro de sua esposa e acaba descobrindo um enorme complô envolvendo intrigas, espionagem, criminosos, drogas e assassinato.

Comentários:
A única parceria entre o diretor Roman Polanski e Harrison Ford. Na verdade a intenção de realizar um filme bem comercial já se mostra bem clara na escolha de Polanski por Ford (naquela altura de sua carreira um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano). Como se sabe Polanski não pode cruzar as fronteiras dos Estados Unidos pois será preso imediatamente, fruto de uma antiga acusação de pedofilia envolvendo seu nome (ele teria tido relações indevidas com uma menor de idade numa festa na mansão de Jack Nicholson). Assim ele só pode rodar seus filmes na Europa. "Frantic" foi rodado nas ruas de Paris, capturando toda a beleza da cidade, resultando em uma bela fotografia. Pena que tirando isso e a beleza da atriz Emmanuelle Seigner (mais uma das musas jovens de Polanski, considerada na época de lançamento do filme "uma nova Brigitte Bardot, que no final das contas não deu em nada) o que resta do filme é um roteiro sem muitas novidades, uma tentativa de realizar um filme americano, com sabor Made in USA, só que rodado na Europa. Sempre considerei o resultado morno demais para ser levado à sério. Na realidade o mais comercial filme de Roman Polanski é também o mais decepcionante em termos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de janeiro de 2015

The Rover - A Caçada

Título no Brasil: The Rover - A Caçada
Título Original: The Rover
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Universal Pictures
Direção: David Michôd
Roteiro: Joel Edgerton, David Michôd
Elenco: Guy Pearce, Robert Pattinson, Scoot McNairy
  
Sinopse:
Dez anos após o colapso da humanidade, o viajante Eric (Guy Pearce) resolve parar para tomar algo em bar de beira de estrada. Enquanto está lá dentro uma quadrilha de assaltantes resolve roubar seu carro para seguir em frente em sua fuga pelos desertos australianos. Para Eric isso não ficará barato. Após colocar as mãos em Rey (Robert Pattinson), irmão mais jovem do líder do bando, ele empreende uma caçada sem tréguas pelos criminosos. Sua sede de justiça acaba beirando a obsessão completa. Filme indicado a cinco categorias do prêmio do Australian Film Institute.

Comentários:
Se eu escrever sobre um filme retratando um mundo pós-apocalíptico onde o enredo se desenrola no deserto implacável da distante e desolada Austrália o que virá em sua mente? Claro que "Mad Max"! Essa nova produção é quase uma releitura de "Mad Max" porém sob um novo ponto de vista e uma nova proposta. Ao invés de mostrar um mundo de ficção onde todos se vestem com figurinos esquisitos, o diretor optou por mostrar os personagens como pessoas normais, com roupas comuns onde nada parece ser muito especial. O que move o principal personagem (interpretado por Guy Pearce) é uma obsessão insana de colocar as mãos nos criminosos que roubaram seu carro durante uma fuga após um assalto mal sucedido. Para isso ele não medirá esforços e encontrará pelo caminho os tipos mais bizarros possíveis, como um anão de circo que trafica armas e uma avó que ganha a vida oferecendo seu jovem neto para se prostituir a pedófilos! Em termos de atuação devo registrar algo interessante. De maneira em geral sempre critiquei o trabalho do ator Robert Pattinson, isso porque ele nunca havia me convencido plenamente, quase sempre realizando um tipo de atuação sem muita convicção, com tiques nervosos a la James Dean. Aqui finalmente encontrei pela frente a primeira boa atuação do rapaz. Ele interpreta um tipo meio retardado, que demonstra desde o começo não ter uma mente muito normal. Pois bem, o fato inegável é que Robert Pattinson está muito bem em sua atuação, chegando ao ponto de surpreender! As fãs adolescentes que adoram seu papel de vampiro Edward Cullen provavelmente não irão gostar de seu trabalho sem nenhum glamour ou apelo sexual, mas isso no final de contas não importa pois a maior luta de Robert hoje em dia é realmente ser levado à sério como ator. Esse foi um primeiro e decisivo passo nessa direção.

Pablo Aluísio.

Um Ato de Liberdade

Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell
  
Sinopse:
Um grupo de judeus decide fugir para as florestas da Bielorrússia durante a ocupação nazista na Europa Oriental. Lá eles se unem a combatentes da resistência russa. Juntos decidem construir uma vila como forma de proteção em relação às tropas alemãs. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard).

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. O roteiro era baseado em fatos reais, históricos até, havia um bom elenco capitaneado pelo próprio "James Bond" Daniel Craig, a produção de fato era muito bem realizada. Apesar de parecer ter todos os ingredientes presentes e no lugar certo, o filme não consegue decolar. Achei o resultado muito frio, distante, e isso não combina muito bem com o tema proposto. Era para ser algo bem mais visceral, impactante, sensibilizador. Não foi. Daniel Craig interpretando um personagem chamado Tuvia Bielski confirma o que já venho desconfiando há anos: ele não tem carisma! Craig é aquele tipo de ator que não cativa. Ele certamente é o tipo adequado para cenas de ação e brutalidade - o que talvez o tenha segurado como Bond por todos esses anos - mas fora isso não existe mais nada a explorar. Ele particularmente não tem grande talento dramático e falha em momentos mais tensos. Nesse filme há um grande drama humano envolvido, afinal a estória gira em torno de uma grande tragédia humanitária, mas Craig não esboça nenhuma emoção mais profunda. Sua expressão facial é quase sempre a mesma. Assim o que sobra é a frieza, que não se refere ao clima onde o enredo se passa, mas sim na superficialidade que no final se sobressai.

Pablo Aluísio.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Agente do Futuro

Título no Brasil: Agente do Futuro
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
  
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.

Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.

Pablo Aluísio.

De Volta ao Jogo

Título no Brasil: De Volta ao Jogo
Título Original: John Wick
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Chad Stahelski, David Leitch
Roteiro: Derek Kolstad
Elenco: Keanu Reeves, Willem Dafoe, Michael Nyqvist, Alfie Allen, Adrianne Palicki, John Leguizamo 
  
Sinopse:
John Wick (Keanu Reeves) ainda está tentando se recuperar da morte de sua querida esposa. Como último desejo ela acaba deixando de presente para ele uma cadelinha, para ajudar em sua recuperação. A dor emocional é imensa, mas ele tenta seguir em frente. Ao parar em um posto de gasolina para reabastecer seu carro ele é imediatamente intimidado por Iosef Tarasov (Alfie Allen), um filhinho mimado de um poderoso chefão da máfia russa. O que Iosef nem desconfia é que Wick também tem um passado sangrento no mundo do crime. Mexer com ele definitivamente não será uma boa ideia.

Comentários:
Pois é meu amigo, tome muito cuidado com quem você deseja provocar ao dar uma de valentão. Possa ser que seja a pessoa errada. Esse é o mote desse filme de ação muito movimentado estrelado por Keanu Reeves. No começo da trama o espectador é levado a crer que seu personagem é uma pessoa comum, tentando sobreviver a uma crise existencial após a morte prematura de sua esposa. Quando vira alvo de um roubo planejado por um filho de um mafioso russo sua verdadeira identidade se revela. John Wick é na verdade um ex-assassino profissional, um dos melhores do ramo, tendo inclusive trabalhado para a mesma máfia russa no passado. Um especialista em chacinas de inimigos. Agora, roubado e espancado por membros da gangue de Iosef Tarasov, um jovem inconsequente, ele se propõe a voltar ao seu velho trabalho, com a diferença que agora a questão é puramente pessoal. Para tentar salvar seu filho da morte certa, pois Wick não costuma errar seus alvos, o chefão Viggo Tarasov (Michael Nyqvist) decide então contratar outro assassino profissional tão mortal quanto o próprio Wick, o Sr. Marcus (Willem Dafoe). A partir desse ponto o espectador não terá mais descanso, já que as cenas de ação vão se suceder numa sequência intermitente de tiroteios, assassinatos e correria em geral. John Wick até parece um personagem saído de algum filme de ação da década de 1980 pela quantidade de pessoas que mata! No geral é uma boa fita de ação, valorizada por bem ensaiadas cenas de luta corporal. O ator Keanu Reeves, que andava meio gordinho e fora de forma, finalmente recuperou a antiga forma física e não se sai mal nesse papel que exigiu muito dele do ponto de vista físico. "De Volta ao Jogo" não traz um grande roteiro, mas diverte, acima de tudo. Vale a diversão.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Se Eu Ficar

Título no Brasil: Se Eu Ficar
Título Original: If I Stay
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), New Line Cinema
Direção: R.J. Cutler
Roteiro: Shauna Cross, Gayle Forman
Elenco: Chloë Grace Moretz, Mireille Enos, Jamie Blackley
  
Sinopse:
Mia Hall (Chloë Grace Moretz) é filha de um casal que no passado teve até mesmo uma banda de punk rock. Ela ama música, mas nada referente à barulheira que seus pais adoram. Mia é apaixonada mesmo pela riqueza da música clássica e se dedica todos os dias a aprender violoncelo. Quando chega a oportunidade de entrar para uma das mais prestigiadas escolas de música erudita dos Estados Unidos, a Juilliard School em Nova Iorque, ela fica em dúvida se deve seguir em frente com seus sonhos ou ficar em Portland ao lado da família e seu namorado roqueiro. Filme indicado ao People's Choice Awards na categoria de Melhor Filme - Drama.

Comentários:
Um bom romance juvenil com toques espiritualistas em seu roteiro (não convém contar muito sobre isso para não estragar a surpresa do espectador). No geral o roteiro gira em torno da vida de Mia, uma garota normal, talvez um pouco tímida e reservada, que adora estudar música clássica. Enquanto os jovens de sua idade estão ouvindo rap e pauleiras em geral, ela está disciplinamente trancada em seu quarto praticando seu instrumento do coração, o violoncelo. Seus pais são do tipo moderninho, mas ela prefere fazer o estilo mais careta e conservador. Seu jeito de ser é abalado quando ela conhece um garoto roqueiro de sua escola que tem uma banda e sonha um dia ser um popstar. O enredo assim vai se desenvolvendo, mostrando em flashbacks o romance adolescente, seus primeiros problemas e o complicado jogo do amor nessa fase da vida, mas não é só isso que o filme procura explorar. Há uma linha narrativa que se passa ao largo dessa história de amor, mostrando ou pelo menos tentando mostrar, que o tempo segue em frente e muitas vezes eventos inesperados podem colocar tudo a perder em questão de segundos. Com esse filme Chloë Grace Moretz parece confirmar seu status de jovem atriz mais promissora de Hollywood. Realmente ela tem surpreendido pelas escolhas certas, mostrando uma segurança em cena digna de profissionais experientes. Se não cair na vala comum das celebridades de tablóides poderá certamente ter um brilhante futuro pela frente. O tempo dirá.

Pablo Aluísio.

O Homem da Máscara de Ferro

Título no Brasil: O Homem da Máscara de Ferro
Título Original: The Man in the Iron Mask
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: United Artists
Direção: Randall Wallace
Roteiro: Randall Wallace
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jeremy Irons, John Malkovich, Gérard Depardieu, Gabriel Byrne, Peter Sarsgaard
  
Sinopse:
Na França, durante o auge do absolutismo do reinado de Louis XIV, um grupo de mosqueteiros aposentados resolve ajudar Philippe (Leonardo DiCaprio), irmão gêmeo do cruel monarca francês, que foi encarcerado em uma masmorra com uma torturante máscara de ferro, para que ninguém possa ver sua face. Filme baseado no livro escrito pelo aclamado autor Alexandre Dumas. Filme indicado ao European Film Awards na categoria Melhor Ator Coadjuvante (Gérard Depardieu).

Comentários:
Um elenco acima da média valorizado por uma produção luxuosa. Esses são os principais méritos de mais uma refilmagem dessa conhecida estória. Se trata da sexta adaptação para as telas do famoso livro. Para se ter uma ideia a primeira versão foi realizada em 1929 com William Bakewell no papel principal. Depois vieram novos remakes em 1939, 1977 (com Richard Chamberlain como Phillipe), 1979 (filme com o título de "O Quinto Mosqueteiro" estrelado por Beau Bridges) e finalmente "O Homem com a Máscara de Ferro" de 1985. Nessa versão de Randall Wallace (o roteirista de "Coração Valente") se optou por realizar um filme com foco mais na diversão, embora sem deixar de lado a carga dramática do livro original. Wallace se preocupou especialmente em desenvolver os personagens dos mosqueteiros, procurando tornar todos mais humanos, com características próprias de cada um. Leonardo DiCaprio também está muito bem em dois personagens. Em um deles, a do Rei Luís XIV, se mostra arrogante, cruel e sanguinário. Um monarca que não perde muito tempo com aspectos morais ou éticos de seus atos condenáveis. No outro, como Philippe, ele muda de personalidade, se revelando um jovem oprimido, mas com uma grande humanidade. Embora não tenha sido realizado nenhuma versão que podemos afirmar com segurança ser a adaptação definitiva do livro, essa aqui se mostra bem superior às demais. Um bom filme, com muita ação, baseado em um dos romances mais conhecidos da literatura mundial.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Contagem Regressiva

Título no Brasil: Contagem Regressiva
Título Original: Blown Away
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Stephen Hopkins
Roteiro: John Rice, Joe Batteer
Elenco: Jeff Bridges, Tommy Lee Jones, Suzy Amis
  
Sinopse:
James 'Jimmy' Dove (Jeff Bridges) trabalha para o esquadrão anti-bombas em Boston. Como é um veterano experiente sempre é designado para os casos mais complicados. Depois de vários anos na ativa decide que irá se dedicar apenas ao ensino de novatos na força policial. Quando seu ex-parceiro é morto por causa de uma explosão de uma bomba terrorista, Jimmy decide ir atrás dos verdadeiros responsáveis pelo atentado criminoso. Filme indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Vilão (Tommy Lee Jones) e Melhor Sequência de Ação.

Comentários:
Em meus velhos registros de filmes assistidos acabei dando uma nota muito boa a essa produção quando a assisti pela primeira vez, há 20 anos. Uma nota merecida pois "Blown Away" é uma prova de que o cinema americano também consegue realizar muito bem fitas de pura ação com inteligência e boas atuações. Conforme a trama vai avançando o personagem de Jeff Bridges descobre que um velho fantasma de seu passado pode ser o responsável pelos bem arquitetados atentados à bomba que estão acontecendo. O diretor Stephen Hopkins resolveu inovar na trilha sonora, trazendo uma série de compositores clássicos para trazer uma certa exuberância (alguns diriam "lirismo") às explosões gigantescas que vão surgindo em sucessivos ataques terroristas. Tommy Lee Jones parece muito à vontade em seu papel de vilão, um piromaníaco com ideias anarquistas sem muito sentido. No fundo ele deseja mesmo é explodir a sociedade contemporânea e seus valores distorcidos. Uma diversão garantida, com ótimas cenas e uma dupla de atores que duelando em cena mantém o interesse até o fim. 

Pablo Aluísio.

Patch Adams

Título no Brasil: Patch Adams - O Amor é Contagioso
Título Original: Patch Adams
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Tom Shadyac
Roteiro: Maureen Mylander
Elenco: Robin Williams, Daniel London, Monica Potter
  
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra a história do médico Patch Adams (Robin Williams) que em determinado momento de sua vida profissional começa a defender o uso do humor e do riso como fator de recuperação de pacientes internados, em especial de crianças. Suas ideias, consideradas bobas e irrelevantes, acabaram com o tempo sendo comprovadas por estudos realizados nos principais hospitais dos Estados Unidos e Europa. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Marc Shaiman). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor filme - comédia ou musical e Melhor Ator (Robin Williams).

Comentários:
Uma visão mais humana da medicina, em essência era essa a principal proposta do médico americano Patch Adams. Ele foi o principal precursor de trazer maior calor humano para dentro dos frios (e muitas vezes aterrorizantes) ambientes hospitalares. Inicialmente tudo o que pregava foi visto pela comunidade médica apenas como uma bobagem inofensiva, até que alguns anos atrás a universidade de Harvard promoveu um longo estudo onde se comprovou que as premissas propostas por Adams estavam certas. De fato, principalmente no tratamento de crianças o uso de humor e diversão se revela como algo realmente importante no processo de recuperação. Adams inclusive nunca se fez de rogado, colocando todo o figurino de palhaço para divertir a garotada. O roteiro e seu argumento, como já é fácil de perceber, foram um presente e tanto para o ator Robin Williams. Afinal o próprio personagem lhe abria todo um leque de improvisações de todos os tipos. Ao contracenar com crianças doentes, Williams deu vazão a todo o seu repertório de imitações e piadas, o que divertiu não apenas a garotada, mas o público em geral. Esse aliás sempre foi o veículo perfeito para Williams em sua carreira no cinema, filmes que misturavam drama e comédia em doses exatas. Nesse tipo de produção ele realmente brilhava.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Identidade

Título no Brasil: Identidade
Título Original: Identity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony pictures
Direção: James Mangold
Roteiro: Michael Cooney
Elenco: John Cusack, Ray Liotta, Amanda Peet, Alfred Molina, Rebecca De Mornay

Sinopse:
Um grupo de pessoas fica presa em um pequeno motel de beira de estrada durante uma forte nevasca. Todos parecem ter algum motivo para estarem lá, além de apresentar características em comum. Para o nervoso dono do estabelecimento a coisa fica ainda mais complicada, uma vez que um a um os hóspedes começam a morrer. Afinal, o que estaria por trás de toda aquela situação mórbida? Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Thriller e Melhor lançamento em DVD.

Comentários:
O grande trunfo desse filme é o seu roteiro. O espectador vai acompanhando o enredo, pensando estar vendo uma estória sendo narrada de forma linear, sob um ponto de vista bem objetivo e nos momentos finais acaba percebendo que tudo não passa de um grande erro de percepção. A passagem de um ponto de vista cinematográfico objetivo para um mergulho na mente subjetiva do personagem principal é até hoje uma das mais bem boladas narrativas cinematográficas que já vi. O elenco também está muito bem, todos dando o suporte necessário para que a ideia central que move o filme tenha êxito no final de tudo. Como John Cusack está no centro da trama, cabe a ele trazer todos os segmentos e camadas que movem seu personagem, que é bem mais complexo do que muitos pensam. Outra boa decisão do diretor James Mangold foi desenvolver todos os acontecimentos dentro de um clima hostil e nebuloso, tal como se fosse a mente de uma pessoa com problemas de separar a realidade de meros delírios. Talvez o único "senão" envolvido nesse filme é que se trata de um daqueles thrillers que uma vez decifrados perdem todo o impacto inicial. Não é um suspense para se assistir mais de uma vez, já que seu impacto provém mesmo da primeira exibição (e da surpresa que envolverá o público). Depois disso grande parte do choque já foi absorvido e não causará mais o mesmo impacto.

Pablo Aluísio.

Stargate

Título no Brasil: Stargate
Título Original: Stargate
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Dean Devlin, Roland Emmerich
Elenco: Kurt Russell, James Spader, Jaye Davidson
  
Sinopse:
Um aparelho de teletransporte interestelar, encontrado nas areias escaldantes do Egito, leva todos os que nele entram a um estranho universo, em outra dimensão, a um planeta com seres humanos que se assemelham aos antigos egípcios e que adoram o deus Rá, na verdade uma entidade extraterrestre com poderes especiais. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Ficção. Também indicado nas categorias de Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Talvez seja o único filme assinado por Roland Emmerich que realmente valha a pena. Lançado há vinte anos no Brasil, "Stargate" era uma ficção que apostava alto na imaginação e na criatividade. Criando um elo direto entre civilizações extraterrestes e o antigo Egito, o roteiro realmente era muito original. Hoje em dia de forma curiosa o público em geral associa "Stargate" não tanto a esse longa-metragem, mas sim à série que durou longas dez temporadas (de 1997 até 2007). Confesso que esse seriado nunca me cativou, não acompanhei e os poucos episódios que assisti não me deixaram impressionado. Como eu já escrevi, bom mesmo é esse filme que acabou dando origem a tudo. Com um elenco muito bom, protagonizado pela dupla Kurt Russell e James Spader (antes de ficar careca e mais cool), o roteiro procurava explorar um universo todo próprio. Em termos de efeitos especiais não havia o que reclamar, principalmente quando tínhamos em cena antigos deuses da religião do Egito antigo disparando lasers de suas lanças históricas! Realmente tudo muito divertido e inovador. Longe dos excessos que iriam macular sua carreira nos anos que viriam, Roland Emmerich conseguiu acertar a mão, lidando com um argumento bem criado e bem desenvolvido. Assim deixamos a dica do verdadeiro "Stargate" que anda bem esquecido atualmente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Anjos da Noite - A Evolução

Título no Brasil: Anjos da Noite - A Evolução
Título Original: Underworld - Evolution
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Screen Gems, Lakeshore Entertainment
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Danny McBride, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Bill Nighy
  
Sinopse:
"Underworld: Evolution" continua a saga da guerra entre os vampiros e os lobisomens. O enredo volta no tempo para mostrar os primórdios da antiga rivalidade entre as duas tribos que deram origem às criaturas que tentam se destruir na atualidade. Assim a vampira Selene (Kate Beckinsale) e o híbrido Michael (Scott Speedman) tentam desvendar os segredos de suas linhagens. Filme indicado a cinco categorias no Fangoria Chainsaw Awards. Também indicado nos prêmios MTV Movie Awards e Scream Awards.

Comentários:
Eu assisti ao primeiro filme com reservas. Apesar de gostar bastante de filmes sobre vampiros em geral essa franquia Underworld nunca esteve entre as minhas preferidas. Em minha forma de entender são filmes bastante influenciados pela cultura game e pelo universo Matrix, embora poucos realmente parem para pensar sobre isso. O ritmo é sempre frenético, com muitas cenas de ação (bem elaboradas, é verdade, mas também vazias e destituídas de emoção). Os pontos realmente interessantes se resumem na bonita direção de arte (bebendo de fontes ao estilo vintage futurista) e o elenco. Kate Beckinsale é uma atriz versátil, que pula de filmes pop como esse diretamente para dramas mais bem elaborados. É uma mulher bonita, ao estilo clássica, que consegue manter os olhos do espectador interessados no que se passa na tela. O enredo em si não muda muito em relação ao filme original, seguindo a linha mais pop e comic. Mesmo assim, para não perder a franquia de vista, compensa ao menos uma visita.

Pablo Aluísio.

A Balada do Pistoleiro

Título no Brasil: A Balada do Pistoleiro
Título Original: Desperado
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Joaquim de Almeida
  
Sinopse:
El Mariachi (Antonio Banderas) cruza as estradas empoeiradas do México com seu violão a tiracolo. A todos avisa que é apenas um artista em viagem, procurando por alguém que lhe pague alguns pesos por apresentação. Na verdade ele é algo mais além disso, um pistoleiro bom de gatilho que acaba se envolvendo numa guerra de traficantes. Filme indicado ao prêmio do Chicago Film Critics Association na categoria de Melhor Revelação Feminina (Salma Hayek). Também indicado ao MTV Movie Awards na categoria de Melhor Beijo!

Comentários:
E por falar em Antonio Banderas eis aqui o remake de "O Mariachi", filme de baixo orçamento realizado em 1992. Imagine que no filme original o diretor Robert Rodriguez contou com apenas 5 mil dólares para rodar sua produção. Isso em termos de cinema é praticamente nada, uma quantia tão irrisória que não se consegue nem ao menos cobrir o custo dos equipamentos em um filme de orçamento médio. De qualquer maneira Rodriguez conseguiu realizar seu precário filme. Três anos depois o ator Antonio Banderas decidiu que queria estrelar um remake americano do mesmo roteiro. Afinal de contas em sua opinião havia muito potencial nesse enredo de um cantor errante das estradas que trazia algo a mais em sua caixa de violão. Banderas lutou e conseguiu levantar sete milhões de dólares no mercado americano e assim o filme foi finalmente feito. Em termos de Hollywood esse valor também não significa um orçamento satisfatório, mas como todos tencionavam repetir o espírito do primeiro filme seguiram em frente. O resultado é apenas mediano. Você como espectador precisa comprar a ideia, gostar dos personagens, do cenário e da proposta mais tosca desse enredo primário. Não é um filme sofisticado e nem muito desenvolvido. Está mais para um bangue-bangue moderno, sem cowboys e nem bandoleiros. No geral vale como uma mera curiosidade realmente. Para assistir apenas uma vez, conhecer e seguir adiante.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A Saga Crepúsculo - Lua Nova

Título no Brasil: A Saga Crepúsculo - Lua Nova
Título Original: The Twilight Saga - New Moon
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Chris Weitz
Roteiro: Melissa Rosenberg
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Rachelle Lefevre, Dakota Fanning, 
  
Sinopse:
Segunda adaptação para o cinema dos romances de grande sucesso escritos pela autora Stephenie Meyer. O enredo começa quando Bella Swan (Kristen Stewart) passa mal em sua própria festa de aniversário. Para seu próprio bem seu namorado vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) decide ir embora ao lado de sua família, pois em sua forma de pensar ela sempre correrá riscos com eles por perto. A distância de Edward acaba abrindo espaço para que Jacob Black (Taylor Lautner) tente conquistar novamente o coração de Bella, algo que não será fácil pois ela ainda sente um profundo sentimento por seu ex-namorado, que agora procura por um novo sentido para sua existência.

Comentários:
Segundo filme da franquia "Crepúsculo". Como se trata de um roteiro adaptado bem no meio da saga não há maiores novidades. Uma vez que os personagens foram apresentados ao público no primeiro filme aqui temos apenas o desenvolvimento do complicado romance entre Bella, uma jovem humana normal, e Edward, uma criatura da noite, um vampiro, que se apaixona perdidamente por ela. Depois de muito sofrimento Edward resolve ir embora após sua amada sangrar na festa de seu aniversário. Jacob, que todos sabemos faz parte de um clã de lobisomens na região, se propõe então a fazer de tudo para que Bella fique segura. Afinal de contas a tentativa de se levar uma vida como a que tinha antes de conhecer Edward se mostra frustrada pois ela ainda chama a atenção de outros vampiros, em especial da de Victoria (Rachelle Lefevre), que parece sempre estar à sua espreita no meio da escuridão da floresta. Não se sabe exatamente o que ela quer com Bella, mas Jacob fareja sinais de perigo em sua estranha presença. 

Enquanto isso Edward vive sua fase de profunda tormenta por causa da perda da mulher amada. Refugiado no Rio de Janeiro, ele começa a passar por uma crise emocional violenta. Quando descobre por uma falsa informação que Bella estaria morta após pular de um rochedo, ele decide colocar um fim em sua própria existência. Em "Lua Nova" temos além dos competentes efeitos especiais (principalmente na cenas de lutas dos lobisomens na floresta), um momento que ficaria famoso dentro da saga quando Edward resolve se expor ao sol e... brilha! Claro que isso não passou despercebido aos que adoram tirar uma onda dos filmes dessa saga. Deixando o humor involuntário de lado temos que admitir que o filme também tem seus méritos. Em termos de bons momentos, por exemplo, podemos aqui recordar o encontro entre Edward e o Clã Volturi, os únicos personagens que fazem jus aos vampiros ditos mais clássicos do passado. Para um filme que é acusado de ser morno demais essas cenas de luta e tensão acabam fazendo valer o ingresso.

Pablo Aluísio.

Monstros vs Alienígenas

Título no Brasil: Monstros vs Alienígenas
Título Original: Monsters vs. Aliens
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Animation
Direção: Rob Letterman, Conrad Vernon
Roteiro: Maya Forbes, Wallace Wolodarsky
Elenco: Reese Witherspoon, Rainn Wilson, Stephen Colbert
  
Sinopse:

Um meteorito vindo do espaço cai numa cidade da Califórnia. Entra as vítimas da colisão se encontra Susan Murphy (Reese Witherspoon). Imediatamente ela é levada para um complexo militar do governo americano onde descobre espantada que está se travando uma verdadeira guerra entre monstros e aliens, aqui mesmo no nosso planeta Terra! Animação indicada ao Annie Awards em três categorias (Melhor Storyboarding, Melhores Efeitos Visuais e Melhor dublagem).

Comentários:
Não se pode acusar a Dreamworks de não tentar. Na verdade o estúdio vem tentando acertar no rico mundo das animações já há bastante tempo. Também não podemos criticar a empresa por falta de originalidade. De uma maneira em geral temos que reconhecer que a Dreamworks é de fato uma das produtoras mais criativas nesse setor do mercado cinematográfico. Eles criam realmente novos personagens sem maiores referências em relação aos filmes da Disney. O filme procura se inspirar lá atrás, nos filmes de ficção dos anos 1950, onde a fantasia e a imaginação não encontravam barreiras. Talvez algumas citações a Roswell e outros eventos da ufologia passem despercebidos pela criançada (até porque elas não possuem idade para entender todas as referências), mas não precisa se preocupar sobre esse aspecto pois certamente a garotada gostará bastante do resultado final. Os personagens são ao estilo cartoon, lembrando até o antigo traço de Hanna-Barbera (os nostálgicos vão curtir isso). Assim fica a dica de animação no domingo. Uma animação bem bacaninha e divertida.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Para o Que Der e Vier

Título no Brasil: Para o Que Der e Vier
Título Original: Are You Here
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Gilbert Films
Direção: Matthew Weiner
Roteiro: Matthew Weiner
Elenco: Owen Wilson, Zach Galifianakis, Amy Poehler
  
Sinopse:
Dallas (Owen Wilson) e Ben (Zach Galifianakis) são amigos desde a infância. Agora, quarentões, passam o dia fumando maconha na casa caindo aos pedaços de Ben. Dallas pelo menos tem um emprego medíocre como "homem do tempo" em um noticiário de TV local de quinta categoria. Ben é um intelectual, mas nunca conseguiu se endireitar na vida. Vive desempregado, passando por apuros financeiros. Além disso mora em um trailer! Ele tem várias ideias mirabolantes porém jamais as coloca em prática. Quando seu pai morre, Ben se torna herdeiro de uma fortuna avaliada em 2,5 milhões de dólares, algo que enfurece sua irmã raivosa Terry (Amy Poehler) que definitivamente não fica satisfeita com a parte da herança que lhe cabe.

Comentários:
Bom filme. A presença dos comediantes Owen Wilson e Zach Galifianakis pode em um primeiro momento passar a impressão que se trata de uma comédia escrachada, dessas de fazer você rolar de rir pelo chão, mas não! Claro que o humor está presente, principalmente quando os amigos se juntam e começam a falar e fazer besteiras, mas isso nem é a tônica principal do filme. Há um bom roteiro por trás de tudo que procura explorar a complicada relação entre uma irmã que sempre procurou fazer tudo certo e um irmão que não parece muito antenado com a vida e que prefere passar o dia inteiro fumando maconha com o amigo. Grande parte do enredo se passa numa daquelas cidadezinhas americanas do meio oeste onde todos parecem se conhecer. O personagem de Zach Galifianakis é um achado, um sujeito que vive chapado, mas que tem bom coração e boas intenções e que de repente se vê milionário da noite para o dia. Já Owen Wilson retorna ao seu tipo habitual, a do cara boa praça, que não parece se preocupar muito com a vida e que vai levando em frente sua existência sem planejar muito ou se preocupar com o futuro. Ele também repete de certa forma sua caracterização que fez tanto sucesso em "Penetras bons de bico" pois aqui seu personagem também é um canastrão, levemente cafajeste, que tenta levar todas as garotas que encontra pela frente para a cama. Enfim, diversão garantida.

Pablo Aluísio.

Joe Contra o Vulcão

Título no Brasil: Joe Contra o Vulcão
Título Original: Joe Versus the Volcano
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: John Patrick Shanley
Roteiro: John Patrick Shanley
Elenco: Tom Hanks, Meg Ryan, Lloyd Bridges
  
Sinopse:
Joe (Tom Hanks) é um hipocondríaco que acaba descobrindo que está morrendo. Ele tem um emprego horrível e uma rotina chata e massacrante. Com a vida praticamente encerrada aceita uma oferta surreal: se jogar em um vulcão em uma ilha tropical, para supostamente acalmar um Deus que vive na cratera. Ao longo do caminho acaba descobrindo o verdadeiro significado da vida e da existência de todos nós.

Comentários:
Assisti na época do VHS. Nunca consegui gostar desse filme. Ele se desenvolve em ritmo de fábula. O personagem Joe é um sujeito que vive preocupado em ficar doente até o dia em que isso finalmente acontece. A partir daí sua vida maçante e tediosa sofre uma guinada e tanto. Como é um homem de extremos também aceita a maluca oferta de pular dentro de um vulcão prestes a entrar em erupção na ilha de Waponi Woo. Como está prestes a morrer assume também uma postura exagerada e ultrajante para curtir seus últimos momentos de vida e nesse processo acaba encontrando o amor de sua vida. Esse é exatamente aquele tipo de filme que você precisa comprar a ideia do roteiro, caso contrário tudo se perde. Gosto muito de Tom Hanks, principalmente nessa época em que sua carreira era mais direcionada para comédias (inclusive românticas, como essa). O fato da dupla central ter muito carisma ajuda a passar o tempo, mas tudo vai por água abaixo na péssima cena final, que deixou certamente muita gente aborrecida (inclusive esse que vos escreve). Enfim, nada memorável e nada relevante. Melhor esquecer.

Pablo Aluísio.

sábado, 10 de janeiro de 2015

A Grande Ilusão

Título no Brasil: A Grande Ilusão
Título Original: The Truth About Emanuel
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: MRB Productions
Direção: Francesca Gregorini
Roteiro: Francesca Gregorini, Sarah Thorp
Elenco: Kaya Scodelario, Jessica Biel, Alfred Molina
  
Sinopse:
Emanuel (Kaya Scodelario) aparenta ser uma garota normal, mas carrega um sentimento de culpa pois ao nascer sua mãe morreu. Assim ela desenvolveu ao longo dos anos um tipo de trauma psicológico desse acontecimento trágico. Ela mora com seu pai e uma madrasta que não simpatiza. Precisando de grana acaba aceitando o convite para trabalhar como babysitter da nova vizinha, Linda (Jessica Biel). O que ela não suspeita é que existe algo de muito estranho naquela casa. Filme indicado ao Sundance Film Festival na categoria de Melhor Filme (Drama).

Comentários:
Um filme de complicada definição. De certa maneira todo o enredo se apóia bastante na carismática presença da personagem Emanuel (interpretada pela ótima Kaya Scodelario). Com uma personalidade um tanto mórbida ela vai levando sua vidinha sem muitos planos para o futuro. De dia trabalha em uma loja de produtos médicos e à noite descola alguns trocados trabalhando como babá nas redondezas. A nova vizinha parece ser mãe solteira e alega ter um bebezinho que precisa de cuidados. Quando Emanuel chega lá para trabalhar descobre que a criança simplesmente não existe e Linda (Biel, sem nenhuma sensualidade) parece delirar ao tratar uma boneca como se fosse sua própria filha real! O interessante nesse roteiro é que ele começa a tentar desorientar ao espectador ao criar um certo clima surreal onde o público fica sem saber direito se a mãe está completamente surtada ou se é a babá que criou um mundo estranho em sua própria mente (ela também tem delírios esquisitos, como se estivesse sendo afogada nos lugares mais inusitados). Com duas mulheres que parecem enlouquecidas em cena tudo vira um enorme jogo de manipulação e segredo sobre o que realmente estaria acontecendo. Particularmente gostei do argumento diferente e da proposta fora do comum. Além disso há pequenos detalhes que vão melhorando o filme conforme sua trama vai se desenvolvendo como a bem sacada trilha sonora (só com canções francesas) e o estranho namoro de Emanuel com um carinha que ela conhece no metrô (a forma como eles fazem para sempre sentarem juntos durante as viagens é divertida e rende bons momentos). Vale a visita.

Pablo Aluísio.

Justiça Cega

Título no Brasil: Justiça Cega
Título Original: Internal Affairs
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Mike Figgis
Roteiro: Henry Bean
Elenco: Richard Gere, Andy Garcia, Nancy Travis
  
Sinopse:
Raymond Avilla (Andy Garcia) é um membro da corregedoria do departamento de polícia de Los Angeles que começa uma investigação envolvendo o policial Dennis Peck (Richard Gere). Ele aparenta ser um tira acima de qualquer suspeita, bem visto pelos colegas de profissão. Raymond porém desconfia de sua honestidade nas ruas, já que há muitas evidências apontando contra ele e seu modo de agir. Suas movimentações financeiras levam a crer que há algo de muito obscuro naquele policial tão conceituado em sua profissão.

Comentários:
Um muito bem realizado thriller policial colocando em lados opostos dois atores carismáticos, Richard Gere e Andy Garcia. Gere interpreta um policial manipulador, mulherengo e desonesto que descobre que as ruas podem lhe trazer muito dinheiro. Usando de todos os tipos de extorsões e chantagens ele começa a reunir um belo patrimônio pessoal. Incompátivel com o que ganha, suas contas bancárias logo chamam a atenção da corregedoria. Andy Garcia interpreta Raymond Avilla, o agente encarregado de desmascarar sua vida de crimes. Ele é um mauricinho, que se veste de forma impecável, com cabelo engomadinho e que não goza de popularidade entre os demais policiais. Bem diferente do estilo de Peck (Gere), que é popular, falastrão e querido entre seus colegas. O problema é que o primeiro está na linha e o segundo é um contumaz violador da lei. Roteiro bem trabalhado, apoiado basicamente nas diferenças de estilos dos dois personagens principais, sempre prontos a destruírem um ao outro. O cenário é as ruas violentas de Los Angeles. Por falar nisso uma crítica comum que se fez ao filme em seu lançamento foi a de que o diretor inglês Mike Figgis não tinha familiaridade suficiente com o dia a dia da costa oeste americana, em especial de suas grandes cidades, para rodar um filme de caos urbano como esse. Bobagem, tudo já estava devidamente criado em seu roteiro, então era apenas uma questão de não atrapalhar um enredo que já era bom o suficiente por si próprio. Então é isso, "Internal Affairs" é um bom filme policial, onde se inverte a ordem natural das coisas nesse tipo de filme, sendo que os membros da corregedoria dessa vez é que são os mocinhos da estória. Está bem recomendado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A Luta Pela Esperança

Título no Brasil: A Luta Pela Esperança
Título Original: Cinderella Man
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Miramax
Direção: Ron Howard
Roteiro: Cliff Hollingsworth, Akiva Goldsman
Elenco: Russell Crowe, Renée Zellweger, Paul Giamatti, Craig Bierko
  
Sinopse:
Com história baseada em fatos reais o filme "A Luta Pela Esperança" conta as dificuldades pelas quais passam Jim Braddock (Russell Crowe) e sua esposa Mae (Renée Zellweger), um casal que luta pela sobrevivência durante os anos da grande depressão da economia americana. Ele tenciona se tornar um lutador de boxe de sucesso, mas as derrotas e os fracassos estão sempre presentes em sua trajetória. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Edição, Melhor Maquiagem e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Ator (Russell Crowe) e Melhor Ator Coadjuvante (Paul Giamatti).

Comentários:
Muita gente boa não gostou do clima depressivo desse filme. Alegaram que o enredo era muito baixo astral, com um final mordaz. Eu penso de outra maneira. Acredito que a atual infantilização do cinema americano tem prejudicado dramas mais sérios e centrados como esse. O realismo do mundo real, das dificuldades financeiras e da pobreza precisam ser explorados pelo cinema, caso contrário teremos apenas fantasia e mais fantasia, transformando a sétima arte em um labirinto de hedonismo desenfreado. A realidade social deve sempre ser explorada nas telas, afinal como arte o cinema também tem muito a contribuir com a conscientização da sociedade como um todo. Além disso não podemos ignorar que os grandes clássicos da história foram moldados em torno de histórias reais de luta pela sobrevivência de seus principais personagens. 

Dito isso também temos que reconhecer que temos aqui em mãos um belo roteiro e uma reconstituição sublime de época, tudo aliado a excelentes interpretações. O personagem Jim Braddock se mostrou muito adequado para Russell Crowe. Ele é do tipo rude, mas de bom coração. Renée Zellweger, por outro lado, já demonstrava que suas obsessões com plásticas começavam a prejudicar seu trabalho, afinal de contas como tornar verossímil uma caracterização de dona de casa dos anos 1930 aparecendo na tela com os lábios cheios de botox?! Hoje inclusive ela está simplesmente  irreconhecível pois fez uma plástica desastrosa ano passado que descaracterizou suas feições, a transformando praticamente em outra pessoa! Melhor se sai Paul Giamatti, um grande ator, de muitos recursos, geralmente roubando as atenções para si por causa de suas inspiradas atuações. Deixando tudo isso de lado temos que reconhecer que "Cinderella Man" é de fato uma ótima opção que agradará aos mais conscientes que estejam em busca de algo mais em termos de conteúdo e profundidade.

Pablo Aluísio.

Como Treinar o Seu Dragão 2

Título no Brasil: Como Treinar o Seu Dragão 2
Título Original: How to Train Your Dragon 2
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: Dean DeBlois
Roteiro: Dean DeBlois, Cressida Cowell
Elenco: Jay Baruchel, Cate Blanchett, Gerard Butler
  
Sinopse:
Cinco anos depois das aventuras do primeiro filme Soluço e seu fiel dragão de estimação seguem sua saga. Agora encontram um novo vilão pela frente, um sujeito mau que deseja transformar todos os dragões em armas de guerra. Para sua alegria porém o jovem viking finalmente conhece sua mãe, há muitos anos dada como desaparecida. Ela agora dedica sua vida à proteção dos dragões ao redor do mundo. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Animação. Também indicado ao Annie Awards em dez categorias, entre elas Melhor Animação e Melhores Efeitos Digitais.

Comentários:
Dentro do milionário mundo das animações digitais essa é uma das franquias mais lucrativas da Dreamworks (para quem não sabe o estúdio de Steven Spielberg fundado há 20 anos). Com personagens carismáticos e uma infinidade de bichinhos em cena (sim, os próprios dragões aqui viram pets simpáticos), "How to Train Your Dragon 2" traz todos os ingredientes da fórmula para repetir o sucesso do primeiro filme. Em termos de roteiro essa sequência pode até ser considerada mais bem desenvolvida, com a adição de novos personagens, alguns muito bons, como a própria mãe do protagonista, uma doce senhora que aprendeu a conviver com os dragões de forma pacífica e harmoniosa. Era agora dedica sua vida pela proteção dos animais. Além disso um filme para crianças como esse não pode abrir mão de desfilar centenas de novos dragões na tela para alegria da garotada que aqui conhecerá também aquele que é considerado o "maior de todos os dragões", um tipo enorme, mas também muito justo e que no fundo só pede respeito por sua espécime. Enfim, uma animação que com absoluta certeza agradará aos garotos e garotas na faixa entre sete e dez anos, pois foi justamente para eles que tudo foi produzido. Diversão garantida.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso

Título no Brasil: Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso
Título Original: Lobão - Não Há Estilo Sem Fracasso
Ano de Produção: 2011
País: Brasil
Estúdio: Canal Brasil
Direção: Fabio Sallva, Rafael Jannareli, Jonas Souza
Roteiro: Fabio Sallva, Rafael Jannareli, Jonas Souza
Elenco: Lobão, Arnaldo Brandão, Claudio Tognolli, Edgard Scandurra, Fernanda Franceschetto, Flávia Scherner 

Sinopse:
Curta-metragem que tenta captar em rápidos depoimentos um pouco da personalidade do cantor e compositor brasileiro Lobão. Produtores, músicos, radialistas e empresários dão um pouco de suas próprias visões sobre esse músico sempre tão polêmico. Suas brigas, problemas com a lei e sua visão de mundo formam o painel explorado pelo documentário.

Comentários:
Um curta que mais parece uma pequena reportagem tenta em breves momentos capturar os aspectos mais interessantes da vida desse sempre polêmico roqueiro nacional. O curioso é que mesmo sendo um filme tão fugaz não haverá problemas por parte do espectador em captar esses fragmentos para assim montar sua própria visão do rockstar, até porque Lobão nunca realmente saiu da mídia, sendo que vira e mexe ele está novamente se envolvendo em algum tipo de encrenca. Atualmente, por exemplo, o bom e velho Lobão tem se destacada por suas posturas políticas, onde ataca de forma incansável o atual governo do PT, atolado em corrupção generalizada até o pescoço! Esse aspecto porém está de fora do filme. Ao invés disso são tecidas rápidas pinceladas em momentos importantes de sua vida, como a prisão por porte de drogas, sua atitude rebelde e contestadora, sua luta pela formação de um cenário independente e sua música, sempre tão honesta e verdadeira. Pequeno, mas bem informativo curta. Vale a pena conhecer.

Pablo Aluísio.